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quarta-feira, 11 de março de 2020

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma das causas de dificuldade de aprendizado de natureza neurobiológica mais comum durante a infância e a adolescência. Ocorre em 6-10% das crianças e pode acarretar sérios prejuízos no rendimento escolar e na capacidade de se apropriar da aprendizagem adequada da leitura, escrita e matemática. O diagnóstico deve ser o mais precoce possível a fim de prevenir lacunas de conteúdo e futuros distúrbios de aprendizagens. Seu tratamento deve sempre envolver uma abordagem interdisciplinar com uso de medicações, psicoterapia e intervenções nos atrasos de desenvolvimento que podem se associar ao transtorno. Ressalta-se neste contexto, como estratégia fundamental, a adoção de formas e meios pedagógicos para otimizar e melhorar o engajamento atencional da criança com TDAH.


Mas, como trabalhar a pedagogia com o TDAH?


Estas crianças tem dificuldade de memorização de sequências, não percebem detalhes, reincidem nos mesmos erros, desorganizam-se constantemente, esquecem conteúdos correlacionados ao tema principal, perdem-se nos eventos que são paralelos ao evento principal de uma determinada matéria, no passo-a-passo das fórmulas e dos conceitos das matérias mais decorativas ou monótonas. Portanto, a escola deve participar do processo terapêutico formulando práticas e caminhos que facilite e otimize a absorção de conteúdos e a desenvoltura nas avaliações.

No tocante ao TDAH na escola, podemos dividir tais estratégias em 3 eixos de ação: didática em sala de aula, meios de avaliação e apoio organizacional. A didática em sala de aula deve buscar meios que melhorem a concentração deste aluno: mudar tom de voz de acordo com a necessidade dando ênfase em momentos mais importantes do assunto, colocar este aluno para sentar bem próximo do professor, começar a aula com algum tipo de motivação (uso de quiz ou perguntas que devem ser respondidas ao final após a transmissão do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada uma nota que se somará à média final), associar o assunto da aula a alguma situação do contexto que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática, utilizar–se de estímulos audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização, ser mais emocional na transmissão da aula, menos cópia e menos texto.

Em relação aos meios de avaliação, o professor pode variar e enriquecer as formas de averiguar se este aluno absorveu ou não a matéria aplicando não somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos, pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões, etc. As provas devem ser enxutas, objetivas, curtas, sem pegadinhas. Como este aluno se distrai e se perde nos detalhes, é importante ao final da prova que seja dado um tempo complementar para que reveja as questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou refazer a questão. Alguns alunos podem ser favorecidos com o professor lendo as provas antes de iniciá-las, pois podem compreender melhor as questões ouvindo-as.


No apoio organizacional, o professor pode ajudar criando uma rotina pré-estabelecida com o aluno o qual deve seguir repetidamente e diariamente. Esta espécie de roteiro serve para ser um lembrete diário.

Neste, pode-se escrever assim, passo-a-passo:
  1. fazer as tarefas de hoje;
  2. selecionar dúvidas para levar ao professor;
  3. verificar maiores dificuldades;
  4. estudar para as provas mais próximas;
  5. organizar o material para o dia seguinte; etc.

Assim, ao chegar em casa, este roteiro servirá de apoio para lembrar e criar uma forma de resolver sem se perder. Neste quesito, a família tem papel fundamental ao ajudar a concretizar este processo e sentar com a criança para fazer suas tarefas, tirando suas dúvidas e motivando a terminá-las. A escola estimulará, assim, o engajamento dos seus cuidadores no cuidado em preservar o gosto de seu filho pelos estudos. Uma bela parceria, não?


QUAIS SÃO AS EVIDÊNCIAS DO TDAH COM ALFABETIZAÇÃO?

A alfabetização é um processo cuja presença de barreiras pode ser empecilho para a sua realização. Os fatores são os mais diversos, sendo que cada um deles precisa de soluções eficientes que tenham como objetivo a proposição de estratégias com a finalidade de induzir a uma aprendizagem satisfatória.


Dentre os obstáculos, destacamos aqui o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Geralmente, os alunos que manifestam seus sintomas tendem a ter uma experiência pedagógica comprometida devido ao seu aspecto desatento, hiperativo ou misto; que implicam em algumas situações prejudiciais. Vejam alguns exemplos.

