Mostrando postagens com marcador DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 11 de março de 2020

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma das causas de dificuldade de aprendizado de natureza neurobiológica mais comum durante a infância e a adolescência. Ocorre em 6-10% das crianças e pode acarretar sérios prejuízos no rendimento escolar e na capacidade de se apropriar da aprendizagem adequada da leitura, escrita e matemática. O diagnóstico deve ser o mais precoce possível a fim de prevenir lacunas de conteúdo e futuros distúrbios de aprendizagens. Seu tratamento deve sempre envolver uma abordagem interdisciplinar com uso de medicações, psicoterapia e intervenções nos atrasos de desenvolvimento que podem se associar ao transtorno. Ressalta-se neste contexto, como estratégia fundamental, a adoção de formas e meios pedagógicos para otimizar e melhorar o engajamento atencional da criança com TDAH.


Mas, como trabalhar a pedagogia com o TDAH?


Estas crianças tem dificuldade de memorização de sequências, não percebem detalhes, reincidem nos mesmos erros, desorganizam-se constantemente, esquecem conteúdos correlacionados ao tema principal, perdem-se nos eventos que são paralelos ao evento principal de uma determinada matéria, no passo-a-passo das fórmulas e dos conceitos das matérias mais decorativas ou monótonas. Portanto, a escola deve participar do processo terapêutico formulando práticas e caminhos que facilite e otimize a absorção de conteúdos e a desenvoltura nas avaliações.

No tocante ao TDAH na escola, podemos dividir tais estratégias em 3 eixos de ação: didática em sala de aula, meios de avaliação e apoio organizacional. A didática em sala de aula deve buscar meios que melhorem a concentração deste aluno: mudar tom de voz de acordo com a necessidade dando ênfase em momentos mais importantes do assunto, colocar este aluno para sentar bem próximo do professor, começar a aula com algum tipo de motivação (uso de quiz ou perguntas que devem ser respondidas ao final após a transmissão do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada uma nota que se somará à média final), associar o assunto da aula a alguma situação do contexto que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática, utilizar–se de estímulos audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização, ser mais emocional na transmissão da aula, menos cópia e menos texto.

Em relação aos meios de avaliação, o professor pode variar e enriquecer as formas de averiguar se este aluno absorveu ou não a matéria aplicando não somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos, pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões, etc. As provas devem ser enxutas, objetivas, curtas, sem pegadinhas. Como este aluno se distrai e se perde nos detalhes, é importante ao final da prova que seja dado um tempo complementar para que reveja as questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou refazer a questão. Alguns alunos podem ser favorecidos com o professor lendo as provas antes de iniciá-las, pois podem compreender melhor as questões ouvindo-as.


No apoio organizacional, o professor pode ajudar criando uma rotina pré-estabelecida com o aluno o qual deve seguir repetidamente e diariamente. Esta espécie de roteiro serve para ser um lembrete diário.

Neste, pode-se escrever assim, passo-a-passo:
  1. fazer as tarefas de hoje;
  2. selecionar dúvidas para levar ao professor;
  3. verificar maiores dificuldades;
  4. estudar para as provas mais próximas;
  5. organizar o material para o dia seguinte; etc.

Assim, ao chegar em casa, este roteiro servirá de apoio para lembrar e criar uma forma de resolver sem se perder. Neste quesito, a família tem papel fundamental ao ajudar a concretizar este processo e sentar com a criança para fazer suas tarefas, tirando suas dúvidas e motivando a terminá-las. A escola estimulará, assim, o engajamento dos seus cuidadores no cuidado em preservar o gosto de seu filho pelos estudos. Uma bela parceria, não?


QUAIS SÃO AS EVIDÊNCIAS DO TDAH COM ALFABETIZAÇÃO?

A alfabetização é um processo cuja presença de barreiras pode ser empecilho para a sua realização. Os fatores são os mais diversos, sendo que cada um deles precisa de soluções eficientes que tenham como objetivo a proposição de estratégias com a finalidade de induzir a uma aprendizagem satisfatória.


Dentre os obstáculos, destacamos aqui o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Geralmente, os alunos que manifestam seus sintomas tendem a ter uma experiência pedagógica comprometida devido ao seu aspecto desatento, hiperativo ou misto; que implicam em algumas situações prejudiciais. Vejam alguns exemplos.

– Dificuldade para se obter concentração durante as aulas; ou em contato com livros e palestras (geralmente, as pessoas que convivem com o TDAH do tipo desatento não terminam a leitura de um livro; ou só quando o assunto desperta total interesse).

– Inquietação e impaciência dentro de sala de aula; a criança não consegue ficar sentada por muito tempo.

– Não espera a vez do colega ou da professora explicar, entre outras coisas.



Alfabetização e TDAH: o que fazer?

Voltando para as estratégias, lembramos os educadores que eles podem dividi-las em 3 eixos de ação a fim de proporcionar a aproximação do estudante aos conteúdos expostos dentro do contexto escolar para que, assim, a alfabetização seja potencializada. Essas três linhas de abordagem são: didática em sala de aula, meios de avaliação e apoio organizacional.


  • Didática em sala de aula

A didática em sala de aula precisa buscar técnicas que estimulem a concentração do aluno: pode ser pela mudança do tom de voz trabalhado de acordo com a necessidade, dando ênfase em momentos mais importantes do assunto. Além disso, destacamos que é aconselhável que o aluno se sente bem próximo do professor. Começar a aula com algum tipo de motivação (uso de perguntas que devem ser respondidas ao final após a explicação do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada uma nota que se somará à média final).

Outro detalhe foi a associação ao assunto da aula a alguma situação do contexto que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática. Utilização de estímulos audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização e ser mais emocional na transmissão da aula, menos cópia e menos texto.

  • Meios de avaliação

Vale relembrar que em relação aos meios de avaliação, o professor pode variar e tornar mais ricas as formas de observar se o aluno absorveu ou não a matéria aplicando não somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos, pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões, etc. É importante salientar que as provas devem ser objetivas, curtas e sem pegadinhas.

Como a criança tem grande possibilidade se distrair e se perder nos detalhes, é fundamental que, ao final da prova, seja dado um tempo complementar para que sejam revistas as questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou refazer a questão. Alguns estudantes podem ser favorecidos com o professor lendo as provas antes de iniciá-las, pois dessa forma tendem a compreender melhor as questões ouvindo todas elas.


