quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

PARLENDA NUMÉRICA

JOGO DA MEMÓRIA




Jogo matemático: DEZ COLORIDO

Objetivo: Trabalhar a contagem, a comparação de quantidades e correspondência, além da fixação de cores e da socialização.
Material Necessário: canudinhos de plástico de diversas cores e giz de cera das mesmas cores dos canudos.
Número de jogadores: Grupos de 5 crianças.
Desenvolvimento: Os integrantes de cada grupo somarão esforços para vencer o jogo. Cada aluno deverá receber 10 canudinhos com cores misturadas aleatoriamente. Primeiro, o professor deve incentivar a contagem verbal, pedindo que cada um se certifique de que possui realmente 10 canudos. Feito isso o professor sorteia um giz de cera. Cada aluno vai então contar quantos canudinhos possui daquela mesma cor, devendo o grupo em seguida somar o total de seus canudos com cor idêntica ao do giz sorteado. Ganha o grupo que tiver a maior quantidade de canudinhos daquela cor.
Para ajudar na fixação das cores, pode-se usar no jogo canudinhos e giz com cores próximas, como por exemplo amarelo e alaranjado. As crianças devem fazer a classificação correta e, se houver dúvida, o professor pode levantar a discussão, nos grupos.
Para trabalhar a sociabilização, o professor pode pedir às crianças que coloquem os canudinhos da cor selecionada no meio da roda, junto com os dos colegas do grupo, trabalhando assim o sentimento de posse que as crianças demonstram fortemente nesta fase.
A etapa seguinte do jogo consiste na retomada, pelas crianças, dos canudinhos que haviam colocado no centro do círculo. Mais uma vez se manifesta o individualismo e o sentimento de posse. As crianças brigam para pegar o maior número possível de canudos e muitas vezes solicitam a intervenção do professor. Deve-se usar a Matemática como mediadora, estimulando-se a contagem até que todos constatem que têm cada um 10 canudinhos.
Se um aluno juntar mais de 10, deve-se questioná-lo sobre o que fazer.
O jogo termina dando vez ao grupo que ainda não venceu.

Sugestões de Atividades Práticas com o NOME

1 – História do nome:
Objetivo: Conhecer a origem do seu nome.
Material: Folhas de papel ofício.
Procedimento:
· Propor às crianças que façam uma entrevista com os seus pais, procurando saber qual a origem dos seus nomes.
· Montar com os alunos uma ficha para auxiliá-los na entrevista, incluindo perguntas tais como: - Quem escolheu meu nome? - Por que me chamo .....? O que significa ..... ?
· Combinar com a turma o dia do relato e como ele será. ( A escolha do professor)
Sugestão de Atividade: Contar a história do seu nome aprendida com a entrevista e ilustrá-la.
Interessante: Em papel pardo o professor poderá registrar o nome de todos e uma síntese da origem do mesmo e fixar no mural.
Observações: Todos deverão trazer a entrevista no dia marcado, oportunizando o desenvolvimento da responsabilidade desde pequenos, e, caso isso não aconteça, o professor deverá estar preparado e saber qual atitude tomar frente a este problema.

2 – Fichário:
Objetivo: Conhecer a escrita do seu nome com diferentes formas gráficas.
Material Necessário: Fichas do mesmo tamanho e formato e uma caixa de sapatos.
Procedimentos: Montar na sala de aula um fichário com cartões que apresentem diferentes formas de escrita do nome próprio: Com letra de imprensa maiúscula, letra de imprensa minúscula, letra cursiva. Deixando claro à criança que existem diferentes maneiras para escrever o seu nome, mas todas querem dizer a mesma coisa.
Combinar com a turma o momento e o modo como deverão utilizar as fichas. (De acordo com o professor) – Pode ter em cada ficha uma foto 3x4 da criança.
Sugestão de Atividades: Identificar o nome – Escrever o nome.

