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quarta-feira, 11 de março de 2020

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma das causas de dificuldade de aprendizado de natureza neurobiológica mais comum durante a infância e a adolescência. Ocorre em 6-10% das crianças e pode acarretar sérios prejuízos no rendimento escolar e na capacidade de se apropriar da aprendizagem adequada da leitura, escrita e matemática. O diagnóstico deve ser o mais precoce possível a fim de prevenir lacunas de conteúdo e futuros distúrbios de aprendizagens. Seu tratamento deve sempre envolver uma abordagem interdisciplinar com uso de medicações, psicoterapia e intervenções nos atrasos de desenvolvimento que podem se associar ao transtorno. Ressalta-se neste contexto, como estratégia fundamental, a adoção de formas e meios pedagógicos para otimizar e melhorar o engajamento atencional da criança com TDAH.


Mas, como trabalhar a pedagogia com o TDAH?


Estas crianças tem dificuldade de memorização de sequências, não percebem detalhes, reincidem nos mesmos erros, desorganizam-se constantemente, esquecem conteúdos correlacionados ao tema principal, perdem-se nos eventos que são paralelos ao evento principal de uma determinada matéria, no passo-a-passo das fórmulas e dos conceitos das matérias mais decorativas ou monótonas. Portanto, a escola deve participar do processo terapêutico formulando práticas e caminhos que facilite e otimize a absorção de conteúdos e a desenvoltura nas avaliações.

No tocante ao TDAH na escola, podemos dividir tais estratégias em 3 eixos de ação: didática em sala de aula, meios de avaliação e apoio organizacional. A didática em sala de aula deve buscar meios que melhorem a concentração deste aluno: mudar tom de voz de acordo com a necessidade dando ênfase em momentos mais importantes do assunto, colocar este aluno para sentar bem próximo do professor, começar a aula com algum tipo de motivação (uso de quiz ou perguntas que devem ser respondidas ao final após a transmissão do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada uma nota que se somará à média final), associar o assunto da aula a alguma situação do contexto que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática, utilizar–se de estímulos audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização, ser mais emocional na transmissão da aula, menos cópia e menos texto.

Em relação aos meios de avaliação, o professor pode variar e enriquecer as formas de averiguar se este aluno absorveu ou não a matéria aplicando não somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos, pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões, etc. As provas devem ser enxutas, objetivas, curtas, sem pegadinhas. Como este aluno se distrai e se perde nos detalhes, é importante ao final da prova que seja dado um tempo complementar para que reveja as questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou refazer a questão. Alguns alunos podem ser favorecidos com o professor lendo as provas antes de iniciá-las, pois podem compreender melhor as questões ouvindo-as.


No apoio organizacional, o professor pode ajudar criando uma rotina pré-estabelecida com o aluno o qual deve seguir repetidamente e diariamente. Esta espécie de roteiro serve para ser um lembrete diário.

Neste, pode-se escrever assim, passo-a-passo:
  1. fazer as tarefas de hoje;
  2. selecionar dúvidas para levar ao professor;
  3. verificar maiores dificuldades;
  4. estudar para as provas mais próximas;
  5. organizar o material para o dia seguinte; etc.

Assim, ao chegar em casa, este roteiro servirá de apoio para lembrar e criar uma forma de resolver sem se perder. Neste quesito, a família tem papel fundamental ao ajudar a concretizar este processo e sentar com a criança para fazer suas tarefas, tirando suas dúvidas e motivando a terminá-las. A escola estimulará, assim, o engajamento dos seus cuidadores no cuidado em preservar o gosto de seu filho pelos estudos. Uma bela parceria, não?


QUAIS SÃO AS EVIDÊNCIAS DO TDAH COM ALFABETIZAÇÃO?

A alfabetização é um processo cuja presença de barreiras pode ser empecilho para a sua realização. Os fatores são os mais diversos, sendo que cada um deles precisa de soluções eficientes que tenham como objetivo a proposição de estratégias com a finalidade de induzir a uma aprendizagem satisfatória.