  • Apoio organizacional

No apoio organizacional, o professor pode ajudar criando uma rotina pré-estabelecida com o aluno o qual deve seguir repetida e diariamente. Esta espécie de roteiro serve para ser uma espécie de lembrete.
O contexto doméstico também pode ajudar

Dentro de casa existem maneiras de conduzir estratégias que visem ao desenvolvimento da concentração da criança diante de uma tarefa. Os pais e os demais integrantes da família devem estar engajados nessa missão para impulsionar o aprendizado do pequeno ou do adolescente.



Referência

ESTRATÉGIAS pedagógicas para alunos com TDAH. Neurosaber. Arapongas: Neurosaber, 2016. Disponível em: https://neurosaber.com.br/estrategias-pedagogicas-para-alunos-com-tdah/

terça-feira, 10 de março de 2020

TDAH - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

O que é distúrbio de déficit de atenção?


O processo de desenvolvimento infantil é marcado por inúmeros sobressaltos. Essa situação é atribuída à série de descobertas e revelações que cada criança demonstra. Dentre tais detalhes, podemos destacar aqueles que incidem sobre a vida da criança de maneira mais séria. Transtornos e distúrbios podem fazer parte da nossa vida; e o público infantil não está livre. Afinal, os pequenos estão em formação e alguns desses quadros neurológicos, neurobiológicos e biológicos tendem a vir, até mesmo, no nascimento. O déficit de atenção, por exemplo, é um deles.

Antes da consolidação de pesquisas bem fundamentadas e respeitadas mundo afora, essa condição era considerada como desatenção proposital, preguiça de pensar e, pejorativamente, ‘lerdeza’. Os mais velhos que conviveram com esse transtorno eram completamente mal compreendidos.


O que é o distúrbio de déficit de atenção?

Para tornar a explicação mais completa, é necessário falar sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O TDAH é um transtorno neurocomportamental. Interessante ressaltar que ele é um dos mais comuns em crianças, sendo que a taxa de incidência entre elas varia de 5 a 6% desse grupo em todo mundo.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais-5, o TDAH está dentro do grupo dos Distúrbios de Desenvolvimento. Isso revela uma condição que tem início na fase infanto-juvenil.

Em relação ao déficit de atenção, De Luccia (2014) afirma a função psíquica da atenção costuma estar relacionada aos aspectos da vigilância e da tenacidade. Além disso, o déficit identificado nesses casos mostra uma sensibilidade aos estímulos, tornando “fácil a mudança de foco e difícil a fixação da atenção a uma só tarefa”.


Padrão predominante do TDAH

É interessante salientar que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade apresenta aquilo cuja comunidade científica convencionou denominar de padrão predominante. Ele está dividido em desatento, hiperativo-desatento ou o tipo combinado, quando os dois padrões sintomáticos são percebidos.

Voltando para o quadro mais geral, deve-se ressaltar que aproximadamente 95% das pessoas diagnosticadas com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade até os primeiros 12 anos de vida. Por outro lado, as crianças que apresentam os sintomas antes dos 7 anos chega à faixa que varia entre 60 e 70%. O período escolar é extremamente importante para que educadores consigam identificar os sinais. Há que se ressaltar evidências neurobiológicas e hereditárias como aspectos que causam o TDAH.


O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e seus sintomas variados

Vale ressaltar que as crianças e adolescentes que convivem com TDAH costumam mostrar instabilidade emocional. Elas, muitas vezes, agem de maneira impulsiva e demonstram irritabilidade. Essa característica é responsável por causar algumas situações embaraçosas, como dificuldade do pequeno participar de trabalhos em grupos e que exigem uma dinâmica maior. Outras consequências observadas nesses casos são “a falha na produtividade e os prejuízos no funcionamento acadêmico e social. A sensação de inadequação, baixa autoestima e adversidades no grupo social provocam infelicidade e frustração, podendo gerar comportamentos autodestrutivos e autopunitivos.” (NUNES & WERLANG, 2008)


A existência de comorbidades

Muitos transtornos vêm acompanhados das chamadas comorbidades e na ocorrência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade a situação não é diferente. Estudos revelam que crianças diagnosticadas com déficit de atenção podem apresentar Transtorno Bipolar, Transtorno de Conduta, quadros de retardo mental, Transtorno Opositivo Desafiador, sinais autísticos, entre outros. (DE LUCCIA, 2014)


Detalhe importante para a realização do diagnóstico

Especialistas chamam a atenção para o fato de que para diagnosticar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade de maneira eficaz é preciso analisar se os sintomas característicos do TDAH se manifestam em mais de um ambiente ou contexto social. Quando a criança apresenta esses sinais somente em um local específico, a possibilidade a ser considerada é que ela possa estar evidenciando “manifestações representativas de uma situação familiar caótica ou de um método de ensino inadequado.” (NUNES & WERLANG, 2008)

Como todos vocês podem perceber, o diagnóstico para identificar o déficit de atenção e a hiperatividade precisa de muita cautela e observação por parte dos profissionais. A família também exerce um papel importante nos relatos aos especialistas.


Referências

DE LUCCIA, Danna Paes de Barros. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) diagnosticado na infância: a narrativa do adulto e as contribuições da psicanálise. 2014. Dissertação. (Mestrado em Psicologia) – Universidade São Paulo, São Paulo, 2014.

NUNES, Maura Marques de Souza; WERLANG, Bianca Susana Guevara. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtorno de conduta: aspectos familiares e escolares. ConScientiae Saúde, v. 7, n. 2, p. 207-216. Porto Alegre, 2008.




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

KIT DA CALMA

Às vezes pensamos estratégias mirabolantes para trabalhar a autorregulação das crianças frente a vivência de sentimentos como a raiva.



  • Essa caixinha, que pode ser montada com vários elementos, contém coisas que estão ao nosso alcance.

  • Utilizar essa caixinha requer um acordo prévio com a criança e mais, a participação dela. Os itens favorecem o relaxamento, a concentração, respiração e a expressão de sentimentos e deve ser conduzido por um adulto até a criança conseguir se autorregular.

