quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CIÊNCIAS NATURAIS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

O que e como deve ser trabalhada a Ciências Naturais nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental?


O ensino de Ciências Naturais há aproximadamente 40 anos passou a integrar o Currículo. Até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases nº 4.024/61 o ensino de Ciências Naturais se dava apenas nas duas últimas séries do antigo ginásio e, após esta Lei, o ensino desta disciplina passou a fazer parte de todas as séries ginasiais. A Lei 5.692/71 tornou obrigatório o ensino de Ciências Naturais em todas as séries do primeiro grau (hoje Ensino Fundamental). Quando foi promulgada a Lei nº 4.024/61, o ensino era tradicional, onde os professores transmitiam conhecimentos acumulados pela humanidade através de aulas expositivas e os alunos os absorviam. O conhecimento científico era tomado como neutro e a verdade científica não era questionada. A partir da Escola Nova, o ensino de Ciências se deslocou para a questão pedagógica e os objetivos além de serem informativos, passaram a ser formativos. 

Nos anos de 1970 houve uma crise energética e os problemas relativos ao meio ambiente e à saúde passaram a ser obrigatórios em todos os currículos das Ciências Naturais, abordados de diferentes formas e níveis. A produção de programas pela aproximação de conteúdos de Biologia, Química e Geociências deu lugar a um ensino que integrava diferentes conteúdos, que representava um desafio para a Didática de Ciências. 

Durante a crise político-econômica a crença na neutralidade da Ciência foi abalada e o campo de Ciências Naturais foram discutidas questões como a configuração de uma tendência do ensino, conhecida como “Ciência, Tecnologia e Sociedade”, que é importante até os dias de hoje. Houve, então, uma renovação dos critérios para escolha dos conteúdos, mas os métodos de ensino/aprendizagem ainda persistiam na crença no método da redescoberta que caracterizou a área nos anos de 1960.

Hoje, existem muitas produções acadêmicas voltadas à investigação das pré-concepções das crianças, onde o professor conta com a curiosidade de seus alunos em relação à natureza e tecnologias que eles convivem. Mas os alunos só aprendem se os professores criarem oportunidades para que eles pensem e se manifestem.


Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), as Ciências Naturais têm como objetivos gerais:

• Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;

• Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e sua evolução histórica;

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir dos elementos das Ciências Naturais, colocando em práticas conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

• Saber utilizar conceitos científicos básicos associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

• Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc. para coleta, organização e discussão de fatos e informações;

• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;

• Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva;

• Compreender a tecnologia como meio de suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.


CONTEÚDOS

Na área de Ciências Naturais, os conhecimentos são desenvolvidos por diferentes ciências e por conhecimentos relacionados às tecnologias. Há uma grande variedade de conteúdos divididos em áreas específicas, como Biologia, Astronomia, Biologia, Química, Física e Geociências, que devem ser considerados no planejamento dos professores.


Ambiente
Esta temática permite apontar para relações recíprocas entre sociedade e ambiente, marcadas por necessidades humanas, conhecimentos e valores. As questões específicas dos recursos tecnológicos estão ligados às transformações ambientais, que também são importantes para serem desenvolvidos. 

Os conceitos de Ecologia são construções teóricas e não fenômenos observáveis ou passíveis de experimentação, o que é o caso das cadeias alimentares, do fluxo de energia, da fotossíntese, da adaptação dos seres vivos ao ambiente e da biodiversidade. 

De acordo com a Síntese dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências, estes [...] não são aspectos que possam ser vistos diretamente, só podem ser interpretados, são ideias construídas com o auxílio de outras mais simples, de menor grau de abstração, que podem, ao menos parcialmente, ser objeto de investigação por meio da observação e da experimentação diretas (s.d. p. 32).


Ser Humano e Saúde 
Para o aluno, a aprendizagem sobre o corpo humano deve estar associada a um melhor conhecimento do próprio corpo, por ser seu e ser único e com o qual ele tem uma intimidade e uma percepção subjetiva que ninguém mais pode ter, o que favorece o desenvolvimento de atitudes de respeito e consideração pelo próprio corpo e pelas diferenças individuais (Síntese dos PCNs, sd, p. 32). 


Recursos Tecnológicos
Enfoca as transformações dos recursos materiais e energéticos em produtos necessários às pessoas, como aparelhos, máquinas, instrumentos e processos que possibilitam essas transformações e as implicações sociais do desenvolvimento e do uso de tecnologias. Pretende formar alunos que compreendam e utilizem recursos tecnológicos que se aplicam e se ampliam na sociedade. Reúne conceitos como matéria, energia, espaço, tempo, transformação e sistemas aplicados às tecnologias que são mediadoras das ações do homem com seu meio. A escolha dos conteúdos deve ser estimulante e de interesse dos alunos, para que sirva à sua aprendizagem de procedimentos, ao desenvolvimento de valores e construção da cidadania.



REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO

Para se trabalhar com Ciências Naturais a curiosidade dos alunos pode ser transformada na principal aliada do professor, em relação à natureza e aos objetos e equipamentos tecnológicos com os quais a criança convive. Para que os alunos entrem em contato com muitos temas ligados à aprendizagem científica e tecnológica, o professor deve utilizar de atividades variadas. 

Utilizando de aulas teóricas e experiências concretas o ensino de Ciências Naturais vai ajudar o estudante a compreender o mundo em que ele vive. Esse ensino deve discutir as relações do homem com a natureza e também contribuir para a formação de pessoas íntegras e autônomas. 