3 – Lista de Palavras:
Objetivo: Identificar em diferentes palavras a letra inicial do seu nome.
Materiais: Tesoura, Revistas, Jornais, Folhetos, Cola, Folhas de ofício.
Procedimentos:
· Explorar com a classe a letra inicial do nome.
· Listar outras palavras que também iniciem com aquela letra.
· Recortar e colar as palavras em folhas de ofício.
· Ler com a turma as palavras encontradas e juntos procurar o significado.
Sugestão de Avaliação: Reconhecer, em lista de palavras, aquelas com a letra que inicia o seu nome.
Observações: O professor pode propor à turma que cada dia um traga de casa uma palavra que inicie com a letra do seu nome e em aula encontrem o significado. Este tipo de atividade desperta no aluno um interesse maior pela pesquisa e aumento do vocabulário.

4 – Letras Móves:
Objetivo: Conhecer as letras e escrever seu nome através de brincadeira.
Material: Letras móveis que podem ser de madeira, EVA, papelão e etc...
Procedimentos:
· Deixar expostas na sala as letras para haver um contato maior por parte das crianças com o material.
· Propor que, em diferentes momentos de aula, as crianças utilizem as letras para a tentativa da escrita de seus nomes.
Sugestão de Avaliação: Escrever seu nome numa brincadeira.
Observações:
· Este material permite à criança fazer uma correspondência de letras, posição e ordenação das mesmas.
· Se as letras forem de papel ou papelão, seria interessante que as crianças ajudassem na confecção do próprio material, orientadas pelo professor.

5 – Bingo:
Objetivo: Conhecer as letras que compõem a escrita de seu nome através do jogo.
Materiais: Cartelas de cartolina ou papelão; tampinhas de garrafa ou pedrinhas para marcar as letras; folhas de desenho; fichinhas com as letras dos nomes; cola; papel colorido ( para fazer bolinhas de papel ) ou palitos de fósforo usados.
Procedimento:
· Cada criança receberá uma cartela com a escrita do seu nome.
· O professor sorteará as letras, dizendo o nome de cada uma delas para que as crianças identifiquem-nas. Cada letra sorteada deverá ser marcada na cartela caso haja no seu nome. Assim que a cartela for preenchida o aluno deve gritar: BINGO!
· Logo que terminarem o jogo, será proposto um relatório realizado individualmente, com a distribuição de fichinhas com as letras do nome ( Uma ficha para cada letra) entregues fora de ordem.
· As crianças deverão ordenar as fichas, compondo os eu nome, e colocá-las em uma folha de ofício.
· A professora pede que contem quantas letras há na escrita dos eu nome e propõe que colem a quantidade representativa em palitos de fósforos ou bolinhas de papel, na folha.
Sugestão de Avaliação: Reconhecer em fichinhas as letras que fazem parte da escrita do seu nome.
Observação: É interessante que se repita o jogo várias vezes no decorrer das atividades antes de se propor o relatório.

6 – Dança da Cadeira:
Objetivo: Reconhecer a escrita de seu nome dentre a escrita dos nomes de todos os colegas.
Materiais: Fichas com a escrita de todos os nomes ( uma para cada nome ) e cadeiras.
Procedimentos:
· O professor propõe às crianças que façam um círculo com as cadeiras.
· Depois distribui as fichas com os nomes para que as crianças fixem-as nas cadeiras.
· Inicia-se a dança das cadeiras onde ao término da música cada um deverá sentar na cadeira onde consta a ficha com o seu nome.
Sugestão de Avaliação: Realizar a brincadeira diversas vezes sempre trocando as cadeiras de lugar.



SEQÜÊNCIA DIDÁTICA: QUEM SOU EU?