– Dificuldade para se obter concentração durante as aulas; ou em contato com livros e palestras (geralmente, as pessoas que convivem com o TDAH do tipo desatento não terminam a leitura de um livro; ou só quando o assunto desperta total interesse).

– Inquietação e impaciência dentro de sala de aula; a criança não consegue ficar sentada por muito tempo.

– Não espera a vez do colega ou da professora explicar, entre outras coisas.



Alfabetização e TDAH: o que fazer?

Voltando para as estratégias, lembramos os educadores que eles podem dividi-las em 3 eixos de ação a fim de proporcionar a aproximação do estudante aos conteúdos expostos dentro do contexto escolar para que, assim, a alfabetização seja potencializada. Essas três linhas de abordagem são: didática em sala de aula, meios de avaliação e apoio organizacional.


  • Didática em sala de aula

A didática em sala de aula precisa buscar técnicas que estimulem a concentração do aluno: pode ser pela mudança do tom de voz trabalhado de acordo com a necessidade, dando ênfase em momentos mais importantes do assunto. Além disso, destacamos que é aconselhável que o aluno se sente bem próximo do professor. Começar a aula com algum tipo de motivação (uso de perguntas que devem ser respondidas ao final após a explicação do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada uma nota que se somará à média final).

Outro detalhe foi a associação ao assunto da aula a alguma situação do contexto que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática. Utilização de estímulos audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização e ser mais emocional na transmissão da aula, menos cópia e menos texto.

  • Meios de avaliação

Vale relembrar que em relação aos meios de avaliação, o professor pode variar e tornar mais ricas as formas de observar se o aluno absorveu ou não a matéria aplicando não somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos, pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões, etc. É importante salientar que as provas devem ser objetivas, curtas e sem pegadinhas.

Como a criança tem grande possibilidade se distrair e se perder nos detalhes, é fundamental que, ao final da prova, seja dado um tempo complementar para que sejam revistas as questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou refazer a questão. Alguns estudantes podem ser favorecidos com o professor lendo as provas antes de iniciá-las, pois dessa forma tendem a compreender melhor as questões ouvindo todas elas.


  • Apoio organizacional

No apoio organizacional, o professor pode ajudar criando uma rotina pré-estabelecida com o aluno o qual deve seguir repetida e diariamente. Esta espécie de roteiro serve para ser uma espécie de lembrete.
O contexto doméstico também pode ajudar

Dentro de casa existem maneiras de conduzir estratégias que visem ao desenvolvimento da concentração da criança diante de uma tarefa. Os pais e os demais integrantes da família devem estar engajados nessa missão para impulsionar o aprendizado do pequeno ou do adolescente.



Referência

ESTRATÉGIAS pedagógicas para alunos com TDAH. Neurosaber. Arapongas: Neurosaber, 2016. Disponível em: https://neurosaber.com.br/estrategias-pedagogicas-para-alunos-com-tdah/

terça-feira, 10 de março de 2020

TDAH - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

O que é distúrbio de déficit de atenção?


O processo de desenvolvimento infantil é marcado por inúmeros sobressaltos. Essa situação é atribuída à série de descobertas e revelações que cada criança demonstra. Dentre tais detalhes, podemos destacar aqueles que incidem sobre a vida da criança de maneira mais séria. Transtornos e distúrbios podem fazer parte da nossa vida; e o público infantil não está livre. Afinal, os pequenos estão em formação e alguns desses quadros neurológicos, neurobiológicos e biológicos tendem a vir, até mesmo, no nascimento. O déficit de atenção, por exemplo, é um deles.

Antes da consolidação de pesquisas bem fundamentadas e respeitadas mundo afora, essa condição era considerada como desatenção proposital, preguiça de pensar e, pejorativamente, ‘lerdeza’. Os mais velhos que conviveram com esse transtorno eram completamente mal compreendidos.


O que é o distúrbio de déficit de atenção?

Para tornar a explicação mais completa, é necessário falar sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O TDAH é um transtorno neurocomportamental. Interessante ressaltar que ele é um dos mais comuns em crianças, sendo que a taxa de incidência entre elas varia de 5 a 6% desse grupo em todo mundo.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais-5, o TDAH está dentro do grupo dos Distúrbios de Desenvolvimento. Isso revela uma condição que tem início na fase infanto-juvenil.