Dentre os obstáculos, destacamos aqui o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Geralmente, os alunos que manifestam seus sintomas tendem a ter uma experiência pedagógica comprometida devido ao seu aspecto desatento, hiperativo ou misto; que implicam em algumas situações prejudiciais. Vejam alguns exemplos.

– Dificuldade para se obter concentração durante as aulas; ou em contato com livros e palestras (geralmente, as pessoas que convivem com o TDAH do tipo desatento não terminam a leitura de um livro; ou só quando o assunto desperta total interesse).

– Inquietação e impaciência dentro de sala de aula; a criança não consegue ficar sentada por muito tempo.

– Não espera a vez do colega ou da professora explicar, entre outras coisas.



Alfabetização e TDAH: o que fazer?

Voltando para as estratégias, lembramos os educadores que eles podem dividi-las em 3 eixos de ação a fim de proporcionar a aproximação do estudante aos conteúdos expostos dentro do contexto escolar para que, assim, a alfabetização seja potencializada. Essas três linhas de abordagem são: didática em sala de aula, meios de avaliação e apoio organizacional.


  • Didática em sala de aula

A didática em sala de aula precisa buscar técnicas que estimulem a concentração do aluno: pode ser pela mudança do tom de voz trabalhado de acordo com a necessidade, dando ênfase em momentos mais importantes do assunto. Além disso, destacamos que é aconselhável que o aluno se sente bem próximo do professor. Começar a aula com algum tipo de motivação (uso de perguntas que devem ser respondidas ao final após a explicação do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada uma nota que se somará à média final).

Outro detalhe foi a associação ao assunto da aula a alguma situação do contexto que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática. Utilização de estímulos audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização e ser mais emocional na transmissão da aula, menos cópia e menos texto.

  • Meios de avaliação

Vale relembrar que em relação aos meios de avaliação, o professor pode variar e tornar mais ricas as formas de observar se o aluno absorveu ou não a matéria aplicando não somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos, pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões, etc. É importante salientar que as provas devem ser objetivas, curtas e sem pegadinhas.

Como a criança tem grande possibilidade se distrair e se perder nos detalhes, é fundamental que, ao final da prova, seja dado um tempo complementar para que sejam revistas as questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou refazer a questão. Alguns estudantes podem ser favorecidos com o professor lendo as provas antes de iniciá-las, pois dessa forma tendem a compreender melhor as questões ouvindo todas elas.


  • Apoio organizacional

No apoio organizacional, o professor pode ajudar criando uma rotina pré-estabelecida com o aluno o qual deve seguir repetida e diariamente. Esta espécie de roteiro serve para ser uma espécie de lembrete.
O contexto doméstico também pode ajudar

Dentro de casa existem maneiras de conduzir estratégias que visem ao desenvolvimento da concentração da criança diante de uma tarefa. Os pais e os demais integrantes da família devem estar engajados nessa missão para impulsionar o aprendizado do pequeno ou do adolescente.



Referência

ESTRATÉGIAS pedagógicas para alunos com TDAH. Neurosaber. Arapongas: Neurosaber, 2016. Disponível em: https://neurosaber.com.br/estrategias-pedagogicas-para-alunos-com-tdah/

terça-feira, 10 de março de 2020

TDAH - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

O que é distúrbio de déficit de atenção?


O processo de desenvolvimento infantil é marcado por inúmeros sobressaltos. Essa situação é atribuída à série de descobertas e revelações que cada criança demonstra. Dentre tais detalhes, podemos destacar aqueles que incidem sobre a vida da criança de maneira mais séria. Transtornos e distúrbios podem fazer parte da nossa vida; e o público infantil não está livre. Afinal, os pequenos estão em formação e alguns desses quadros neurológicos, neurobiológicos e biológicos tendem a vir, até mesmo, no nascimento. O déficit de atenção, por exemplo, é um deles.