Série: 1° Ano do Ensino Fundamental
Turma: 102
Professora: Daniela Gonçalves Oliveira

Objetivos:
- Conhecer a história e o significado de seu nome.
- Identificar a letra inicial de seu nome e estabelecer relações entre esta letra, som, desenhos e palavras que iniciem com a mesma.
- Reconhecer as letras que fazem parte de seu nome.
- Traçar corretamente o nome.
- Saber a história de sua vida.
- Reconhecer seu nome e o nome dos colegas.
- Identificar suas preferências em relação a tudo que o cerca, a sua realidade.
- Valorizar sua própria imagem, reconhecendo-se como parte integrante do grupo.
- Desenvolver a atenção para futura identificação de partes do corpo e órgãos dos sentidos.
- Estimular o raciocínio e a percepção visual.
- Desenvolver a imaginação e a criatividade.
- Aprimorar as habilidades psicomotoras.

Conteúdos:
* Nome e nome do grupo
* Relação letra inicial x desenho x som
* Corpo e movimento
* Psicomotricidade, equilíbrio e coordenação.
* Idéias matemáticas básicas (quantidade, posição)
* Valores (socialização, cooperação, combinados da turma)
* Recorte, colagem, pintura, desenho, montagem
* Canto e dança
* Interpretação oral de diversos portadores de texto

Tempo estimado: 1 mês

Desenvolvimento:
- Dinâmicas e brincadeiras: Boas-vindas, Jogo das saudações, Nome x gesto, Corrida dos balões, A coisa mais importante do mundo, Dança das cadeiras, Entrega de crachás e exploração destes..
- Canções, músicas e danças.
- Bingo do nome, exploração do nome.
- Descoberta da história e do significado do nome.
- Alinhavo da letra inicial do nome.
- Registro do nome de diversas maneiras.
- Auto-retrato.
- Quebra-cabeça da foto.
- Brincadeira da Caixa musical com as fotos de bebês.
- Confecção de identidade.
- Confecção do livreto “Eu sou...”
- Elaboração do cartaz com os combinados da turma.

Avaliação:
Será avaliada a participação, envolvimento, organização dos alunos, alguns dos objetivos propostos serão avaliados através de trabalhos selecionados para o portfólio individual do aluno.

NÚMEROS DIVERTIDOS















































































Jogo: Encontre a peça – Blocos lógicos


Objetivos:
*Construção das noções de: conjunto, elemento e atributo,inclusão, exclusão e pertinência.
*Desenvolvimento de atenção e disciplina.

Material a ser utilizado
*Caixa de Blocos Lógicos, composta por 48 blocos geométricos, de quatro tipos de figura círculo, triângulo, quadrado e retângulo; que variam em três cores azul, vermelho e amarelo; em dois tamanhos, pequeno e grande; e em duas espessuras, fina e grossa.


Procedimentos:
Dividir a classe em grupos e espalhar os blocos lógicos pelo chão.
Para descobrir qual é a peça, as crianças farão uma competição.
Dar um comando das características de uma peça (por exemplo: amarelo, triângulo, grande e fino) para um grupo. Em seguida, o grupo deve procurar e selecionar a peça correspondente para mostrá-la, o mais rapidamente possível, às outras equipes.
A competição poderá ter como objetivo verificar qual grupo encontra a peça correto primeiro ou qual grupo encontra mais peças corretas. À medida que acertam, recebem uma pontuação.
Outra opção é cada equipe desafiar os outros grupos da classe distribuindo eles mesmos os atributos.
Fonte: www.eaprender.com.br