  • Podem ser colocados, além dos que estão na imagem, itens como: livros, quebra-cabeça, álbum de fotos ou ilustrações, termômetro da raiva, língua de sogra, sprays anti-raiva (anti-raiva, anti-medo...), apitos, papel e elementos de arte, enfim...

  • Lembrando sempre que a criança vai se colocar diante dos elementos da caixa do jeito que lhe for mais útil, então não tem um jeito "certo" de usar o que nela contém.

  • Diante de um sentimento difícil você pode sugerir: "será que tem algo na sua caixa que possa te ajudar a se acalmar?".

  • Podemos favorecer a expressão livre de sentimentos difíceis das crianças. Elas podem e devem aprender a "colocar pra fora" de uma maneira saudável e com nosso apoio e acolhimento.


Ideia fantástica da @maisconexao_disciplinapositiva: usar o saquinho da calma em viagens, passeios ou saídas com as crianças

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

DEVER DE CASA: UMA LIÇÃO PARA A ESCOLA



Os professores que trabalham com crianças de educação infantil costumam se deparar com situações complicadas. Uma delas é a “lição de casa”. Sabe-se que muitos pais pressionam os educadores para que enviem atividades a seus filhos para serem feitas em casa, acreditando que, dessa forma, eles irão aprender mais. No ensino fundamental, a função das atividades extra- classe é de realmente reforçar o aprendizado dado em sala de aula e ainda instigar um novo aprendizado por meio de pesquisas. Já na educação infantil, essa função é mais ampla. Ela não apenas reforça o aprendizado, mas desenvolve o senso de responsabilidade na criança pequena, pois terá que cuidar da atividade, entregar para a professora sem amassar e na data combinada. Dessa forma, elas funcionam para os pequenos como um desafio a ser superado. Ao fazer isso, porém, o professor deve ter certeza de que o conteúdo foi assimilado em classe e que a criança é capaz de realizar a atividade proposta, mesmo que precise da ajuda dos pais. O que muitos perguntam é se enviar as lições de casa para os menores cumprem de verdade sua função. A resposta a essa pergunta nos remete a algumas questões anteriores: 

· Por que tradicionalmente se dá o dever, também chamado de “Para casa”, às crianças? 

· Com que objetivo se dá “Para casa”? 

· Esse objetivo é realmente alcançado? Em outras palavras, o “Para casa” dá retorno? 

· Para as crianças, o “Para casa” é um castigo, um dever ou um prazer? 

· Qual a vantagem de se dar “Para casa”? 


Muitos educadores e pais não refletem sobre essas questões. Seguem apenas a tradição escolar do “Para casa”, sem questionar sua utilidade ou validada. Na verdade, o hábito de dar “Para casa” tem, sim, alguns objetivos — nem sempre claros para os educadores e os pais de ordem formativa, diagnóstica, sistematizadora, avaliativa, recuperadora/reforçadora, mas que só serão alcançados se o “Para casa” for: 

· Significativo para a criança, ou seja, que atenda a seus interesses e sua necessidades. 

· Bem planejado, elaborado e dosado, criativo, instigante e coerente. 

· Orientado, esclarecido e justificado com antecedência pelo educador 

· Feito pela própria criança, de acordo com suas possibilidades. 

· Utilizado no dia seguinte como fonte de ampliação, confirmação ou geração de conhecimento. 

· Elogiado quando bem feito, questionado quando não feito e esclarecido quando incorreto. 

· Entre as razões que dão validade ao “Para casa”, destacam-se: 

· Revela o tipo e o nível de aprendizagem da criança. 

· Explicita suas dificuldades específicas a serem atendidas 

· Sistematiza e amplia os conhecimentos trabalhados na sala de atividades. 

· Desenvolve habilidades individuais e interesses específicos, criando hábitos de estudo. 

· Contribui para a formação dos valores da corresponsabilidade, da disciplina, do compromisso, da autonomia. 

· Serve como “ponte” entre a escola e a família. 


Voltando à questão acima, um novo esclarecimento se faz necessário. Quando falamos de crianças de 3 anos, estamos situando-as em um período de desenvolvimento, incapazes de compreender e praticar regras e, por isso, completamente dependente dos adultos que delas cuidam — para os quais iria toda a responsabilidade do “Para casa”, o que não o justifica. Esse argumento por si só já responderia a questão colocada. Vale lembrar também que a Educação Infantil têm um caráter desenvolvimentista e não conteudista. É brincando e sendo cuidada que a criança, nessa faixa etária, se desenvolve plenamente. Portanto, o tempo que os pais iriam gastar fazendo com a criança a lição de casa, cujo significado ela não alcança, será melhor aproveitado brincando, conversando, passeando com ela. Ou seja, aprofundando os laços afetivos, importantíssimos para o processo de aprendizagem. 



A LIÇÃO DE CASA...

Não tem função alguma quando se transforma em uma atividade burocrática. Portanto, ela deve ser planejada e ter conteúdo adequado á idade e ao que a criança aprendeu em saía de aula. 

Tem uma função positiva quando desafia o aluno, ou seja, não é mera repetição do que ele já faz na escola Além disso, a criança precisa ter conhecimento prévio da lição para que possa fazê-la sozinha, com a mínima ajuda dos pais. 




ORIENTE OS PAIS PARA QUE: 

Criem um ambiente confortável e seguro para que seus filhos possam fazer sua lição de casa. Se possível sem muitos atrativos para que não se dispersem. 

Eles devem estar por perto nessa hora para que, quando solicitado pela criança, possam ajudar 

Não apressem a criança. Cada uma tem seu tempo e é natural que, nessa fase, ela demore um pouco mais para realizara atividade proposta A lição não deverá ser realizada em frente à televisão. 

Na hora de explicar a importância da lição, use temas cotidianos para mostrar que o que se aprende na escola pode ser aplicado no dia a dia. Exemplos: matemática na hora da pagar contas no supermercado, imigração japonesa para entender história e geografia.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

HISTÓRIA INFANTIL SOBRE COCÔ - DESFRALDE

Há pouco tempo, passamos pelo desfralde da Maria Clara... Para ajudar nessa fase, utilizei alguns recursos: histórias infantis, cartaz no banheiro com imagem de xixi e cocô para colar adesivos...
Uma das historinhas que contei a ela foi essa que segue. Ela amou e ajudou muito!