Aprender Ciências é aprender a ler o mundo. A leitura do mundo implica expressar, através de palavras, o conhecimento adquirido na interação com o ambiente e com as outras pessoas, construindo, integrando e ampliando conceitos. Envolve também o conhecimento de si mesmo, como um organismo vivo e autoconsciente, percebendo as interações que estabelecemos e a interdependência fundamental à vida. Nesta perspectiva o ensino de Ciências permite, simultaneamente ao desenvolvimento de conceitos, o desenvolvimento da inteligência e das habilidades da criança, proporcionando à professora o prazer de contribuir para isso (BORGES e MORAES, 1998, p. 15).

Quando os alunos envolvem-se ativamente proporciona a ampliação e a modificação do que os estudantes já sabem a respeito de variados conceitos. 

Zabala (2002, p. 196) nos diz que: Os métodos globalizados nascem quando o aluno é considerado o protagonista do ensino, isto é, quando o fio condutor da educação desloca-se das matérias para os alunos e, assim, para suas capacidades, seus interesses e suas motivações. 

Logo, os métodos globalizados surgem para suprir a necessidade de uma melhor aprendizagem, o aluno é considerado o personagem principal do processo ensino-aprendizagem, e é visto como alguém que possui capacidades, interesses e motivações que precisam ser consideradas. No ensino de Ciências Naturais o interesse do aluno pode vir a ser o ponto de partida para os conteúdos a serem trabalhados se apresentando com um problema a ser resolvido, essa problematização busca promover mudanças conceituais do que os alunos já sabem e conhecem ao virão a aprender.

Podemos, então entender que incluir o conteúdo, utilizando o enfoque globalizador, no método globalizado, é uma tarefa que deve se dar através de um processo paralelo de trabalho do tema escolhido. Ou seja, para trabalhar um conteúdo considerado relevante e imprescindível para a formação do aluno, é necessário primeiro conhecê-lo e utilizá-lo, partindo sempre da realidade e do interesse do aluno. As atividades de aprendizagem podem ser incluídas e relacionadas aos exercícios e experiências que permitem compreender e conhecer o tema trabalhado. 



ATIVIDADES:


1. Germinação e partes da planta:
Iniciar contando a história de João e o Pé de Feijão. Depois de contar a história, perguntar aos alunos se eles sabem como o feijão do João brotou. Anotar no quadro as hipóteses dos alunos. Após o levantamento de hipóteses, explicar que a semente do feijão passa por um processo de germinação que dura alguns dias e não uma noite como na história.

Materiais: sementes de feijão, algodão, potes de plástico, cadernos, lápis e lápis de cor.
Deixar sementes de feijão sobre algodão embebido em água, para que os alunos possam observar as fases iniciais do desenvolvimento da planta. Verificar de onde surgem as primeiras folhas e de onde vem a raiz, acompanhando as modificações que acontecem no embrião, até que surjam as folhas verdadeiras. Mudar, periodicamente a posição da plantinha, observando o sentido em que crescem o caule e a raiz e o seu comportamento quando essa posição é alterada.

Procedimentos:
1. Deixar de molho, de um dia para o outro, algumas sementes de feijão (3 a 5).
2. Colocar as sementes sobre o algodão embebido em água, num pote de plástico (pote de margarina ou, de preferência, um pote plástico transparente, formado com o fundo de uma garrafa de refrigerante ou de água mineral).
3. Observar diariamente, registrando no caderno as transformações que acontecerem.

Propor que os alunos façam, cada um a sua experiência com os feijões, seu processo de germinação no algodão. Esta observação leva alguns dias, então propor que façam um relatório, anotando dia-a-dia. Explicar que a água e a luz são necessárias à vida das plantas, porque as utilizam para fabricar o seu alimento. Nem todas as plantas necessitam da mesma quantidade de água, mas a maioria necessita de luz abundante. No solo, existe água e outras substâncias que as plantas também utilizam para se alimentarem. E que cada tipo de planta necessita de uma determinada temperatura para viver. As plantas podem nascer a partir de sementes. Para que elas nasçam, cresçam e se desenvolvam, necessitam de terra adubada, água, ar, luz e calor. Explicar também que por ser no algodão, a semente não terá uma vida muito longa, mas ela serve para explicar esse processo de germinação das sementes.Depois das sementes terem germinado, é possível também mostrar às crianças as partes da planta: raiz, caule, folhas e fruto. 



2. Como os rios se defendem da poluição:
Na edição especial da revista Nova Escola: PCNs Fáceis de Entender há esta atividade, desenvolvida pelo professor Vinícius Signorelli. Esta atividade tem como objetivo mostrar aos alunos que a água da chuva ajuda os rios a combater a poluição. Rios que sofrem por receber detritos como esgoto não tratado ou produtos químicos eliminados por indústrias vão, ao longo de seu curso, ganhando água limpa, que vem da chuva. Aos poucos, esta água vai diluindo os poluentes e diminuindo os efeitos nocivos deles. Para demonstrar o processo, são necessários quatro copos, água e detergente. 

Seguir os seguintes passos:
a) Colocar uma colher (de sopa) de detergente em meio copo de água
b) Ação da água: acabar de encher com água esse copo e mexer para fazer espuma
c) Diluição: Despejar metade em outro copo, juntando uma quantidade igual de água e mexer
d) Resultado: repetir o processo duas vezes e ver que a espuma diminui no quarto copo.

Aproveitar nessa atividade para explicar às crianças que os elementos da natureza interferem uns sobre os outros.



3. Vulcão em atividade - Montanhas que explodem
Perguntar aos alunos o que eles acham de assistir os fenômenos da erupção de um vulcão, pedindo que observem o espalhamento do magma. 