A Linguagem Matemática no 1º ano do Ensino Fundamental



Ser alfabetizado em Matemática é compreender o que se lê e escreve a respeito das noções de números e operações, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação.
A escola marca a transição de um contexto exclusivamente familiar para um outro influenciado pela cultura, com outros códigos e possibilidades de relação e a Matemática surge como porta de entrada para novas competências e estratégias próprias do mundo escolar.
Segundo Piaget, o conhecimento lógico-matemático é uma construção do sujeito e decorre de uma necessidade; ao tentar realizar uma ação, ou encontrar uma explicação para o que ocorre, o sujeito encontra resistência na realidade (situação-problema). Para enfrentá-la, precisa modificar seus conhecimentos anteriores, pois do contrário não poderá resolver sua dificuldade. Por isso o conhecimento é um processo de criação, e não de repetição.
Na fase inicial da aprendizagem dos números o professor deve oportunizar a vivência de jogos, músicas, brincadeiras envolvendo o corpo, poemas, contação de histórias da literatura infantil, situações que surgem em classe, tendo como foco de observação a enumeração, as relações estabelecidas entre os números, a relação entre quantidades e símbolos e as idéias das operações.
A criança de seis anos está no período pré-operatório e percebe os fatos através dos sentidos e de manipulações práticas. Porém, o uso do material só tem significado real na prática pedagógica, e, portanto, é “concreto” para a criança, quando ele se constitui num instrumento de apoio para a ação desta criança no processo de produção e reinvenção do saber.
Para as crianças pequenas, os jogos e brincadeiras são as ações que elas repetem sistematicamente, mas que possuem um sentido funcional, isto é, são fontes de significados e, portanto, possibilitam compreensão, geram satisfação, formam hábitos que se estruturam num sistema. Assim, o jogo torna-se uma estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pelo professor visando uma finalidade de aprendizagem, isto é, de proporcionar à criança algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude.
A função do professor é oferecer o maior número possível de possibilidades para a formação da linguagem matemática através do estímulo, das situações-problemas e da solicitação de argumentos por parte dos alunos.
Estudos da neurociência apontam que crianças adoram surpresas e o cérebro se interessa pelas alterações no mundo ao nosso redor, pois tudo que é desconhecido estimula com particular intensidade as redes neuronais e, por isso mesmo, se deposita muito facilmente na memória, como informação.
Assim, quanto mais recursos forem empregados na transmissão de uma informação, tanto melhor ela se fixará na memória de longa duração. Portanto, é mais fácil aprender com a colaboração do maior número possível de órgãos dos sentidos. O humor e a emoção também influenciam os sistemas neuronais que determinam quais informações serão armazenadas.

Texto elaborado pelas assessoras pedagógicas:
Adriana Zini, Marinês Feiten da Silva e Teresinha Manica Salvador.
Prefeitura Municipal de Caxias do Sul -RS

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Alfabetização: um processo em construção