Dica: eu imprimi e enviei para ser encadernado com uma capinha plástica transparente e molinha. Ficou perfeito!

segunda-feira, 12 de março de 2018

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TDAH

    Já tive alunos diagnosticados com TDAH e nunca soube como agir e ajudar essas crianças. Nosso preparo para lidar com transtornos e necessidades especiais é mínimo...

   Tenho acompanhado vídeos no YouTube e o Blog NeuroSaber do Neuropediatra Dr. Clay Brittes e da Psicopedagoga Luciana Brittes, onde há rico material sobre TDAH, Autismo, desenvolvimento psicomotor, etc. Vale a pena conferir! Foi lá que encontrei esse texto e compartilho aqui com vocês:


    É provável que a maioria de vocês saiba falar ao menos uma das características presentes na vida de uma criança com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Dividido entre dois tipos, o TDAH pode ser combinado (hiperatividade, impulsividade e o déficit de atenção) ou desatento (falta de atenção).

  Diante de tais possibilidades, é preciso que os educadores adotem determinadas estratégias pedagógicas para aproximar o conteúdo a ser ensinado aos alunos. O caminho a ser seguido não depende somente dos professores e do estudante. Os pais também têm um papel de muita importância nesse longo processo.


    O que fazer para ajudar as crianças com TDAH?


    A princípio, é interessante adotar algumas táticas para facilitar a concentração do aluno. Todos nós sabemos que a sala de aula é um local plural, ou seja, cada um traz uma peculiaridade. Isso pode chamar a atenção do pequeno.

    Então, vejam as sugestões iniciais que temos para driblar essas distrações e que podem ser encontradas no ambiente escolar:

– Não deixe o aluno próximo a janelas e portas: qualquer atividade ou ruído vindo da parte externa tende a distraí-lo;

– Coloque-o sentado perto à sua mesa, na primeira carteira;

– Mude-o de lugar sempre que perceber que algo ‘ameaça’ sua atenção ao conteúdo.


Quais ferramentas podem incrementar a explicação de uma tarefa?


    Hoje em dia, os suportes multimídia servem como uma alternativa eficaz para auxiliar os educadores. Os equipamentos audiovisuais são essenciais: filmes, animações, clipes animados e trechos de peças publicitárias (que respeite a faixa etária do pequeno) tendem a dar um tom mais lúdico à aula.

    Além disso, existem outros materiais que podem complementar a estratégia pedagógica, como jornais, revistas, gibis, jogos de tabuleiros, desenhos, entre outros. Tudo isso pode ser utilizado junto com os recursos multimídia citados acima.



O que fazer na aplicação de provas?


    Para deixar os exames pedagógicos mais acessíveis à criança com TDAH, o aconselhável é contribuir ao máximo com o enunciado presente na folha de papel, seja utilizando bastante desenhos gráficos ou usando palavras que facilitem o entendimento.



Evitando as perdas


    Uma criança com TDAH pode perder materiais e exercícios por distração (esquecimento). Para evitar essas situações, incentive-a a adotar medidas que diminuem esses aborrecimentos, colocando nomes nos objetos e utilizando somente o que for utilizado. Para as tarefas, o uso de uma pasta plástica é o ideal.


Anotando as tarefas


    É preciso ficar atento quanto às anotações que o aluno faz em sala de aula. Para isso, estimule-o a utilizar bloquinhos de papel, post-it, agendas, calendários, etc.


Contando com a ajuda dos pais


    As atividades pedagógicas das crianças precisam ser acompanhadas pelos pais dos pequenos. Por meio de observações escritas pelos professores, os responsáveis por eles devem criar um meio de se informar sobre o rendimento do estudante. A agenda é uma importante forma de comunicação.



Mostre ao aluno que ele é sempre capaz


    Os pequenos atos são suficientes para incutir na criança o quanto ela é útil e capaz de se superar. Todo progresso conquistado merece ser reconhecido por meio de elogios imediatos. Isso tende a dar mais força para o estudante.




quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

O JOGO SIMBÓLICO E A SUA IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A infância tem uma característica muito forte que é marcada pelo brincar. E é pelo brincar, especialmente pelo jogo simbólico, que a criança pode reviver situações quotidianas possibilitando a compreensão e a reorganização das suas estruturas mentais. Assim, o jogo simbólico é a representação corporal do imaginário e apesar de predominar a fantasia a atividade psicomotora exercida acaba por prender a criança à realidade. Na sua imaginação pode modificar a sua vontade usando o “ faz de conta”, mas quando expressa corporalmente as atividades, precisa de respeitar a realidade concreta e as relações com o mundo.

Pelo jogo simbólico a criança exercita não só a sua capacidade de pensar (representar simbolicamente as suas ações), mas também as suas habilidades motoras já que ao brincar, salta, corre, ou manipula objetos.

Concluindo, é através do jogo simbólico que a criança cria um mundo imaginário onde representa as suas preocupações e os sentimentos que a incomodam na sua vida real e dessa forma, a criança consegue exprimir através de brincadeiras algo que não conseguiria exprimir por palavras.

As brincadeiras de faz-de-conta exercem a função de máxima importância no que diz respeito à educação infantil, permitindo promover à criança um momento único de desenvolvimento, no qual ela exercita a sua imaginação, a capacidade de planear e de fantasiar situações lúdicas.

As crianças começam a brincar ao faz de conta desde muito cedo. Por volta dos 2 anos de idade, as crianças iniciam o seu contacto com esta experiência caracterizado pelo aparecimento da linguagem e da representação, sendo considerado como um dos grandes pilares da infância. É a partir desta idade que passam a dar mais importância aos seus pares. Este tipo de brincadeira em grupo implica existir negociação entre as crianças, ou seja, saber brincar com os outros, brincar sobre a mesma temática, acordar papéis e ações entre eles.