Serão necessários os seguintes materiais:
• Jornal velho
• Vinagre
• Uma colher de chá de bicarbonato de sódio
• Tinta guache vermelha ou corante vermelho para comida
• Um copo limpo e uma colher
• Uma seringa de injeção, sem agulha, limpa e seca
• Um tubo plástico para filme fotográfico, com tampa
• Um prato grande ou uma travessa
• Areia comum

Passos a seguir:
a) Antes de qualquer coisa, forrar a mesa onde irá trabalhar, para evitar que a “lava” cause muita sujeira.
b) Faça um pequeno furo na tampa do tubo de filme, pelo qual possa entrar a ponta da seringa.
c) Ponha um pouco de bicarbonato de sódio no tubo e coloque-o no centro da mesa.
d) Tampe-o bem e, com a areia, forme uma pequena “montanha” envolvendo-o. Deixe livre a abertura na tampa.
e) Coloque um pouco de vinagre no copo.
f) Junte tinta vermelha ou corante de alimentos ao vinagre e mexa bem. Isso fará a “lava” vermelha, ou seja, da cor da lava que sai dos vulcões.
g) Encha a seringa com vinagre colorido e, introduzindo sua ponta na abertura da tampa, coloque vinagre o tubo plástico.
h) Retire rapidamente a seringa e observe a erupção do “magma”.
i) Repita a experiência outras vezes, variando as quantidades de vinagre ou de bicarbonato de sódio.

Essa atividade permite observar que as bolhas se desprendem, formando a espuma colorida que foi vista. Estas bolhas são chamadas de dióxido de carbono. Esse gás que se formou de uma reação química entre o vinagre e o bicarbonato de sódio, pressiona as paredes do frasco, forçando a saída do líquido borbulhante para fora, de forma semelhante ao que ocorre nos vulcões. Algumas vezes a pressão interna é tão grande que a própria tampa do frasco pode ser arremessada, do mesmo jeito que acontece em algumas explosões vulcânicas.



4. Reciclagem educativa:

Procedimentos:
a) Selecionar o papel conforme sua textura.
b) Picar o papel em porções de aproximadamente quatro por quatro centímetros.
c) Hidratar o papel, em um balde, deixando o mesmo de molho em água durante um período mínimo que varia de acordo com sua textura. Hidratá-lo bem é o primeiro segredo para obtermos uma boa massa. É preferível aumentar o período de hidratação do que diminuí-lo.
d) Triturar o papel em liquidificador.
e) Despejar o conteúdo do copo do liquidificador em uma bolsa de pano. Utiliza-se também um saco de tecido, colocado dentro de um balde, com a sua porção superior dobrada sobre a borda do mesmo. 

Fechar a bolsa e erguê-la levemente com uma das mãos. Com a outra ir girando a bolsa com o conteúdo, enquanto efetua leves pressões sobre ela. Uma vez expulso o excesso de água da bolsa, teremos a nossa massa de papel pronta.

Tabela: tempo de hidratação do papel conforme sua textura:

TIPO DE PAPEL TEMPO DE HIDRATAÇÃO
toalha 2 dias
jornal 7 dias
ofício 20 dias
papelão 30 dias


5. A lição da terra fértil:

Explicar aos alunos como bactérias e fungos decompõem substâncias orgânicas presentes no solo, a decomposição feita por estas bactérias e fungos, transformando restos orgânicos, como corpos de animais mortos e folhas que caem das árvores, em substâncias simples, principalmente nitrogênio. Assim, essas substâncias podem ser absorvidas pelas plantas que se nutrem delas. Reproduzir em pequena escala o processo de decomposição de matéria orgânica e criar, num caixote, um solo rico em nutrientes, e apropriado para o desenvolvimento de vegetais. É preciso tomar alguns cuidados: deixe o caixote na sombra e, se aparecerem insetos ou larvas, não usar inseticidas para matá-los, retirá-los com luvas. Para realizar o trabalho proposto, são necessários dois meses, aproximadamente.

Materiais:
Um caixote forrado com saco plástico, folhas (verdes e secas), borra de café, serragem, uma colher, um termômetro e cascas de ovos.

Procedimentos:
Colocar terra no caixote até ocupar a metade dele. Então, misturar os demais componentes à terra. Regar o caixote diariamente, (sem encharcar, se houver muita umidade, regar um pouco menos, observando que a temperatura da terra aumenta) por algumas semanas, até que não dê mais para distinguir as folhas e os restos orgânicos.



6. Ar:

Os alunos podem observar os ventos e construir instrumentos simples, como cata-ventos e aviões de papel, para entender dois temas: a existência de ar ao nosso redor e o vento, que é o ar em movimento e também uma forma de energia.

Materiais para o cata-vento:
• 1 folha de papel 
• 1 palitinho de churrasco 
• 1 alfinete 
• 1 canudinho 
• uma rodela de cartolina 
• cola 
• tesoura 
• lápis de cor
• papéis coloridos ou tinta guache 

Recortar um quadrado com lados de 20 cm cada. Para o seu cata-vento ficar bem colorido, dividir esse quadrado em quatro triângulos, traçando as diagonais. Pintar ou fazer uma colagem diferente em cada um desses triângulos. Mas só de um lado da cartolina. Fazer um traço nessas marcas diagonais, tomando cuidado para que os traços não se encontrem no centro do quadrado. Usando uma régua para medir, os traços devem ter o mesmo tamanho. Os traços devem estar iguais aos do desenho. Depois disso, recortar a linha tracejada. Pegar uma ponta do triângulo e levar até o meio do quadrado. Não precisa dobrar! Fixar com a cola. Fazer isso com uma ponta de cada triângulo alternadamente. Para dar estabilidade ao cata-vento, recortar uma rodela de cartolina. Com um alfinete, fazer um furo exatamente no meio desse círculo. Levar o círculo até a “cabeça” do alfinete. Furar também o centro do cata-vento e prender com a cola ao círculo. Um pedacinho de canudinho enfiado no alfinete antes de ser pregado no palitinho de churrasco também ajuda o cata-vento a ter mais estabilidade. Por último enfiar o alfinete no palitinho de churrasco como se fosse um prego. Para evitar que a ponta do alfinete machuque alguém durante a brincadeira, cortar um pedacinho de borracha e prenda no alfinete como uma tarraxa sem deixar sobrar a ponta.