A criança busca a aprendizagem na medida em que constrói o raciocino lógico. O processo evolutivo de aprender a ler e escrever passa por níveis de conceitualização que revelam as hipóteses a que chegou a criança.
Na Psicogênese da Língua Escrita, Emília Ferrero definiu cinco níveis:Nível 1: Hipótese pré-silábicaNível 2: Intermediário INível 3: Hipótese SilábicaNível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediária IINível 5: Hipótese Alfabética
A caracterização de cada nível não é estanque, podendo a criança estar numa determinada hipótese e mesclar conceitos do nível anterior. Tal “regressão temporária” demonstra que sua hipótese ainda não está adequada a seus conceitos.Os níveis intermediários I e II são momentos do processo que se caracterizam pela evidência de contradições na conduta da criança e nos quais percebe-se a perda de estabilidade do nível anterior e a não-organização do nível seguinte, evidenciando o conflito cognitivo.Nível 1 - Hipótese Pré- Silábica:ð Não estabelece vínculo entre a fala e a escrita;ð Supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou de representar coisas e usa desenhos, garatujas e rabiscos para escrever;ð Demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes;ð Supõe que a escrita representa o nome dos objetos e não os objetos;coisas grandes devem ter nomes grandes, coisa pequenas devem ter nomes pequenos;ð Usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;ð Pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todas elas;ð Faz registros diferentes entre palavras modificando a quantidade e a posição e fazendo variações nos caracteres;ð Caracteriza uma palavra com uma letra inicial;ð Tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escrever;ð Supõe que para algo poder ser lido precisa ter no mínimo de duas a quatro grafias, geralmente três (hipóteses da quantidade mínima de caracteres);supõe que para algo poder ser lido precisa ter grafias variadas (hipótese da variedade de caracteres).
Nível 2 – Intermediário I (Silábica sem valor sonoro):ð Começa a ter consciência de que existe alguma relação entre a pronúncia e a escrita;ð Começa a desvincular a escrita das imagens e números das letras;ð Só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve oportunidade e interesse de gravar. Esta estabilidade independe da estruturação do sistema de escrita.ð Conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.
Nível 3 - Hipótese Silábica:ð Já supõe que a escrita representa a fala;ð Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;ð Pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor sonoro convencional das letras;ð Já supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba;ð Supõe que deve escrever tantos sinais quantas forem às vezes que mexe a boca, ou seja, para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal;ð Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra.ð Ao ler as palavras que escreveu o que fazer com as letras que sobraram no meio das palavras (almofada) ou no final (sobrantes)?ð Se coisas diferentes devem ser escritas de maneira diferente, como organizar as letras na palavra?
Nível 4 - Hipótese Silábico- Alfabética:ð Inicia a superação da hipótese silábica;ð Compreende que a escrita representa o som da fala;ð Combina só vogais ou só consoantes, fazendo grafias equivalentes para palavras diferentes. Por exemplo, AO para gato ou ML para mola e mula;ð Pode combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por exemplo, CAL para cavalo;ð Passa a fazer uma leitura termo a termo (não global).
Nível 5 - Hipótese Alfabética:ð Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;ð Compreende o modo de construção do código da escrita;ð Compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba;ð Conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas;ð Pode ainda não separar todas as palavras nas frases;ð Omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;ð Não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;ð Não é ortográfica nem léxica.
O professor precisa levar a criança a raciocinar sobre a escrita e, para isso, ele deve criar um ambiente rico em materiais e em atos de leitura e escrita, incentivando-as. Também, deve provocar interações entre os diferentes níveis, principalmente os mais próximos. Dessa forma, o professor não precisa trabalhar necessariamente com cada aluno, mas sim lhes permitir a comunicação, que é o principal instrumento da didática da aprendizagem da alfabetização. Isto demonstra o valor do trabalho numa classe heterogênea e o quanto ele é viável, uma vez que a homogeneidade é característica apenas dos 1ºs momentos de uma classe remanejada, pois a evolução de cada criança é pessoal.
Em todos os níveis deve-se trabalhar o som das letras do alfabeto, o reconhecimento das formas das letras e a associação grafema-fonema.
“Uma mesma atividade pode servir para aluno em qualquer nível do processo, contanto que ela englobe um espaço amplo de problemas e que o professor provoque diferentemente, questões e desafios adaptados a alunos em situações desiguais dentro da psicogênese”.
O professor deve ter o cuidado de não avaliar a criança como se estivesse em outra hipótese:* Na escrita de pré-silábicos deve procurar avaliar tudo o que se referir à letras: o número e a ordem, seu tamanho e sua posição nas palavras e as iniciais e as finais;* Na hipótese silábica não avaliar usando critérios alfabéticos , mas fazer análise da características da palavras no texto, dando mais ênfase à letra da 1ª sílaba e as 1ªs sílabas das palavras: “pode confrontar produções individuais e ditar palavras como mala, mole, mula que podem resultar ML ou palavras como pato, sapo, calo que podem resultar AO. Ao requerer a leitura dessas palavras, o professor coloca o aluno em conflito, uma vez que ele irá perceber que fez a mesma grafia para palavras diferentes”.* Na hipótese alfabética, correções ortográficas não devem ser feitas e deve-se trabalhar produções individuais e coletivas dos alunos, nas letras de músicas conhecidas pelas crianças ou em qualquer texto que garanta efetivo envolvimento do aluno.

domingo, 25 de maio de 2008

AFETIVIDADE X COTIDIANO ESCOLAR

“Se alguém não se investiu de amor, não poderá dá-lo a outro” (FERNANDES,1990).