Em relação ao déficit de atenção, De Luccia (2014) afirma a função psíquica da atenção costuma estar relacionada aos aspectos da vigilância e da tenacidade. Além disso, o déficit identificado nesses casos mostra uma sensibilidade aos estímulos, tornando “fácil a mudança de foco e difícil a fixação da atenção a uma só tarefa”.


Padrão predominante do TDAH

É interessante salientar que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade apresenta aquilo cuja comunidade científica convencionou denominar de padrão predominante. Ele está dividido em desatento, hiperativo-desatento ou o tipo combinado, quando os dois padrões sintomáticos são percebidos.

Voltando para o quadro mais geral, deve-se ressaltar que aproximadamente 95% das pessoas diagnosticadas com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade até os primeiros 12 anos de vida. Por outro lado, as crianças que apresentam os sintomas antes dos 7 anos chega à faixa que varia entre 60 e 70%. O período escolar é extremamente importante para que educadores consigam identificar os sinais. Há que se ressaltar evidências neurobiológicas e hereditárias como aspectos que causam o TDAH.


O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e seus sintomas variados

Vale ressaltar que as crianças e adolescentes que convivem com TDAH costumam mostrar instabilidade emocional. Elas, muitas vezes, agem de maneira impulsiva e demonstram irritabilidade. Essa característica é responsável por causar algumas situações embaraçosas, como dificuldade do pequeno participar de trabalhos em grupos e que exigem uma dinâmica maior. Outras consequências observadas nesses casos são “a falha na produtividade e os prejuízos no funcionamento acadêmico e social. A sensação de inadequação, baixa autoestima e adversidades no grupo social provocam infelicidade e frustração, podendo gerar comportamentos autodestrutivos e autopunitivos.” (NUNES & WERLANG, 2008)


A existência de comorbidades

Muitos transtornos vêm acompanhados das chamadas comorbidades e na ocorrência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade a situação não é diferente. Estudos revelam que crianças diagnosticadas com déficit de atenção podem apresentar Transtorno Bipolar, Transtorno de Conduta, quadros de retardo mental, Transtorno Opositivo Desafiador, sinais autísticos, entre outros. (DE LUCCIA, 2014)


Detalhe importante para a realização do diagnóstico

Especialistas chamam a atenção para o fato de que para diagnosticar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade de maneira eficaz é preciso analisar se os sintomas característicos do TDAH se manifestam em mais de um ambiente ou contexto social. Quando a criança apresenta esses sinais somente em um local específico, a possibilidade a ser considerada é que ela possa estar evidenciando “manifestações representativas de uma situação familiar caótica ou de um método de ensino inadequado.” (NUNES & WERLANG, 2008)

Como todos vocês podem perceber, o diagnóstico para identificar o déficit de atenção e a hiperatividade precisa de muita cautela e observação por parte dos profissionais. A família também exerce um papel importante nos relatos aos especialistas.


Referências

DE LUCCIA, Danna Paes de Barros. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) diagnosticado na infância: a narrativa do adulto e as contribuições da psicanálise. 2014. Dissertação. (Mestrado em Psicologia) – Universidade São Paulo, São Paulo, 2014.

NUNES, Maura Marques de Souza; WERLANG, Bianca Susana Guevara. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtorno de conduta: aspectos familiares e escolares. ConScientiae Saúde, v. 7, n. 2, p. 207-216. Porto Alegre, 2008.




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

KIT DA CALMA

Às vezes pensamos estratégias mirabolantes para trabalhar a autorregulação das crianças frente a vivência de sentimentos como a raiva.



  • Essa caixinha, que pode ser montada com vários elementos, contém coisas que estão ao nosso alcance.

  • Utilizar essa caixinha requer um acordo prévio com a criança e mais, a participação dela. Os itens favorecem o relaxamento, a concentração, respiração e a expressão de sentimentos e deve ser conduzido por um adulto até a criança conseguir se autorregular.

  • Podem ser colocados, além dos que estão na imagem, itens como: livros, quebra-cabeça, álbum de fotos ou ilustrações, termômetro da raiva, língua de sogra, sprays anti-raiva (anti-raiva, anti-medo...), apitos, papel e elementos de arte, enfim...

