quarta-feira, 11 de março de 2020

QUAIS SÃO AS EVIDÊNCIAS DO TDAH COM ALFABETIZAÇÃO?

A alfabetização é um processo cuja presença de barreiras pode ser empecilho para a sua realização. Os fatores são os mais diversos, sendo que cada um deles precisa de soluções eficientes que tenham como objetivo a proposição de estratégias com a finalidade de induzir a uma aprendizagem satisfatória.


Dentre os obstáculos, destacamos aqui o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Geralmente, os alunos que manifestam seus sintomas tendem a ter uma experiência pedagógica comprometida devido ao seu aspecto desatento, hiperativo ou misto; que implicam em algumas situações prejudiciais. Vejam alguns exemplos.

– Dificuldade para se obter concentração durante as aulas; ou em contato com livros e palestras (geralmente, as pessoas que convivem com o TDAH do tipo desatento não terminam a leitura de um livro; ou só quando o assunto desperta total interesse).

– Inquietação e impaciência dentro de sala de aula; a criança não consegue ficar sentada por muito tempo.

– Não espera a vez do colega ou da professora explicar, entre outras coisas.



Alfabetização e TDAH: o que fazer?

Voltando para as estratégias, lembramos os educadores que eles podem dividi-las em 3 eixos de ação a fim de proporcionar a aproximação do estudante aos conteúdos expostos dentro do contexto escolar para que, assim, a alfabetização seja potencializada. Essas três linhas de abordagem são: didática em sala de aula, meios de avaliação e apoio organizacional.


  • Didática em sala de aula

A didática em sala de aula precisa buscar técnicas que estimulem a concentração do aluno: pode ser pela mudança do tom de voz trabalhado de acordo com a necessidade, dando ênfase em momentos mais importantes do assunto. Além disso, destacamos que é aconselhável que o aluno se sente bem próximo do professor. Começar a aula com algum tipo de motivação (uso de perguntas que devem ser respondidas ao final após a explicação do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada uma nota que se somará à média final).

Outro detalhe foi a associação ao assunto da aula a alguma situação do contexto que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática. Utilização de estímulos audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização e ser mais emocional na transmissão da aula, menos cópia e menos texto.

  • Meios de avaliação

Vale relembrar que em relação aos meios de avaliação, o professor pode variar e tornar mais ricas as formas de observar se o aluno absorveu ou não a matéria aplicando não somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos, pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões, etc. É importante salientar que as provas devem ser objetivas, curtas e sem pegadinhas.

Como a criança tem grande possibilidade se distrair e se perder nos detalhes, é fundamental que, ao final da prova, seja dado um tempo complementar para que sejam revistas as questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou refazer a questão. Alguns estudantes podem ser favorecidos com o professor lendo as provas antes de iniciá-las, pois dessa forma tendem a compreender melhor as questões ouvindo todas elas.


  • Apoio organizacional

No apoio organizacional, o professor pode ajudar criando uma rotina pré-estabelecida com o aluno o qual deve seguir repetida e diariamente. Esta espécie de roteiro serve para ser uma espécie de lembrete.
O contexto doméstico também pode ajudar

Dentro de casa existem maneiras de conduzir estratégias que visem ao desenvolvimento da concentração da criança diante de uma tarefa. Os pais e os demais integrantes da família devem estar engajados nessa missão para impulsionar o aprendizado do pequeno ou do adolescente.



Referência

ESTRATÉGIAS pedagógicas para alunos com TDAH. Neurosaber. Arapongas: Neurosaber, 2016. Disponível em: https://neurosaber.com.br/estrategias-pedagogicas-para-alunos-com-tdah/

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