SUGESTÕES DE LEITURAS:

* Revistas/Coleções:
Revista Ciência Hoje das Crianças – Editora Global
Coleção Ciência Hoje na Escola – Editora Global
Volume 1: Céu e Terra
Volume 2: Bichos
Volume 3: Corpo Humano e Saúde
Volume 4: Meio Ambiente: Águas
Volume 5: Ver e Ouvir
Volume 6: Química no Dia-a-dia
Volume 7: Tempo e Espaço
Volume 8: Matemática – Por quê e Para quê?
Volume 9: Evolução
Volume 10: Geologia
Revista Recreio – Editora Abril
Revista Mundo Estranho – Editora Abril
Revista Superinteressante – Editora Abril
Coleção Esses Bichos Incríveis

* Sites:
Ciências Hoje das Crianças: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/revista-chc-2010/213
Recreio: http://recreionline.abril.com.br/
Mundo Estranho: http://mundoestranho.abril.com.br/
Superinteressante: http://super.abril.com.br/
Uol crianças: http://criancas.uol.com.br/
Cocoricó: http://www.tvcultura.com.br/cocorico/
Betinho Carrero: http://www.betinhocarrero.com.br/
Terra Crianças: http://criancas.terra.com.br/
Menino Maluquinho: http://www.meninomaluquinho.com.br/
IG Crianças: http://crianca.ig.com.br/


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, Regina Mª Rabello; MORAES, Roque. Educação em ciências nas séries iniciais. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília; MEC, 1998.

CARNEIRO, Celso Dal Ré. Montanhas que explodem. Ciência Hoje na Escola: Geologia. São Paulo: Global, 2000. 10 v. 

PCNs Fáceis de Entender – 1ª a 4ª série. Nova Escola: Edição Especial. São Paulo: Abril, 1998. 

SÍNTESE dos Parâmetros Curriculares Nacionais. São Paulo: Didática Paulista, s.d.

ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Fonte: Não recordo, apenas que foi postado por Aline Neves em algum local da net. Achei muito interessante e compartilho aqui.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Queridos (as) seguidores do Blog Alfabetização Divertida, estou com bastante material para postar no blog, mas com pouco tempo para isso e sem conseguir organizar bem as ideias... Que tal vocês darem uma super ajuda? Basta deixar um recadinho ou comentário com sugestões para assuntos a serem abordados nas próximas postagens. Assim fica mais fácil e consigo direcionar as postagens para atender as necessidades/curiosidades de vocês. Agradeço!!! Mil beijos!



segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

MARCHINHA DE CARNAVAL

Como sou defensora do uso de portadores textuais diversos em sala de aula, promovendo assim um ambiente alfabetizador, além de ser um excelente recurso para exploração da leitura, não poderia deixar de compartilhar essa ideia super simples e criativa aqui:

Uma Marchinha de Carnaval, que além de toda exploração musical e corporal que deverá ser feita com as crianças, também será explorada quanto à leitura, tipo de texto, ortografia, rimas, etc.

O cartaz, além da música, poderá conter pequenas máscaras confeccionadas pelas crianças ou ilustrações referentes à marchinha, visto que aquilo que elas participam da produção ou produzem sozinhas tem muito mais significado para a aprendizagem...


Não anotei a fonte, se alguém for o elaborador dessa atividade, solicite os créditos via comentário.

ALLAH-LÁ-Ô



BATERIA CARNAVALESCA

   Ensine seus alunos a fazerem seus próprios instrumentos e animarem seus colegas durante o dia de festa carnavalesca.



Objetivos:
★ Fabricar alguns dos principais instrumentos de percussão usados na preparação do Carnaval;
★ Estimular a criatividade, o interesse por culturas e costumes e a pesquisa sobre personagens  carnavalescas, como o Rei Momo;
★ Incentivar o convívio social.

   O Carnaval está chegando e as escolas começam a se planejar sobre como comemorarão essa data com os pequenos. Um baile à fantasia é sempre uma escolha interessante, já que as crianças adoram, mas Carnaval, no Brasil, também tem como uma de suas principais características o samba e a bateria das escolas de samba. Então, que tal ensinar os pequenos a fabricar alguns dos principais instrumentos de percussão usados na preparação dessa grande festa e, depois disso, fazer ela acontecer?






Você sabia?
No Carnaval brasileiro, o pandeiro é instrumento muito utilizado. O pandeirista, muitas vezes, toca o instrumento enquanto uma sambista dança na sua frente. Também são vistas acrobacias giratórias com o pandeiro.



Você sabia?
O Rei Momo é um personagem da mitologia grega que se tornou um símbolo do Carnaval. Ele é filho do sono e da noite e acabou expulso do Olimpo – morada dos deuses – porque tinha como diversão ridicularizar as outras divindades.


Fonte: Guia Prático para Professores de Educação Infantil


DE OLHO NO CARNAVAL!!!

É hora de aproveitar esse momento e trabalhar a criatividade da criançada.

O Carnaval no Brasil é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo - com quase uma semana de festa, músicas, danças e alegria. O carnaval chegou ao país influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa, em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem europeia. 

No final do século 19, começaram a aparecer no Brasil os primeiros blocos carnavalescos. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está aí a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais. O carnaval foi crescendo e se tornando cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. 