Antes da consolidação de pesquisas bem fundamentadas e respeitadas mundo afora, essa condição era considerada como desatenção proposital, preguiça de pensar e, pejorativamente, ‘lerdeza’. Os mais velhos que conviveram com esse transtorno eram completamente mal compreendidos.


O que é o distúrbio de déficit de atenção?

Para tornar a explicação mais completa, é necessário falar sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O TDAH é um transtorno neurocomportamental. Interessante ressaltar que ele é um dos mais comuns em crianças, sendo que a taxa de incidência entre elas varia de 5 a 6% desse grupo em todo mundo.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais-5, o TDAH está dentro do grupo dos Distúrbios de Desenvolvimento. Isso revela uma condição que tem início na fase infanto-juvenil.

Em relação ao déficit de atenção, De Luccia (2014) afirma a função psíquica da atenção costuma estar relacionada aos aspectos da vigilância e da tenacidade. Além disso, o déficit identificado nesses casos mostra uma sensibilidade aos estímulos, tornando “fácil a mudança de foco e difícil a fixação da atenção a uma só tarefa”.


Padrão predominante do TDAH

É interessante salientar que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade apresenta aquilo cuja comunidade científica convencionou denominar de padrão predominante. Ele está dividido em desatento, hiperativo-desatento ou o tipo combinado, quando os dois padrões sintomáticos são percebidos.

Voltando para o quadro mais geral, deve-se ressaltar que aproximadamente 95% das pessoas diagnosticadas com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade até os primeiros 12 anos de vida. Por outro lado, as crianças que apresentam os sintomas antes dos 7 anos chega à faixa que varia entre 60 e 70%. O período escolar é extremamente importante para que educadores consigam identificar os sinais. Há que se ressaltar evidências neurobiológicas e hereditárias como aspectos que causam o TDAH.


O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e seus sintomas variados

Vale ressaltar que as crianças e adolescentes que convivem com TDAH costumam mostrar instabilidade emocional. Elas, muitas vezes, agem de maneira impulsiva e demonstram irritabilidade. Essa característica é responsável por causar algumas situações embaraçosas, como dificuldade do pequeno participar de trabalhos em grupos e que exigem uma dinâmica maior. Outras consequências observadas nesses casos são “a falha na produtividade e os prejuízos no funcionamento acadêmico e social. A sensação de inadequação, baixa autoestima e adversidades no grupo social provocam infelicidade e frustração, podendo gerar comportamentos autodestrutivos e autopunitivos.” (NUNES & WERLANG, 2008)


A existência de comorbidades

Muitos transtornos vêm acompanhados das chamadas comorbidades e na ocorrência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade a situação não é diferente. Estudos revelam que crianças diagnosticadas com déficit de atenção podem apresentar Transtorno Bipolar, Transtorno de Conduta, quadros de retardo mental, Transtorno Opositivo Desafiador, sinais autísticos, entre outros. (DE LUCCIA, 2014)


Detalhe importante para a realização do diagnóstico

Especialistas chamam a atenção para o fato de que para diagnosticar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade de maneira eficaz é preciso analisar se os sintomas característicos do TDAH se manifestam em mais de um ambiente ou contexto social. Quando a criança apresenta esses sinais somente em um local específico, a possibilidade a ser considerada é que ela possa estar evidenciando “manifestações representativas de uma situação familiar caótica ou de um método de ensino inadequado.” (NUNES & WERLANG, 2008)

Como todos vocês podem perceber, o diagnóstico para identificar o déficit de atenção e a hiperatividade precisa de muita cautela e observação por parte dos profissionais. A família também exerce um papel importante nos relatos aos especialistas.


Referências

DE LUCCIA, Danna Paes de Barros. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) diagnosticado na infância: a narrativa do adulto e as contribuições da psicanálise. 2014. Dissertação. (Mestrado em Psicologia) – Universidade São Paulo, São Paulo, 2014.