“As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdo e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores” (SALTINI, 2002)

Piaget considera que, “o pleno desenvolvimento da personalidade, sob seus aspectos mais intelectuais, é inseparável do conjunto dos relacionamentos afetivos, sociais e morais que constituem a vida da escola” Diante disso, é necessário que o professor compreenda o aluno enquanto sujeito do conhecimento em sua plenitude.


As dificuldades de aprendizagem das crianças podem originarem-se do modo como são tratadas em casa e na escola. Dessa forma, o ato educativo deve estar a serviço do desenvolvimento do bem-estar do educando, e a educação deve tomar para si esse problema, auxiliando-o desde a sua infância, não somente, a interagir com o meio, mas principalmente conhecê-lo no sentido amplo deste termo.


A escola deve considerar que os anos que nela passamos são momentos de construção de conhecimentos para a vida. A quantidade de informações que a sociedade contemporânea nos fornece, são oriundos dos mais diferentes lugares e a escola não tem conseguido acompanhar essa evolução, aumentando de forma singular à distância entre o saber e o ser.


Educação e afeto poderiam caminhar juntos. A tarefa de todo educador deveria ser a de formar seres humanos felizes e equilibrados.

A criança de seis anos


Seis anos é uma idade de transição, a criança sofre modificações fundamentais, somáticas, químicas e psicológicas. Começam a cair os dentes de leite, romper os primeiros molares permanentes. Sentem-se orgulhosas de perder os dentes e acreditam nas fadas e nas brincadeiras que se fazem com eles. Ela não é uma criança de cinco anos crescida e melhor, é uma criança diferente, uma criança em transformação. Nela surgem novas propensões, impulsos, sentimentos e ações, devido a modificações profundas que estão ocorrendo no desenvolvimento do seu sistema nervoso. Submetida a mais leve tensão, essa criança pode apresentar comportamentos extremos. Ela reage a tudo com muita energia. Chora muito ou ri muito e muda de um para o outro, voltando para o primeiro. Eu te amo e eu te odeio andam cirandando de braços dados nessa fase. É enfim, uma criança impulsiva, diferente, volúvel, dogmática, compulsiva e excitável. É espontânea e precisa de orientação.Toda escolha é muito difícil e mesmo depois de feita, não é definitiva. Ela manifesta bipolaridades de maneiras muito diversas, saltando de um sentimento, ou ação para o oposto rapidamente. Parece mesmo que para definir o que não quer, ou não pode fazer, precisa antes fazê-lo.

Suas decisões se baseiam no “código de Talião” – “Olho por olho, dente por dente!”. Você me ajuda e eu te ajudo, você me bate e eu te bato. Simplesmente assim. A nós adultos, cabe lhe desencorajar as atitudes irresponsáveis, reconhecendo que esses impulsos agressivos são experiências novas para ela. Podemos dizer-lhe que está agindo mal, mas não adianta perguntar-lhe porque fez isso ou aquilo, pois ela não saberá responder. Ela precisa de orientação e do comando da autoridade adulta.

Quer sempre ser a primeira, quer sempre ganhar e quer que gostemos mais dela do que das outras crianças. Suas maneiras são geralmente breves: “Obrigado”, ou “Dá licença”, mas nada de formalidades, pois ela não consegue abstraí-las.
Na escrita, tende a fazer as letras viradas. Os pares são seus preferidos, dois é melhor do que três. Brinca melhor com um colega do que com dois.

A professora que a entende bem, interpretando sua energia como sinal de um processo de crescimento, pode orientá-la melhor, fazendo da sala de aula um ambiente harmonioso, onde a criança se sentirá segura.

Ela está na idade do concreto, identifica-se com tudo o que está ao seu redor, com as figuras e letras, com os números e sente necessidade de projetar suas atitudes mentais e motoras em situações de sua vida cotidiana. A escola precisa, portanto, favorecer-lhe a organização simultânea de suas emoções e aprendizado. Essa criança não aprende decorando, mas participando de atividades criadoras. Assim, ela gosta de jogos representativos, dramatizações (que não são meras pecinhas de teatro adaptadas para sua idade), imitações, desenhos e montagens. Sua mente ainda não está preparada para o ensino formal da leitura e da escrita, nem da matemática. Essas matérias precisam lhe parecer vivas, associadas com criatividade e experiências motoras vividas.