Outra das características do jogo simbólico é poder alterar a sua identidade e interpretar uma personagem sendo normalmente um adulto próximo, ou uma figura de fantasia, proporcionando a aquisição de novas competências porque ao fantasiar estas personagens consegue criar situações imaginárias. A criança tem a capacidade de a partir de vulgares objetos criar algo diferente, como por exemplo, um simples prato transforma-se num volante de um carro. Assim, a atividade de brincar pode ajudar a passar de ações concretas para ações com outros significados, avançando em direção ao pensamento abstrato.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A IMPORTÂNCIA DA RECREAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL

1. RECREAÇÃO

A palavra recreação vem do latim recreare e significa "criar novamente” no sentido positivo, ascendente e dinâmico. A definição de recreação pode ser achada no termo inglês "PLAY" significado que o homem encontra uma verdadeira satisfação e alegria no que está fazendo. Representa uma atividade que é livre e espontânea na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma compulsão interna ou externa de forma obrigatória ou opressora. Recreação significa satisfação e alegria naquilo que faz. Retrata uma atividade que é livre e espontânea e na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma coação interna ou externa de forma obrigatória ou opressora, afora e prazer. Recreação é o relaxamento do organismo e da mente. É diversão, renovação, recuperação. É a atividade livremente escolhida exercida nas horas de lazer ativa ou passiva, individualmente ou em grupo, organizada ou espontânea. A recreação tem o objetivo de criar condições ótimas para o desenvolvimento integral das pessoas, promovendo a sua participação individual e coletiva em ações que melhorem a qualidade de vida a preservação da natureza e afirmação dos valores essências da humanidade.



2. OS JOGOS

Os jogos surgiram na Grécia como forma de diversão passando mais tarde a serem aperfeiçoados e estudados por grandes mestres a fim de tomá-lo parte do desenvolvimento educacional da criança. Depois da segunda guerra mundial e com a criação da ACM. Associação Cristã de Moços em vários países, o jogo como um fator educacional, começou a ocupar espaço. Se uma atividade recreativa permite alcançar vitória, ou seja, pode haver um vencedor, estamos tratando de um jogo. O jogo busca um vencedor. Jogo é uma atividade física, e/ ou mental que favorece a socialização obedecendo a um sistema de regras, visando um determinado objetivo, sendo uma atividade que tem começo, meio e fim, regras a seguir e um provável vencedor. O jogo educativo é um elemento de observação e conhecimento metodológico da psicologia da criança, suas tendências, qualidades, aptidões, lacunas e defeitos.



3. A INTERRELAÇÃO APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

A aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde que a criança passa a ter contato com o mundo. Na interação com o meio social e físico a criança passa a se desenvolver de forma mais abrangente e eficiente. Isso significa que a partir do envolvimento com seu meio social são desencadeados diversos processos internos de desenvolvimento que permitirão um novo patamar de desenvolvimento. A criança, por meio da observação, imitação e experimentação das instruções recebidas de pessoas mais experientes, vivencia diversas experiências físicas e culturais, construindo, dessa forma, um conhecimento a respeito do mundo que a cerca. Para que esses conceitos sejam desenvolvidos e incutidos no aprendiz, o meio ambiente tem que ser desafiador, exigente, para poder sempre estimular o intelecto e a ação motora desta pessoa. No entanto, não basta apenas oferecer estímulos para que a criança se desenvolva normalmente, a eficácia da estimulação depende também do contexto afetivo em que esse estímulo se insere, essa ação está diretamente ligada ao relacionamento entre o estimulador e a criança. Portanto, o papel da escola no âmbito educacional deve ser o de sistematizar esses estímulos, envolvendo-os em um clima afetivo que serve para transmitir valores, atitudes e conhecimentos que visam o desenvolvimento integral do ser humano.



4. MOTROCIDADE, EMOÇÃO E PENSAMENTO

O principal instrumento da educação física é o movimento, por ser o denominador comum de diversos campos sensoriais. O desenvolvimento do ser humano se dá a partir da integração entre a motricidade, a emoção e o pensamento. No caso específico da educação física, o profissional dessa área possui ferramentas valiosas para provocar estímulos que levem a esse desenvolvimento de forma bastante prazerosa: a brincadeira, o jogo e o esporte. A partir da brincadeira e do jogo, a criança utiliza a imaginação que é um modo de funcionamento psicológico especificamente humano, que não está presente nos animais nem na criança muito pequena. A partir da utilização da imaginação, a criança deixa de levar em conta as características reais do objeto, se detendo no significado determinado pela brincadeira. Mesmo havendo uma significativa distância entre o comportamento na vida real e o comportamento no brinquedo, a atuação no mundo imaginário e o estabelecimento de regras a serem seguidas criam uma zona de desenvolvimento proximal, na medida em que impulsionam conceitos e processos em desenvolvimento.



5. O FATOR CULTURAL

Os jogos, os esportes, as danças, as lutas e as diversas formas de ginástica estão presentes na cultura, influenciando o comportamento, transmitindo valores, fazendo parte do dia-a-dia das pessoas, seja como prática nos momentos de lazer, seja como possibilidade para a atuação profissional ou de apreciação na mídia. Na escola, o ensino da Educação Física pode e deve incluir a vivência dessas modalidades como conteúdos, ampliando as possibilidades de os alunos compreenderem, participarem e transformarem a realidade. No entanto, os professores polivalentes, com formação em Magistério, ou em Pedagogia, e os especialistas, graduados em Educação Física, avaliam, muitas vezes, o ensino da área como inadequado, refletindo uma prática que se apoia em um processo seletivo de alunos aptos para o padrão competitivo. Excluem-se, nesse processo seletivo, muitos dos que não conseguem o desempenho esperado em um tempo predeterminado para o desenvolvimento de tais capacidades. É preciso reconhecer que a ação educativa, quando centraliza o processo de ensino e aprendizagem em sequencias pedagógicas que têm como referência um aluno ideal e não o aluno real, pode redundar em fracasso. A partir dessa constatação, propomos que nesta série sejam discutidos não só os diferentes jeitos de fazer e aprender, mas também os diferentes tempos necessários para aprendizagem, baseados em situações reais do cotidiano escolar.



6. EDUCAÇÃO FÍSICA E DIVERSIDADE

A perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos. Os conhecimentos construídos devem possibilitar a análise crítica dos valores sociais, como os padrões de beleza e saúde, desempenho, competição exacerbada, que se tornaram dominantes na sociedade, e o seu papel como instrumento de exclusão e discriminação social. A Educação Física escolar deve considerar a diversidade como um princípio que se aplica à construção dos processos de ensino e aprendizagem e orienta a escolha de objetivos e conteúdos, visando a ampliar as relações entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e os sujeitos da aprendizagem. Busca-se legitimar as diversas possibilidades de aprendizagem que se estabelecem com a consideração das dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos.