Como não passar em branco esse período tão importante no cotidiano da escola? Algumas atividades podem ajudar os professores a comemorarem o carnaval e ainda desenvolver habilidades nas crianças.

Baile de carnaval 

  Que tal um momento para dançar, festejar e pular, assim como se faz nas grandes festas de carnaval? A ideia é que as crianças venham fantasiadas para a escola e nesse dia dançarão ao som das marchinhas de carnaval e de adereços produzidos por eles mesmos. Para aumentar ainda mais a criatividade, porque eles mesmos não produzirem suas próprias fantasias?


Balangandans 
Objetivos:
★ Construir o próprio adereço de carnaval.

Materiais:
★ Papel crepom colorido
★ Barbante
★ Fita adesiva
★ Tesoura

Como fazer: 
1. Pegue o papel crepom e corte ele inteiro em pedaços com cerca de 4 cm.

2. Pegue dois pedaços desses, se possível, de cores diferentes e dobre as pontas deles.

3. Enrole essas pontas a um pedaço de barbante com cerca de 60 cm.

4. Depois, é só enrolar o crepom e o barbante a uma fita adesiva e o balangandam está pronto para ser chacoalhado para todos os lados pelas crianças no baile de carnaval.


Máscaras carnavalescas de pratos de papelão

   Cada criança recebe um prato de papelão do tamanho de sobremesa e basta desenhar e recortar um círculo onde ficará os olhos e a boca e pintar, colar adereços, enfim, enfeitar cada um a seu modo com vários materiais disponíveis. Depois, é só esperar secar e usar as máscaras no baile de carnaval. 



Você sabia? 
   O carnaval não é comemorado somente no Brasil, mas em várias partes do mundo como Alemanda, Reino Unido, EUA e Veneza. 



Fonte: http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/105/artigo246172-2.asp

CARNAVAL À VISTA!!!

Objetivos:
★Estimular o interesse por culturas e costumes diferentes;
★ Desenvolver a compreensão histórica e geografia;
★ Despertar o gosto pela pesquisa;
★ Evidenciar a pluralidade cultural existente.

Faixa etária: a partir do 3º ano.


    No começo do ano, o que mais se destaca é essa festa feita de samba, desfiles, alegorias, trios elétricos, frevo e até galo da madrugada. Mas, isso tudo, dependendo da região onde vivem, as crianças já conhecem. Então, que tal inovar, apresentando o carnaval de Veneza (Itália), que é diferente em estilo, ritmo e espírito de qualquer outro carnaval do mundo? De forma interdisciplinar, o tema rende uma verdadeira aventura pela história, geografia, meio ambiente e até pela pluralidade cultural.

Uma celebração de elite 


   Em Veneza, o carnaval surgiu graças à elite intelectualizada e hedonística. As fantasias e as famosas máscaras venezianas inspiram-se na elegância e bom gosto dos trajes dos séculos XVII e XVIII, ou nas personagens da Commedia Dell´Arte, em que figuram os conhecidos pierrôs, colombinas e polichinelos. 

   Por volta do século XI, a festa chegava a durar até seis meses e o uso de máscaras encobria de pequenos furtos até homicídios. Então, no início do século XVII, as autoridades proibiram o uso das mesmas, na tentativa de preservar a tranquilidade social. 

   Dois séculos depois, a festa quase que deixou de existir. Mas, em 1980, ao ser encorajada pelas autoridades, ela se revigorou e hoje atrai cerca de 100 mil pessoas que, apesar do frio e da ameaça das marés altas, que frequentemente inundam a Praça de São Marcos, concentram-se na cidade a fim de admirar o luxo das fantasias e das máscaras. Em paralelo, nas belas mansões e palácios do Gran Canale, ocorrem luxuosos bailes, regados a champanhe e animados por grandes orquestras. A alta sociedade internacional se veste com trajes inspirados nas óperas de Verdi, para dançar valsa, tarantela e até mesmo o samba. O povo, por sua vez, diverte-se de maneira bem mais desinibida, incluindo as crianças que brincam em grupo, com fantasias bem coloridas.


O trabalho a partir da apresentação do texto:

Para facilitar o aprendizado, em paralelo a leitura do texto, mostre fotos do carnaval de Veneza, da própria cidade e de seus canais.

★ Depois, peça para a criançada estabelecer, verbalmente, em forma de texto ou em cartazes, as diferenças e semelhanças entre o carnaval brasileiro e o de Veneza, a partir da origem da festa, das vestimentas usadas, das pessoas que se divertem, do clima, dos ritmos que são executados, entre outros detalhes que elas mesmas irão apontar. 

★ De forma interdisciplinar, na aula de historia, sugira pesquisas sobre a origem do carnaval brasileiro e dos diferentes tipos de festas que ocorrem nas mais variadas regiões do nosso país. 

★ Na aula de geografia, a partir de um atlas ou mapa mundi, peça que localizam Veneza e tracem um paralelo com suas respectivas cidades ou locais em que ocorrem festas de carnaval em solo brasileiro, evidenciando peculiaridades de cada uma delas. 

★ Em relação ao meio ambiente, questione o porquê do frio e da ameaça das marés altas que frequentemente inundam a Praça de São Marcos durante o carnaval, em contraposição ao clima do Brasil, com o objetivo de fazê-las perceberem como as estações do ano diferem entre os hemisférios. 

★ Considerando o contexto histórico de cada carnaval, peça que tracem um paralelo com a violência que ocorria em Veneza no passado e a que acontece nas festas brasileiras. 

★ Por último, para trabalhar a pluralidade cultural, sugira que transponham o carnaval de Veneza para terras brasileiras, observando todas as possibilidades e impossibilidades em termos de costumes e valores sociais.