NUNES, Maura Marques de Souza; WERLANG, Bianca Susana Guevara. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtorno de conduta: aspectos familiares e escolares. ConScientiae Saúde, v. 7, n. 2, p. 207-216. Porto Alegre, 2008.




segunda-feira, 12 de março de 2018

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TDAH

    Já tive alunos diagnosticados com TDAH e nunca soube como agir e ajudar essas crianças. Nosso preparo para lidar com transtornos e necessidades especiais é mínimo...

   Tenho acompanhado vídeos no YouTube e o Blog NeuroSaber do Neuropediatra Dr. Clay Brittes e da Psicopedagoga Luciana Brittes, onde há rico material sobre TDAH, Autismo, desenvolvimento psicomotor, etc. Vale a pena conferir! Foi lá que encontrei esse texto e compartilho aqui com vocês:


    É provável que a maioria de vocês saiba falar ao menos uma das características presentes na vida de uma criança com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Dividido entre dois tipos, o TDAH pode ser combinado (hiperatividade, impulsividade e o déficit de atenção) ou desatento (falta de atenção).

  Diante de tais possibilidades, é preciso que os educadores adotem determinadas estratégias pedagógicas para aproximar o conteúdo a ser ensinado aos alunos. O caminho a ser seguido não depende somente dos professores e do estudante. Os pais também têm um papel de muita importância nesse longo processo.


    O que fazer para ajudar as crianças com TDAH?


    A princípio, é interessante adotar algumas táticas para facilitar a concentração do aluno. Todos nós sabemos que a sala de aula é um local plural, ou seja, cada um traz uma peculiaridade. Isso pode chamar a atenção do pequeno.

    Então, vejam as sugestões iniciais que temos para driblar essas distrações e que podem ser encontradas no ambiente escolar:

– Não deixe o aluno próximo a janelas e portas: qualquer atividade ou ruído vindo da parte externa tende a distraí-lo;

– Coloque-o sentado perto à sua mesa, na primeira carteira;

– Mude-o de lugar sempre que perceber que algo ‘ameaça’ sua atenção ao conteúdo.


Quais ferramentas podem incrementar a explicação de uma tarefa?


    Hoje em dia, os suportes multimídia servem como uma alternativa eficaz para auxiliar os educadores. Os equipamentos audiovisuais são essenciais: filmes, animações, clipes animados e trechos de peças publicitárias (que respeite a faixa etária do pequeno) tendem a dar um tom mais lúdico à aula.

    Além disso, existem outros materiais que podem complementar a estratégia pedagógica, como jornais, revistas, gibis, jogos de tabuleiros, desenhos, entre outros. Tudo isso pode ser utilizado junto com os recursos multimídia citados acima.



O que fazer na aplicação de provas?


    Para deixar os exames pedagógicos mais acessíveis à criança com TDAH, o aconselhável é contribuir ao máximo com o enunciado presente na folha de papel, seja utilizando bastante desenhos gráficos ou usando palavras que facilitem o entendimento.



Evitando as perdas


    Uma criança com TDAH pode perder materiais e exercícios por distração (esquecimento). Para evitar essas situações, incentive-a a adotar medidas que diminuem esses aborrecimentos, colocando nomes nos objetos e utilizando somente o que for utilizado. Para as tarefas, o uso de uma pasta plástica é o ideal.


Anotando as tarefas


    É preciso ficar atento quanto às anotações que o aluno faz em sala de aula. Para isso, estimule-o a utilizar bloquinhos de papel, post-it, agendas, calendários, etc.


Contando com a ajuda dos pais


    As atividades pedagógicas das crianças precisam ser acompanhadas pelos pais dos pequenos. Por meio de observações escritas pelos professores, os responsáveis por eles devem criar um meio de se informar sobre o rendimento do estudante. A agenda é uma importante forma de comunicação.



Mostre ao aluno que ele é sempre capaz


    Os pequenos atos são suficientes para incutir na criança o quanto ela é útil e capaz de se superar. Todo progresso conquistado merece ser reconhecido por meio de elogios imediatos. Isso tende a dar mais força para o estudante.