7. SEM VENCEDORES

Desde a civilização mais antiga o brincar é uma atividade das crianças. Naquela época a brincadeira não era considerada um elemento cultural, do riso, do folclore e do carnaval. A principal diferença entre jogo e brincadeira é o vencedor, na brincadeira não há como ter um vencedor. Ela simplesmente acontece e segue-se se desenvolvendo enquanto houver motivação e interesse por ela. Para a criança brincar é a coisa mais séria do mundo, é tão necessária ao seu desenvolvimento quanto o alimento e o descanso. É o meio que a criança tem de travar conhecimento com o mundo e adaptar-se ao que rodeia. É por meio de brincar que a criança torna-se intermediária entre a realidade interna e externa, participando, entendendo e percebendo-se como membro integrante do seu meio social. É brincando também que a criança deixa de ser passiva para tornar-se responsável pela a ação realizada, decidindo os rumos das situações socioculturais por ela criadas é vivenciada sentimentos diversos, que contribui para a formação da sua personalidade.



8. BRINCAR – UMA VIVÊNCIA CULTURAL

Através do prazer, o brincar possibilita à criança a vivência de sua faixa etária e ainda contribui de modo significativo para sua formação como ser humano, participando da cultura da sociedade que vive, e não apenas como mero indivíduo requerido pelos padrões de produtividade social. Sendo assim, a vivência do lúdico é imprescindível em termos de participação cultural e crítica e, principalmente criativa. É fundamental assegurar a criança o tempo e o espaço para que o lúdico seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida da criatividade e da participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver. São os conteúdos e a forma (produtos e processo) da cultura da criança, que representam o antídoto a aceitação do "jogo" pré-estabelecido, da sociedade e mesmo a camuflagem das colocações individuais, justificando sua impotência frente à estrutura do mundo que receberam e são obrigadas a produzir. A criança que brinca vive a sua infância torna se um adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente suportara muito melhor as pressões das responsabilidades adultas e terá maior criatividade para solucionar os problemas que lhe surgem, sendo assim, a brincadeira é uma atividade não apenas natural, mas, sobretudo sociocultural já que muitas crianças a cada dia têm menos tempo para brincar, pois os pais se matriculam no maior número possível de atividades e como conseqüência elas são vítimas de estresse bem mais cedo. O brinquedo por sua vez tem seu papel importante nas brincadeiras sendo para criança um passaporte para o reino mágico de brincadeira.



9. OS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

As crianças na maioria das escolas recebem regras prontas, não significações. Elas devem aceitá-las para poder transformar num bom adulto. E o mesmo acontece com os professores. Observa-se cada vez mais que o contato das crianças com jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais vem perdendo espaço, possivelmente como consequência dos processos de urbanização e de produção consumo de equipamentos de alta tecnologia (videogames, computadores, televisores e brinquedos de controle remoto). É um fato inquestionável que as oportunidades de jogo e atividade física têm vindo a degradar-se de forma considerável nas últimas décadas aumentando substancialmente o sedentarismo na infância. A infância é uma época importante para a prática de várias atividades físicas e o desenvolvimento de habilidades motoras diversas a fim de promover atitudes saudáveis. Melhorias na proficiência motora, maiores possibilidades de aderência a um estilo de vida ativo e melhor autoestima e confiança.



10. COMO ESTIMULAR A CRIANÇA PARA OS JOGOS E BRINCADEIRAS

Uma possível dinâmica de aula, em algumas ocasiões é iniciar conversando com os alunos, perguntando-lhes do que gostariam de brincar. Trata-se de uma forma de estimular a participação da criança e fazê-la sentir toda importância que tem favorecendo ainda, a rica troca de experiência entre elas e seus respectivos universos de jogos. Outra possibilidade é resgatar jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais, que os pais ou responsáveis e familiares dos alunos desenvolviam quando crianças pedindo ao aluno conversem com eles, perguntando-lhes a respeito de que e como brincavam na infância trazendo referências por escrito ou desenhada representação de uma pequena exposição (organizada pelos próprios alunos, professores, pais ou responsáveis familiares e comunidade, na escola, artística...) da memória da cultura de jogos, brinquedos e brincadeiras infantis. O treino nas diferentes atividades que se entrega a criança que se dispõe de espaço e estímulos naturais promove crescimento muscular, presteza em agir de acordo com a vontade, reserva de energia nervosa e maior resistência ao esforço físico. Cada momento de atividade recreativa envolve um estado emocional: de simples prazer ou alegria promovido pela satisfação de agir, de medo diante ao insucesso, da identificação real com um personagem mais fraco, ou ainda do perigo que possa enfrentar, de raiva na luta contra obstáculos ou na personificação de elementos destruidores.


11. BRINCAR – UM MEIO DE ASSIMILAÇÃO

A criança de 06 a 07 anos aparece a linguagem oral. Pensamentos egocêntricos, rígidos, centrado em si mesmo e com características de animismo (ciosas e animais). Não possui noção de conservação, quantidade, volume, massa, peso e não consegue retornar ao ponto de partida mentalmente (condição básica para a realização de operações). No período pré - operatório a assimilação, (isto é, a interpretação de novas formações baseada em interpretações presentes) é uma tarefa suprema para a criança. Nesta fase, a ênfase no “por que” e no "como" torna-se uma ferramenta básica para que a adaptação ocorra. Brincar serve como um importante meio de assimilação e ocupa maior parte das horas que a criança passa acordada. As brincadeiras imaginárias e as paralelas são importantes ferramentas para o aprendizado. Brincar também serve para demonstrar as regras e os valores dos familiares mais velhos do indivíduo. A ampliação do interesse social por seu mundo é característica da fase do pensamento pré – operatório da criança. Como resultado o egocentrismo é reduzido e a participação social aumenta. A criança começa a exibir interesse nos relacionamentos entre as pessoas. A compreensão dos papéis sociais de "mamãe", "irmã" e "irmão" e seu relacionamento uns com os outros é importante para a criança nesta fase. A criança pequena demonstra crescente pensamento simbólico pela ligação do seu mundo com palavras e imagens. A assimilação é avançada usando a atividade física para realizar os processos cognitivos.