Crie uma máscara veneziana: Abaixo seguem alguns modelos de máscaras que poderão ser confeccionadas pelas crianças.
A atividade poderá ser encerrada com a realização de um Baile de Máscaras em sala de aula.



Fonte: Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental- Anos Iniciais

DIA DO MÁGICO - 31 DE JANEIRO



Origem do Dia do Mágico 

    Segundo a história, a data surgiu em homenagem a São João Bosco, o padroeiro dos mágicos, tanto que a comemoração se dá no dia do seu falecimento, que ocorreu em 1888. Também, desde jovem, ele fazia mágicas, malabarismos e acrobacias para arrecadar dinheiro e ajudar a família. Por acreditar que as bênçãos financeiras que recebia vinham por intermédio da fé em Jesus, após as apresentações, passou a pregar o evangelho para o público presente, que ainda era convidado a rezar o terço com ele. Em 1934, o papa Pio XI, canonizou João Bosco, como santo da igreja católica.


Dia do Mágico: Confecção de Cartola e Varinha Mágica 



Materiais:
★ Papel cartão na cor preta
★ Tesoura 
★ Cola branca
★ Risco 

Como fazer:


1. Transfira o risco para o verso do papel cartão. Recorte todas as partes. 

2. Dobre pelas linhas pontilhadas a parte referente ao corpo da cartola. Cole-a sobre a circunferência que simulará seu fundo (conforme a foto). Ao término, cole suas laterais para fechá-la. Deixe secar. 

3. Cole a outra circunferência no fundo da cartola. Em seguida, repita o procedimento, de forma inversa, para fixar a aba à cartola. 

4. Para finalizar, enrole um pedaço de papel cartão sobre ele mesmo, para obter a varinha. Fixe as extremidades com cola branca.


Dica de Leitura:

O Grande Livro das Mágicas



Quem nunca desejou fazer mágicas? O que antes era sonho, agora, pode se tornar realidade! O livro de Joe Fullman fará qualquer criança aprender truques incríveis, que irão surpreender a todos! Depois do primeiro abracadabra, inevitavelmente, surgirá um mágico de verdade!

Fonte: Guia Prático para Professores do Ensino Fundamental - Anos Iniciais


DIA DA SAUDADE - 30 DE JANEIRO

Objetivos:
★Desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a comunicação infantil, inclusive por meio da escrita.

Faixa etária: Crianças a partir do 1º ano.



Baú da saudade:


   A palavra saudade pode ter diversos significados de acordo com o contexto no qual é aplicada. Contudo, no universo infantil, normalmente, ela está ligada à ausência de alguém ou de algo que, por sua vez, gera certa nostalgia ou até tristeza. Mas como falar dos próprios sentimentos é difícil para as crianças, aproveite a ocasião para propor a elaboração de cartas para aqueles ou aquilo que as fazem sentir saudade.


   Após a escrita delas, recolha e guarde-as em um baú. Explique que elas ficarão lá até o fim do ano, momento em cada aluno poderá pegar a sua carta, ler, reler, descobrir os erros, perceber sua evolução na escrita e ainda entender que, qualquer sentimento, por mais dolorido que seja, ameniza-se e, na maioria das vezes, transforma-se em boas lembranças.


   Para estimular a criançada a participar da atividade, sugira a criação conjunta do baú.



1. Com o estilete, retire as laterais maiores da tampa da caixa e, em seguida, arredonde as laterais menores. 

2. Com a cola branca e o papel color set laranja revista a caixa externamente. 

3. Com a cola quente, fixe o papel micro-ondulado sobre as bordas arredondadas para obter a tampa do baú. 

4. De acordo com o risco, recorte o papéis color set marrom e o laminado dourado. Encaixe e cole as fivelas em duas tiras. Em seguida, cole-as sobre a tampa da peça. 

5. Cole as demais tiras em todas as bordas do baú. 

6. Recorte o velcro em pequenos pedaços e cole-os em lugares estratégicos para que o fechamento de peça fique seguro. 

7. Por fim, decore o baú com as bijuterias e o resto do papel laminado.



Fonte: Revista Guia Prático para Professores do Ensino Fundamental

sábado, 17 de janeiro de 2015

RITMOS BRASILEIROS

Objetivo(s):
· Conhecer as diferentes nuances que compõem o ritmo musical (duração, intensidade e tonalidade);
· Interpretar corporalmente os diferentes ritmos brasileiros;
· Criar ritmos e expressões corporais com base nas canções escolhidas. 


Conteúdo(s):
A dança, o ritmo e suas nuances: forte e fraco, simétrico e assimétrico, agudo e grave e rápido e lento.


Ano(s):


Tempo estimado: 3 aulas


Material necessário:
· Instrumentos musicais (tambor, berimbau, pandeiro, flauta, atabaque etc.);
· CDs de músicas brasileiras (samba, maracatu, frevo etc.);
· DVDs de apresentações musicais e de dança;
· Aparelhos de som e de DVD. 


Desenvolvimento:

1ª etapa 
Depois de realizar um levantamento sobre os ritmos e as danças mais presentes na cultura do local, da escola e da comunidade, retome-os numa roda de conversa. Apresente aos alunos dois ritmos ou duas danças que fazem parte desse universo. É interessante trabalhar com exemplos bem diferentes nas variáveis musicais - letra, melodia, intensidade, tonalidade etc. Leve para a sala fotos de alguns instrumentos utilizados nessas manifestações artísticas e, em seguida, exiba fotos e vídeos de espetáculos pertencentes aos temas selecionados. Deixe que os alunos escolham um. Com base no eleito por eles, proponha a realização de uma vivência rápida. Sugira uma interpretação livre da música e faça algumas paradas e perguntas do tipo: como é caracterizado esse ritmo na nossa cultura? De que manifestação da dança estamos falando? Quais os instrumentos utilizados? Como são os movimentos dessa dança? Vocês conhecem esse ritmo? Como podemos descrevê-lo?