  • Lembrando sempre que a criança vai se colocar diante dos elementos da caixa do jeito que lhe for mais útil, então não tem um jeito "certo" de usar o que nela contém.

  • Diante de um sentimento difícil você pode sugerir: "será que tem algo na sua caixa que possa te ajudar a se acalmar?".

  • Podemos favorecer a expressão livre de sentimentos difíceis das crianças. Elas podem e devem aprender a "colocar pra fora" de uma maneira saudável e com nosso apoio e acolhimento.


Ideia fantástica da @maisconexao_disciplinapositiva: usar o saquinho da calma em viagens, passeios ou saídas com as crianças

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

VOLTA ÀS AULAS 18 DICAS PARA UMA VOLTA ÀS AULAS SEM ESTRESSE


O período de volta às aulas sempre traz uma dose, maior ou menor, daquele friozinho na barriga. Depois de um tempo de descanso, com regras mais frouxas, a família tem de enfrentar a velha – ou, em muitos casos, nova – rotina, com agenda cheia e horários rigorosos. Sem falar nos preparativos para que tudo funcione, do uniforme em dia ao cardápio do lanche. Não é à toa que, de acordo com uma pesquisa feita nos Estados Unidos por uma empresa farmacêutica com mil pais e mães, oito em cada dez demonstraram algum nível de ansiedade nessa época – sendo que 47% disseram ter mais trabalho do que nas festas de fim de ano. Alguém se identifica?

Confira uma lista com as 18 melhores dicas para um retorno às aulas mais tranquilo!


1. O desafio do novo

A volta à escola, mesmo que seja a mesma do ano anterior, é marcada por novidades para as crianças. Será que vai ser muito difícil? Como serão os novos professores? E se os colegas não gostarem de mim? Para aumentar a dose de confiança e autoestima, a psicóloga e mestre em análise do comportamento Mariana Paz, de Salvador (BA), sugere expor o seu pequeno a situações novas. “Não precisa ser nada elaborado, nem colocar a segurança dele em risco. Mas à medida que ele cresce e os pais percebem que dá conta, pode, por exemplo, comer sem ajuda, dormir na casa dos avós, brincar sozinho com os amigos no playground do condomínio e assim por diante”, conclui a especialista. Tudo isso vai fazer com que o seu filho ganhe mais autonomia e se saia melhor fora do “ninho”.



2. Coloque muitos ajudantes na roda

Ao fim das férias, reforce para que o seu filho dê uma mão em algumas atividades domésticas. Uma ou duas semanas antes do retorno aos estudos, lembre-o que agora a vida está ficando “séria” outra vez, ou seja, é preciso deixar a casa em ordem. O que significa guardar os brinquedos, tirar os pratos da mesa no fim da refeição, arrumar a cama, entre outros afazeres, de acordo com a idade dele – a partir dos 2 anos, a criança pode ajudar com os brinquedos; com 4 anos, já pode colocar as roupas sujas no cesto; com 6, pode ajudar a arrumar a cama, por exemplo. A personal organizer Rafaela lembra que é importante manter uma constância para que a atividade se torne um hábito. “Isso vai aliviar a carga dos pais e, ainda, fazer com que seu filho aprenda a ser mais organizado”, diz. Ganham todos!



3. Compras sem drama

O tempo (e dinheiro) gasto para adquirir o uniforme e o material escolar no período de volta às aulas costuma ser um dos motivos de maior estresse nessa época. Se você apenas suspeitava disso, vai descobrir logo no primeiro (ou primeiros) ano da vida escolar do seu filho. Como aconteceu com a publicitária Paula Pazzeto, 42, mãe de Felipe, 9. “Quando ele estava na educação infantil, pagava a taxa do material e comprava o uniforme lá mesmo. Já no primeiro ano do ensino fundamental, me atrapalhei toda. Cada dia comprava uma parte da lista – que é enorme, vamos combinar! –, e foi bem desgastante!”, lembra. Desde então, Paula mudou a tática. “Durante as minhas férias, em janeiro, reservo um dia inteiro para essas pendências: comprar, etiquetar etc. E fica tudo resolvido”, conta. Prático, não? Outra saída para otimizar o trabalho é comprar online e com o máximo de antecedência possível. Além de evitar as lojas cheias e a falta de algum item da lista, dá para pesquisar as ofertas e, de quebra, economizar.