12. BRINCAR – UM MEIO DE ASSIMILAÇÃO II

Na fase operatório-concreta de 7 a 11 anos a criança começa a ter um pensamento mais lógico, menos egocêntrico, ações mentais mais reversíveis, móveis e flexíveis. Apesar de o pensamento basear-se mais no raciocínio, ainda precisa de materiais e exemplos concretos. Não pode ordenar, seriar e classificar. Nesta fase, as percepções são mais precisas, e a criança aplica a interpretação dessas percepções ambientais sabiamente. Ela examina as partes para obter conhecimento do todo e estabelece meios de classificação para organizar as partes em um sistema hierárquico. A criança brinca para compreender seu mundo físico. Regras e regulamento são de interesse da criança quando aplicadas à brincadeira. A criança raciocina logicamente sobre eventos concretos e consegue classificar objetos de seu mundo em vários ambientes, existindo a reversibilidade com experimentação intelectual através da brincadeira ativa.



13. ALGUNS JOGO E BRINCADEIRAS

Pega-Pega: Jogadores dispersos pelo terreno, havendo um perseguidor. Os jogadores fugirão ao perseguidor, que tenta apanhar um. Aquele que for apanhado passará a ser o perseguidor. Objetivo: Trabalhar a habilidade de correr, desviar, rapidez de reação. 


Morto x Vivo: Objetivo específico: agilidade na reação, atenção, obediência, a ordens, flexibilidade. As pessoas em círculo, de costas, com o professor no centro. As ordens dadas podem ser: "morto", "vivo", ou "sentar", "levantar" etc. 


História do meu nome: Todos sentados formando um grande círculo, o objetivo é que cada participante conte a história do seu nome. Por que colocaram o seu nome? Como gostaria de se chamar? De que nome você mais gosta? Vamos criar um nome para o nosso grupo? Que tal utilizarmos as iniciais de todos os nomes do grupo? Objetivo: integrar-se ao meio social, enfatizar a necessidade de escutar o que o outro tem a dizer, desinibir e descontrair o grupo. 


Chamada da roda: Os jogadores em círculo, numerados, um no centro, com uma bola leve. O do centro, com a bola na mão, chama um número e lança a bola para o alto. O jogador chamado deve apanhá-la, vinda do alto ou picada no chão, pela primeira vez. Se o conseguir, ganhará um ponto e irá para o centro repetir a ação do companheiro anterior. A vitória é do que, no final do jogo obtiver mais pontos (Ferreira 2003). 


Gato doente: As crianças dispersam pelo campo, dado o sinal pelo professor, uma delas, previamente indicada para iniciar o jogo, perseguirá as companheiras tentando tocá-las. A que for, por exemplo, tocada no ombro, aí colocará a mão esquerda e, aliando-se à primeira, procurará também alcançar as outras crianças. Todas as que forem apanhadas, "gatos doentes", deverão correr com a mão no ponto partido, perseguindo as que acharem ainda livres. Objetivo: trabalhar a habilidade de correr em grupo, atacar e defender.



14. BRINCAR PARA EDUCAR

É de extrema importância a recreação na vida da criança, tanto no seu desenvolvimento motor, afetivo e social. E são os jogos e brincadeiras que tornam um facilitador para que tudo aconteça de forma natural e melhor ainda de forma "PRAZEROSA". É necessário ter um objetivo a ser trabalhado, para que assim elas se desenvolvam e mostrem seu potencial, não simplesmente "brincar" e sim educar, com essas ferramentas tão úteis e significativas que trazem sorrisos e mudam a vida das crianças. O brincar de forma construtiva abre a portas para a educação, e depende dos professores deixá-la aberta.



15. METODOLOGIA DA RECREAÇÃO E CIDADANIA

A Metodologia da Recreação e Cidadania requer um planejamento com a visão comprometida na educação integral do aluno. Que tenha metas e objetivos definidos de forma flexível. Organizado na forma de temas, ações e atividades educativas que contemplam um resultado esperado. Onde o aprender, o conhecer, o fazer e o conviver integra-se aos saberes que formam e emancipam o aluno. Contribuem para o exercício da cidadania pró-ativa, consciente, para a prática dos valores éticos, induzem à reflexão, à análise e à problematização de forma crítica. Nesse trabalho, o professor atua como um mediador, instigando o aluno a iniciar-se no trabalho científico de forma recreativa, ao descobrir o problema, elaborar hipóteses, construir objetivos, buscar uma fundamentação teórica e criar alternativas para resolvê-los. A proposta pedagógica da escola onde se desenvolve o "Projeto Recreação e Cidadania" alicerça-se em 05 competências que favorecem o desenvolvimento integral da pessoa humana, que são: aprender a conhecer, a fazer, a conviver, a ser e a comunicar-se.



16. RECREAÇÃO – EDUCAÇÃO INTEGRAL DO ALUNO

A missão da recreação e cidadania é trabalhar pela qualidade no processo de ensino aprendizagem e tem como visão a educação integral do aluno. Busca a satisfação da comunidade escolar com criatividade, liberdade e corresponsabilidade social no intuito de promover a aprendizagem e a inclusão social. Aprender de forma recreativa provoca um desbloqueio emocional e ajuda a desenvolver as habilidades e as competências nos alunos, estimulando o desenvolvimento da sociabilidade. Recrear de forma sistematizada oportuniza ao aluno dialogar, elaborar e resolver os problemas. Vivenciar a experiência e a organizar-se, projetar e exercitar a sua vida futura, com mais tranquilidade e segurança. Desta forma melhora consideravelmente o raciocínio lógico, instiga a pensar antes de agir, motiva os acordos e as parcerias, a tomar atitudes coerentes, de acordo com os objetivos propostos.