2ª etapa 
Tenha em mãos alguns instrumentos musicais utilizados na dança escolhida pelos estudantes. Eles serão convidados a se expressar corporalmente com base nas nuances de sons e ritmos sugeridas pelos instrumentos: graves e agudos, fortes e fracos, rápidos e lentos e simétricos e assimétricos. Estimule a garotada a perceber a relação entre eles e os tipos de movimento e de expressão corporal. Exemplo: quais os movimentos que se relacionam com os sons fortes? Como nos expressamos (dançamos) quando o ritmo é lento? Como dançar em músicas com progressões bastante assimétricas? 


3ª etapa 
Divida a sala em grupos de quatro ou cinco alunos e peça que cada um deles construa uma minicoreografia com base nas vivências realizadas. Deixe os instrumentos, o aparelho de som e os CDs ao alcance de todos para que possam explorar movimentos em função da música. Sorteie um ou dois grupos para apresentar as coreografias.


Avaliação:
Numa roda de conversa, verifique se a turma identifica as nuances que compõem os ritmos das diferentes danças e se compreende as características das manifestações da cultura local. Em termos de conteúdo, os alunos devem saber que existem diferentes formas de expressão corporal para cada um dos ritmos e que há coerência entre os movimentos e as nuances de ritmos das diferentes danças.



Flexibilização:

1ª etapa 

Flexibilização de tempo:
Acrescente para todos a experiência tátil de sentir as vibrações. Proponha que coloquem as mãos sobre as caixas de som e distingam o tempo musical por meio de vibrações mais fortes e mais fracas. Dê atenção individual para ajudar o aluno surdo na atividade. Assim ele poderá dançar sentindo as vibrações e não apenas copiando os gestos dos demais.

Flexibilização de recursos:
As imagens, tanto de fotos como de vídeos, facilitam a compreensão por parte dele. O intérprete de Libras pode transmitir as discussões e os comentários sobre as imagens.


2ª etapa 

Flexibilização de conteúdos:
As associações são priorizadas pelo movimento e não pelo som. Inclua questões que valorizem a identificação visual.

Flexibilização de recursos:
O aluno surdo pode receber as explicações em Libras. Utilize imagens e cenas de dança.


3ª etapa 

Flexibilização recursos:
Para marcar os passos, utilize gestos e conte o tempo com palmas. Observando os colegas ouvintes e com a ajuda deles, o aluno surdo dança também.

Flexibilização de tempo:
A atividade pode ser repetida ou reforçada na sala de recursos no contraturno.

Deficiências: Auditiva

TRABALHANDO A LINGUAGEM MUSICAL E EXPRESSÃO CORPORAL

Introdução:

Não há dúvida que as crianças pequenas adoram se movimentar. Elas vivem e demonstram seus estados afetivos com o corpo inteiro: se estão alegres, pulam, correm e brincam ruidosamente. Se estão tímidas ou tristes, encolhem-se e sua expressão corporal é reveladora do que sentem. Henri Wallon nos lembra que a criança pequena utiliza seus gestos e movimentos para apoiar seu pensamento, como se este se projetasse em suas posturas. O movimento é uma linguagem, que comunica estados, sensações, idéias: o corpo fala. Assim, é importante que na Educação Infantil o professor possa organizar situações e atividades em que as crianças possam conhecer e valorizar as possibilidades expressivas do próprio corpo.


Objetivos:
- Conhecer e valorizar as possibilidades expressivas do próprio corpo 
- Comunicar, através do movimento, emoções e estados afetivos 

Conteúdos específicos:
Expressividade / Dança 

Tempo estimado:
20 a 30 minutos 

Material necessário:
Pedaços de tecido leve (quadrados de 50x50 cm) 
Aparelho de som 

Espaço:
Uma sala grande. Se não houver um espaço sem móveis, prepare a sala antes, afastando mesas e cadeiras, privilegiando o espaço central. A música é muito importante e a cada momento da atividade vamos apresentar uma sugestão. 

Desenvolvimento da atividade:
As crianças e você também - devem estar descalças e usando roupas confortáveis! 

1º Comece reunindo as crianças. A música pode ser alegre, como A Canoa Virou. Sentados no chão numa grande roda, com as pernas estendidas, proponha que brinquem de massa de pés: todos devem chegar para a frente arrastando o bumbum até que os pés de todos se toquem. Os pés se agitam se acariciam, ora mais lentamente, ora mais rapidamente. Você pode enriquecer a brincadeira, sugerindo: 
- O meio da roda é uma piscina! 
- O meio da roda é uma grande gelatina! 
- O meio da roda é um tapete de grama! 

2º Peça que todos se deitem no chão. Coloque uma música no aparelho de som. É importante que seja uma música alegre, que estimule as crianças a se movimentar, porém sem excitá-las demais. Sugestão: Loro (Egberto Gismonti, CD Circense). 
Não se esqueça que, para as crianças pequenas, o entorno simbólico é muito importante para a atividade. Diga a eles que a sala vai se transformar numa grande floresta e todos serão habitantes dela... 

Todos os bichos estão dormindo. Aos poucos, vão acordar. 

Primeiro todos serão aranhas, que andarão com o apoio dos pés e das mãos no chão... 
Depois se transformarão em minhocas, arrastando-se pelo chão com a lateral do corpo... 
Logo serão cobras, arrastando-se pelo chão com o apoio da barriga... 

Tatus-bola, que com um movimento de abrir e fechar sua casca percorrerão a floresta... 
Leões, tigres, leopardos, de quatro patas pelo chão... 