4. Sono e alimentação nos trilhos

E por falar em antecipar, o ideal é voltar à rotina alguns dias antes do início do ano letivo. Isso significa que tanto o sono (incluindo as sonecas) quanto a alimentação das crianças já devem estar normalizados quando as aulas começarem, aconselha a pediatra Daniela Piotto, do Fleury Medicina e Saúde (SP). “Tem gente que quer aproveitar até o último minuto, mas a recomendação é que a criança tenha pelo menos uma semana para se ajustar aos horários e não começar o ano cansada”, explica.



5. Corre-corre organizado

Acordar, escovar os dentes, tomar café, colocar o uniforme, preparar o lanche… São muitas as tarefas que filhos e pais têm de fazer logo cedo. Para não se atrapalhar, o jeito é deixar o que puder já pronto no dia anterior (como a mesa posta parcialmente e a mochila arrumada, por exemplo). É o que faz a auditora Karla Cabral, mãe de Enzo, de 1 ano e 9 meses, que estuda em período integral. “Quando ele acorda, estou pronta para o trabalho e tudo em casa já está preparado. É só comer, trocar de roupa e ir para a escola”, diz. Para dar conta, ela costuma sair da cama uma hora antes do menino.



6. S.O.S. tecnologia

Lance mão de aplicativos para facilitar o dia a dia, especialmente nessa época tão atribulada de retomada do ano letivo. Para começar, que tal buscar um que faça comparação de preços – como o app do site Buscapé – na hora da compra do material escolar? Se precisa de ajuda na organização, o Todoist é uma ferramenta que gerencia listas de tarefas, que podem ser sincronizadas entre diversos dispositivos, como smartphones, computadores e tablets. As aulas nem começaram e você já está com a cabeça cheia de preocupações? Vale procurar, então, um app de meditação guiada, como o Simple Habit. Todos são gratuitos e disponíveis para Android e IOS.



7. Birra nessa altura do campeonato?



Não bastasse essa “maratona” todas as manhãs, pode ser que você ainda tenha de lidar com o chororô do seu filho. Os motivos variam. Ele pode se recusar, por exemplo, a levantar da cama, a colocar o uniforme e, principalmente, a realizar tudo no tempo dos adultos. “Para que ninguém se atrase, é comum os pais fazerem tudo pela criança”, diz a psicóloga Mariana. Mas saiba que envolver seu filho pequeno no processo aumenta as chances de ele colaborar – isso significa deixar que ele faça, com supervisão e aos poucos, coisas que já consegue por si próprio. Se a birra continuar, vale uma conversa com os professores para investigar se não aconteceu nada na escola, como uma briga com um colega, que o tenha aborrecido.



8. Registre, celebre!

Material devidamente etiquetado, família alimentada, mochila pronta. Não falta mais nada, certo? Sim, falta o registro! Algumas famílias têm o hábito de tirar uma foto do primeiro dia de aula, todos os anos. Pode ser em casa ou na porta da escola. “Além de ser uma bela recordação, transmite uma mensagem de que esse dia deve ser comemorado”, explica a psicopedagoga Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Focar no lado bom da volta às aulas, como celebrar e marcar a data, matar a saudade dos colegas e a possibilidade de fazer novos amigos, segundo a especialista, é a melhor maneira de tornar a transição mais leve para as crianças.



9. Reforço positivo

E já que se trata de um dia especial, com todos envolvidos nos preparativos, nada mais adequado do que uma roupa nova para acompanhar, não? Como a maioria das crianças usa o uniforme da escola no dia a dia, pode ser um tênis, meia, calcinha/cueca diferente ou outro acessório, desde que comprado especialmente para a volta às aulas. Uma medida simples, mas marcante.



10. É verdade este bilhete

Crianças menores podem sofrer mais com a distância de casa. Para amenizar a saudade, faça um desenho (ou cartinha, caso seu filho já saiba ler) especial para colocar na lancheira. Assim, ele vai ter uma surpresa gostosa na hora do recreio! A pediatra Daniela recomenda também que a criança, especialmente aquela que vai para a escola pela primeira vez, leve o que os especialistas chamam de objeto de transição. Pode ser um brinquedo, uma pelúcia, a “naninha”, enfim, algo trazido de casa que seja um substituto da presença dos pais e dê segurança.