17. RECREAÇÃO – PRÁTICA PRAZEROSA

A recreação é uma prática prazerosa em que os alunos participam de atividades descontraídas. Ela pode ser uma importante estratégia de inclusão e socialização, além de desenvolver as habilidades psicomotoras das crianças. Assim, a recreação transfere-se para o cotidiano e aproxima-se de uma vida permeada de informações. Esse processo de educação se dá através da convivência de diversos desses indivíduos, mais especificamente crianças, dentro de locais especializados que transmitem tais valores indiretamente, por meio da recreação. Recreação designa recreio ou prazer; sentir satisfação divertir-se, numa atividade esportiva. Por meio da recreação é possível educar. As crianças buscam em seu interior algo estimulante, que saia da rotina diária, podendo a recreação ser utilizada, até mesmo dentro da sala de aula. Hoje, o que se vê é uma sociedade totalmente voltada para o bem comum, que continua em transformação, mas que busca maneiras alternativas que contribuam no processo de reestruturação social. Os pais estão muito preocupados com a educação de seus filhos, que necessitam de uma contribuição externa, ou seja, novas alternativas na busca de melhor qualidade de vida em vários aspectos, tais como, psicológico, afetivo e social, já que os valores atuais são outros e foram transferidos, também, a outras pessoas. A responsabilidade de educar um indivíduo e transformá-lo é peça fundamental numa sociedade; deixou de ser apenas papel da família e passou a ser de responsabilidade da escola. A recreação é uma forma específica de atividade, uma atitude ou disposição, uma área de vida rica e abundante, a vida fora das horas de trabalho.



18. VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

A violência está em todo o mundo e se manifesta de várias maneiras. Está em toda a sociedade, em todas as classes sociais, em todas as faixas etárias. Seria equivocado achar que está apenas nos parâmetros da pobreza, nas periferias das grandes cidades; a violência nos cerca e está em vários lugares: na rua, na escola e até mesmo na família. Nas escolas, as discriminações são grandes, tanto por etnia quanto por religiões; crianças gordas ou magras, baixas ou altas, bonitas ou feias, separam-se em grupos e começam a rejeitar umas às outras, e essa rejeição vem em forma de "zoeiras", xingamentos e brincadeiras de mau gosto que vão se estendendo no dia-a-dia. A violência escolar é fruto das desigualdades sociais do mundo em que se vive. Há crianças que passam por muitas dificuldades em casa, ou nem casa têm; crianças que são criadas pelo mundo, que trabalham desde cedo, que são escravas dos pais, crianças que conhecem a bebida logo cedo, o cigarro, a sexualidade e as doenças. Essas crianças vão para a escola às vezes apenas para comer, não estão muito interessadas na aprendizagem; com isso, acabam desrespeitando os professores e seus colegas. Está-se falando de uma violência verbal, uma violência que é muito encontrada nas escolas, onde a educação é deixada de lado e o que vale é a superioridade de uns sobre os outros.



19. INFÂNCIA – APRENDIZADO E ASSIMILAÇÃO

A recreação é uma ferramenta muito importante no desenvolvimento humano: afetivo, cognitivo, motor, linguístico e moral. Dentro de um contexto social, quando um indivíduo está em recreação significa que está sentindo prazer em realizar alguma coisa. Os seres humanos são movidos, principalmente, pela emoção e pelo prazer; sendo assim, fica muito mais fácil assimilar alguma coisa a partir daquilo que lhe faz bem, sendo possível englobar os mais altos níveis de conhecimentos e, com crianças, é importante desenvolver e estimular atividades diferentes da vida cotidiana, mas que façam parte da natureza humana, já que é na infância o período de aprendizado e da assimilação que julgamos necessária para a vida adulta. O mais importante desse contexto é permitir que diferentes grupos de pessoas, principalmente crianças, se integrem, esquecendo o preconceito de valores, distinção de raça, estrutura familiar; pelo contrário, é possível estruturar todos esses tópicos.



20. RECREAÇÃO, JOGO, LAZER E BRINCADEIRAS - DIFERENÇAS

Existem algumas diferenças entre a recreação, o lazer, o jogo e a brincadeira. A recreação são todas atividades que o individuo procura praticar em seu tempo livre buscando sua satisfação. As brincadeiras são também atividades onde o indivíduo às procura, porém a diferença é que nas brincadeiras o praticante para obter o resultado deve se entregar totalmente a atividade transformando-a em divertida, alegre e que cause um bem-estar em quem procura este estado de espírito. Uma atividade recreativa pode não obter esse resultado. O Lazer pode ser ao mesmo tempo férias e trabalhos voluntários, nadar e fazer esporte, prazeres gastronômicos e entretenimentos musicais, atividades de azar, leitura de jornal e estudo de uma obra-prima, conversa fútil e conversa cultural. Fazendo distinção entre jogo e brincadeira pode-se dizer que o jogo é a atividade com regras que definem uma disputa “que serve para brincar” e brincadeira é o ato ou efeito de brincar, entreter-se, distrair-se com um brinquedo ou jogo.



EXERCÍCIOS


1.Fazendo distinção entre jogo e brincadeira pode-se dizer que o jogo é a atividade com regras que definem uma disputa “que serve para brincar” e brincadeira é o ato ou efeito de brincar, entreter-se, distrair-se com um brinquedo ou jogo.

( ) SIM          ( ) NÃO



2. As brincadeiras são também atividades onde o indivíduo às procura, porém a semelhança é que nas brincadeiras o praticante para obter o resultado deve se entregar totalmente à atividade transformando-a em divertida, alegre e que cause um bem-estar em quem procura este estado de espírito.

( ) SIM ( ) NÃO


3. A recreação é uma ferramenta muito importante no desenvolvimento humano: afetivo, cognitivo, motor, linguístico e moral. Dentro de um contexto social, quando um indivíduo está em recreação significa que está sentindo prazer em realizar alguma coisa.

( ) SIM ( ) NÃO



4. A vivência do lúdico não é imprescindível em termos de participação cultural e crítica e, principalmente criativa. É fundamental assegurar à criança o tempo e o espaço para que o lúdico seja vivenciado com tensão capaz de formar a base sólida da criatividade e da participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver.

( ) SIM ( ) NÃO










5-5. Uma possível dinâmica de aula, em algumas ocasiões é iniciar conversando com os alunos, perguntando-lhes do que gostariam de brincar. Trata-se de uma forma de estimular a participação da criança e fazê-la sentir toda importância que tem favorecendo ainda, a rica troca de experiência entre elas e seus respectivos universos de jogos.


( ) SIM ( ) NÃO