O Jogo das Saudações

* OBJETIVO GERAL: Facilitar o entrosamento, despertar a cordialidade e espontaneidade.
* OBJETIVO ESPECÍFICO: Atividade inicial para promover aproximação entre os colegas, ou entre eles e crianças novas, no primeiro dia do ano em que se encontram.

* COMO JOGAR:- Peça que todos se levantem e caminhem pelo espaço. Avise que você vai dar um sinal (pode ser uma palma ou apito) e, quando o ouvir, cada um deverá parar diante de um colega, trocar um olhar e acenar com um “tchauzinho”. Quem não conseguir um par para fazer isto irá sentar-se no chão.- A brincadeira recomeça. Todos voltam a caminhar pelo espaço, pois ninguém fica de fora, neste jogo. Só que agora a regra é outra: ao ouvir o sinal, todos vão parar diante de duas pessoas (nenhuma pode ser a mesma de antes), trocar um olhar e perguntar os seus nomes. Quem não conseguir, vai sentar-se no chão. Agora, vamos parar e segurar a mão de três pessoas, que não sejam as mesmas das etapas anteriores.- Em seguida, vamos dar um forte abraço em quatro pessoas...- Para terminar, todos vão cumprimentar quem ainda não cumprimentaram e voltar aos seus lugares.

Chegada: as boas vindas

* Objetivo: Auxiliar na apresentação e memorização dos nomes e características dos adolescentes que participam do grupo.
* Duração: 20 minutos.
* Material: Sala ampla e pares de balas doces.

* Desenvolvimento:Trabalho individual: O facilitador passa um saco contendo os pares de balas doces e pede que cada participante retire uma para si.
Após a distribuição aos participantes, pede que cada um procure seu par (de bala igual) e sente-se ao seu lado.

Trabalho em duplas: A bala é liberada para ser chupada. O facilitador orienta para que cada um fale ao seu par sobre o que quiser, por 5 minutos.

Trabalho em grupo: O facilitador pede que os participantes formem um círculo e que cada um apresente o seu par: nome, idade, trabalho, signo, desejos, enfim, tudo o que descobriu sobre a outra pessoa.
É ressaltada a importância de todos estarem atentos às apresentações, pois todos merecem e precisam ser bem recebidos.

Sugestões para reflexão:
Qual o seu sentimento frente ao desconhecido?
Quais as características comuns ao grupo?
Resultados esperados:
Integração do grupo pela apresentação.
Descontração do grupo para iniciar os trabalhos.
Aprofundamento recíproco das características do grupo

Aprendendo o Nome

* Objetivo: Integrar o grupo e aprender a fixar o nome das pessoas do grupo.
* Duração: 20 minutos.
* Material: Sala ampla.

* Desenvolvimento: Animador solicita que o grupo, de pé, forme um grande círculo. A seguir, dá início ao exercício: dá um passo à frente, diz seu nome, acompanhado de um gesto com as mãos ou com todo o corpo, quando então as pessoas do grupo repetem em coro o nome do animador e fazem o mesmo gesto.
Prosseguindo, a pessoa à direita do animador diz seu nome e cria um novo gesto. O grupo repete o nome e o gesto do colega, e assim sucessivamente até todos se apresentarem.
* Avaliação: Comentar a respeito da técnica.

“Todo conhecimento começa num sonho. O conhecimento nada mais é que a aventura pelo mar desconhecido, em busca da terra sonhada. Mas sonhar é coisa que não se ensina. Brota das profundezas da terra. Como mestre só posso então lhe dizer uma coisa: Conte-me seus sonhos para que sonhemos juntos”. (Rubem Alves)