11. Galeria de arte

Em breve, seu filho vai trazer para casa parte dos desenhos que produz na escola. Para que ele se sinta valorizado, o que vai ajudar na adaptação, escolha uma parede para pendurar as principais “obras” dele. Elas podem ganhar destaque ainda maior se você usar adesivos em forma de moldura (e colar os desenhos no centro) ou molduras de madeira, mas sem o vidro.




12. Direto no emocional

As aulas já começaram e as coisas parecem fluir bem. Mas o seu filho fala pouco sobre o que está acontecendo por lá. O que fazer? Claro que você pode conversar diretamente com professores e educadores, porém, se quiser ouvir também da boca do pequeno, mude as perguntas. Para a psicopedagoga Isa Minatel, autora de Crianças sem Limites (Editora Chiado Brasil), o caminho é ser mais direto, sempre com destaque aos sentimentos: alguma brincadeira deixou você feliz? Alguém fez você chorar? Aconteceu alguma coisa que fez você ficar bravo? “A emoção é a cola da memória. Então, basta que os adultos provoquem esses ‘gatilhos emocionais’ para despertar as lembranças”, resume.



13. Muito além do grupo do Whatsapp


Aproximar-se de outros pais da escola, aqueles que você vai encontrar em festas e eventos, também é importante para dividir as angústias. Vocês estão no mesmo barco, afinal. Tanto que, no Colégio Oswald de Andrade (SP), por exemplo, a direção promove uma reunião de acolhimento para os novos pais antes do início das aulas. Nesse encontro, aqueles que já têm filhos que estudam na instituição são convidados a compartilhar suas experiências. “Conhecer o espaço, as pessoas e as outras famílias que fazem parte da escola é fundamental para deixar todo mundo mais tranquilo”, explica a pedagoga Nana Giovedi, diretora da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I da instituição. Que tal convidar mães e pais para um café e tornar isso um hábito ao longo do ano?


14. Lancheira fácil (e saudável)

A correria não pode ser desculpa para o seu filho comer guloseimas no lanche todos os dias, seja em casa, seja na escola. Priscila Maximino, do Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi (SP), reforça que o segredo é planejamento. Parece óbvio, mas montar cardápios ajuda a planejar compras, aproveitar melhor os recursos e minimizar o desperdício. No quesito praticidade, ela lembra que as frutas in natura são a melhor opção: deixe tudo higienizado com antecedência na fruteira ou na geladeira.

Também dá para preparar pães e bolos caseiros nos finais de semana e congelar tudo em porções individuais. Já pastas e patês (de ricota, azeitona, frango etc.) duram de três a quatro dias sob refrigeração. E ninguém está proibido de comprar alimentos industrializados vez ou outra, ressalta a especialista. “No entanto, nem sempre é fácil interpretar os rótulos. A regra geral, então, é verificar a lista de componentes: quanto menor, melhor. Pois significa que aquele item que você está levando para casa é o mais próximo do natural”, diz



15. Tempo junto

A conexão entre filhos e pais é a base para uma boa adaptação escolar, do berçário ao ensino médio. “Quando esse vínculo é saudável, as crianças têm mais facilidade para lidar com mudanças, adversidades e estresse”, afirma a psicóloga Isa Minatel. Daí a importância de cultivar momentos que favoreçam essa ligação, que pode ficar em segundo plano por conta das agendas lotadas dos adultos e até mesmo das crianças. Pode ser um filme no fim do dia, fazer um bolo no domingo, ler uma história antes de dormir. “Esse tempo a sós com o seu filho (e longe do celular!) vai se tornar inesquecível”, completa Mariana Paz.




16. Ócio criativo

A volta às aulas pode aumentar as dores de cabeça, literalmente, entre as crianças. É o que mostra um estudo feito pelo Nationwide Children’s Hospital, da Universidade Estadual de Ohio (EUA), com aproximadamente 1,3 mil jovens de 5 a 18 anos. Os cientistas apontam que os motivos vão desde estresse, uso excessivo de telas a noites maldormidas – e até mesmo hidratação inadequada. Para evitar o problema na sua casa, a psicopedagoga Quézia, da ABPp, sugere que os pais ajudem os filhos a organizar uma agenda de estudos focada. O que inclui um cantinho arejado e bem iluminado para fazer as lições. “Sem esquecer, claro, do tempo livre para aproveitarem como quiserem. Do contrário, as crianças vão apenas cumprir tarefas no automático, em vez de aprender a tomar decisões sozinhas”, diz.


17. Está na mesa

Inúmeros estudos mostram os benefícios das refeições em família. Uma das pesquisas mais recentes sobre o assunto, feita pela Universidade de Montreal (Canadá), por exemplo, mostrou que as crianças que rotineiramente reuniam-se à mesa com os familiares eram mais ativas e consumiam menos alimentos gordurosos, além de serem menos agressivas. Por isso, na volta às aulas inclua o hábito de fazer pelo menos uma refeição ao dia com todos da casa. E, naquele momento, nada de cobrar a lição, falar do trabalho escolar pendente ou dar bronca por causa do boletim. Isso vai desviar o foco não apenas dos alimentos, como também dessa oportunidade de troca em família.


18. O tempo fortalece

Sim, aquele friozinho na barriga é esperado nesse período. Se notar que o seu filho está ficando nervoso além da conta, reforce que ele pode contar com você sempre. Na primeira semana (ou semanas, dependendo da adaptação do pequeno), fique de sobreaviso no trabalho, já que você pode ter de voltar à escola para buscá-lo no meio do expediente. Outra dica é contar para o seu filho como era na sua época, enfatizando que é normal sentir medo. “As crianças adoram os relatos dos adultos. E essa atenção especial vai mostrar a elas que os pais estão ali não por obrigação, mas porque têm prazer em acompanhar o desenvolvimento delas”, diz a psicóloga Mariana. E se, mesmo após esses ajustes todos, você também continuar com o pé atrás, dê tempo ao tempo para a rotina se encaixar. “Mar calmo não faz bom marinheiro”, lembra a psicóloga Isa Minatel, citando o ditado popular. “As adversidades servem para nos fortalecer”, completa. O que vale tanto para você quanto para o seu filho.





quarta-feira, 17 de abril de 2019

HISTÓRIA INFANTIL SOBRE COCÔ - DESFRALDE

Há pouco tempo, passamos pelo desfralde da Maria Clara... Para ajudar nessa fase, utilizei alguns recursos: histórias infantis, cartaz no banheiro com imagem de xixi e cocô para colar adesivos...
Uma das historinhas que contei a ela foi essa que segue. Ela amou e ajudou muito!











Dica: eu imprimi e enviei para ser encadernado com uma capinha plástica transparente e molinha. Ficou perfeito!

segunda-feira, 14 de maio de 2018

10 MANEIRAS DE ESTIMULAR A AUTOCONFIANÇA DAS CRIANÇAS

Com pequenas atitudes, podemos incentivar e ajudar a criança a desenvolver uma imagem positiva de si mesmo, enxergando dentro dela a capacidade para realizar atividades diversas.

1. Demonstre interesse por suas atividades

A criança se sente valorizada e útil, capaz de realizar atividades importantes e ser reconhecida por elas.


2. Dê espaço para que ela experimente novas atividades

A criança se sente segura, livre e incentivada para testar seus limites e potencialidades e, assim, aprender com as próprias experiências.


3. Ajude a criança a falar sobre os próprios sentimentos

O autoconhecimento é um fator extremamente importante para a autoconfiança. Quando se conhece intimamente, a criança pode se permitir ir além.


4. Elogie suas conquistas

Esse é um ponto bastante importante. A criança deve ser elogiada de acordo com seus esforços e resultados, aprendendo que suas ações podem trazer benefícios ao ambiente e às pessoas à sua volta.


5. Não faça críticas à criança, mas sim aos seus comportamentos inadequados

É muito importante evitar qualquer tipo de rótulo. Ao invés de dizer “você não é legal”, diga “isso o que você fez agora não foi legal”.


6. Seja um bom modelo

A criança aprende muito quando está observando. A forma como lidamos com nossas frustrações, tristezas e raiva influenciam diretamente a maneira como ela desenvolverá essas características e então moldar a sua própria persistência e autoconfiança.


7. Respeite o tempo da criança

Cada criança é única, tem um ritmo e se desenvolve de determinada maneira. Ao invés de apressar novas conquistas, curta cada uma das fases.


8. Dê responsabilidades à criança

Sentir que os pais confiam nela pode estimular sua autonomia e independência, dando a segurança necessária para a autoconfiança.


9. Desafie a criança

É importante encorajar os filhos a superarem seus limites, testarem novidades e irem além.


10. Demonstre amor e confiança

Isto é importante para a autoestima da criança. Quem se sente amado e valorizado, certamente acredita mais em si mesmo e no seu potencial.




Blog da Leiturinha - Flávia Carnielli

segunda-feira, 12 de março de 2018

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TDAH

    Já tive alunos diagnosticados com TDAH e nunca soube como agir e ajudar essas crianças. Nosso preparo para lidar com transtornos e necessidades especiais é mínimo...

   Tenho acompanhado vídeos no YouTube e o Blog NeuroSaber do Neuropediatra Dr. Clay Brittes e da Psicopedagoga Luciana Brittes, onde há rico material sobre TDAH, Autismo, desenvolvimento psicomotor, etc. Vale a pena conferir! Foi lá que encontrei esse texto e compartilho aqui com vocês:


    É provável que a maioria de vocês saiba falar ao menos uma das características presentes na vida de uma criança com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Dividido entre dois tipos, o TDAH pode ser combinado (hiperatividade, impulsividade e o déficit de atenção) ou desatento (falta de atenção).

  Diante de tais possibilidades, é preciso que os educadores adotem determinadas estratégias pedagógicas para aproximar o conteúdo a ser ensinado aos alunos. O caminho a ser seguido não depende somente dos professores e do estudante. Os pais também têm um papel de muita importância nesse longo processo.


    O que fazer para ajudar as crianças com TDAH?


    A princípio, é interessante adotar algumas táticas para facilitar a concentração do aluno. Todos nós sabemos que a sala de aula é um local plural, ou seja, cada um traz uma peculiaridade. Isso pode chamar a atenção do pequeno.

    Então, vejam as sugestões iniciais que temos para driblar essas distrações e que podem ser encontradas no ambiente escolar:

– Não deixe o aluno próximo a janelas e portas: qualquer atividade ou ruído vindo da parte externa tende a distraí-lo;

– Coloque-o sentado perto à sua mesa, na primeira carteira;

– Mude-o de lugar sempre que perceber que algo ‘ameaça’ sua atenção ao conteúdo.


Quais ferramentas podem incrementar a explicação de uma tarefa?


    Hoje em dia, os suportes multimídia servem como uma alternativa eficaz para auxiliar os educadores. Os equipamentos audiovisuais são essenciais: filmes, animações, clipes animados e trechos de peças publicitárias (que respeite a faixa etária do pequeno) tendem a dar um tom mais lúdico à aula.

    Além disso, existem outros materiais que podem complementar a estratégia pedagógica, como jornais, revistas, gibis, jogos de tabuleiros, desenhos, entre outros. Tudo isso pode ser utilizado junto com os recursos multimídia citados acima.



O que fazer na aplicação de provas?


    Para deixar os exames pedagógicos mais acessíveis à criança com TDAH, o aconselhável é contribuir ao máximo com o enunciado presente na folha de papel, seja utilizando bastante desenhos gráficos ou usando palavras que facilitem o entendimento.



Evitando as perdas


    Uma criança com TDAH pode perder materiais e exercícios por distração (esquecimento). Para evitar essas situações, incentive-a a adotar medidas que diminuem esses aborrecimentos, colocando nomes nos objetos e utilizando somente o que for utilizado. Para as tarefas, o uso de uma pasta plástica é o ideal.


Anotando as tarefas


    É preciso ficar atento quanto às anotações que o aluno faz em sala de aula. Para isso, estimule-o a utilizar bloquinhos de papel, post-it, agendas, calendários, etc.


Contando com a ajuda dos pais


    As atividades pedagógicas das crianças precisam ser acompanhadas pelos pais dos pequenos. Por meio de observações escritas pelos professores, os responsáveis por eles devem criar um meio de se informar sobre o rendimento do estudante. A agenda é uma importante forma de comunicação.



Mostre ao aluno que ele é sempre capaz


    Os pequenos atos são suficientes para incutir na criança o quanto ela é útil e capaz de se superar. Todo progresso conquistado merece ser reconhecido por meio de elogios imediatos. Isso tende a dar mais força para o estudante.