Coelhos que andam pelo espaço com pulos pequenos e cangurus que percorrem a floresta com pulos grandes e largos... 

Passarinhos que batem suas asas bem pequeninas e águias que voam lá do alto com suas asas enormes e bem abertas... 

3º Distribua para as crianças os pedaços de tecido coloridos, um para cada um. É importante que eles sejam leves e que produzam movimento ao serem agitados pelas crianças. Deixe que elas explorem a sala manipulando os pedaços de tecido. Sugira que as crianças pintem a sala com os tecidos, como se fossem pincéis. A sala toda tem que ficar pintada o chão, as paredes, o teto. Diga às crianças que nenhum pedaço da sala pode ficar sem pintar. Sugestão de música: Peixinhos do Mar (Milton Nascimento, CD Sentinela) ou No Fundo do Mar (Bita e os Animais).

4º Sempre ao som de uma música (por exemplo Fome Come, da Palavra Cantada, CD Canções de Brincar), sugira uma brincadeira que as crianças adoram: peça que joguem os tecidos para cima e a os peguem, a cada vez, com uma parte diferente do corpo: 
- com a cabeça 
- com a barriga 
- com o braço 
- com o cotovelo 
- com os pés 
- com as costas 
- com o bumbum 
- com as palmas das mãos etc. 

5º Para terminar, um gostoso relaxamento. Sugestão de música: Palhaço (Egberto Gismonti, CD Circense). 

Organize as crianças em duplas e ofereça a elas uma bolinha de algodão ou mesmo um rolinho de pintura, como os usados nas atividades de Artes Visuais. 

Enquanto uma criança fica deitada, a outra deve acariciar seu rosto e partes do seu corpo com o algodão ou o rolinho. Isso deve ser feito com suavidade e cuidado, e possibilita uma interação muito especial das crianças, que, assim, cuidam umas das outras após uma atividade movimentada. 

Avaliação:
O professor tem na observação o melhor instrumento para avaliar a aprendizagem dos pequenos: eles participaram da atividade? Em qual momento se envolveram mais? O que foi mais desafiador para cada criança? E para o grupo? Essas e outras perguntas ajudam inclusive o professor a planejar as próximas atividades, mantendo ou modificando suas propostas dentro do campo de experiências do Movimento para as crianças.

DESENVOLVENDO HABILIDADES CORPORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Público-alvo: crianças de 0 a 3 anos

Objetivos: 
- Trabalhar em grupo e aprender regras de convivência, como esperar a vez, ganhar e perder. 
- Desenvolver habilidades corporais (pular, virar cambalhota etc.). 

Material necessário:
Colchonete, corda e obstáculos para as crianças pularem, como argolas e bambolês. 

Flexibilização: 
Para garantir a participação de crianças cadeirantes nesta atividade, o educador terá que contar com alguém que possa empurrar a cadeira. O ideal é que os próprios colegas cumpram este papel. O professor pode organizar um rodízio para empurrar a cadeira em alguns trechos do percurso, como, por exemplo, a passagem por baixo das cordas. É claro que, neste momento, a corda deve ser levantada, mas não o suficiente para a criança não ter que fazer nenhum movimento. Se ela for capaz de abaixar a cabeça ou dobrar o tronco, estes movimentos devem ser propostos.
É importante ressaltar, porém, que a simples adaptação do espaço e do material nem sempre dá conta de garantir a participação destas crianças e, sendo assim, é fundamental que o professor planeje, com antecedência, desafios possíveis para eles, e dos quais todos possam participar. As cambalhotas, por exemplo, podem ser também substituídas por "manobras radicais", assim: a partir de um sinal sonoro, todas as crianças devem sair correndo e, ao ouvir outro tipo de sinal, devem mudar de direção rapidamente, ou parar bruscamente. Atividades como essa podem garantir muita diversão se a criança com deficiência física puder fazer uma dupla com algum de seus colegas, que empurrará a cadeira. O importante é garantir a participação de todos na maioria das situações. 

Desenvolvimento: 
No pátio, monte um circuito com vários materiais: estique cordas e peça que os pequenos passem por baixo sem encostar nelas, coloque bambolês no chão e diga que pulem de um para outro e oriente para que façam cambalhotas sobre colchonetes. Apresente o que deve ser feito em todo o circuito e acompanhe as crianças em cada um dos desafios, evitando que tenham medo ou se machuquem. 

Avaliação:
Observe a diferença na participação de cada criança frente aos desafios corporais propostos para planejar as próximas atividades envolvendo maiores e menores dificuldades.

HISTÓRIA: UM MENINO GENIAL










sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A DIDÁTICA E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PROFESSOR

A formação profissional do professor é realizada nos cursos de Habilitação ao Magistério em nível superior. Compõe-se de um conjunto de disciplinas coordenadas e articuladas entre si, cujos objetivos e conteúdos devem confluir para uma unidade teórico-metodológica do curso. A formação profissional é um processo pedagógico, intencional e organizado, de preparação teórico-científica e técnica do professor para dirigir competentemente o processo de ensino.

A formação do professor abrange, pois, duas dimensões: a formação teórico-científica, incluindo a formação acadêmica específica nas disciplinas em que o docente vai especializar-se e a formação pedagógica, que envolve os conhecimentos da Filosofia, Sociologia, História da Educação e da própria Pedagogia que contribuem para o esclarecimento do fenômeno educativo no contexto histórico-social; a formação técnico-prática visando à preparação profissional específica para a docência, incluindo a Didática, as metodologias específicas das matérias, a Psicologia da Educação, a pesquisa educacional e outras.

A organização dos conteúdos da formação do professor em aspectos teóricos e práticos de modo algum significa considerá-los isoladamente. São aspectos que devem ser articulados. As disciplinas teórico-científicas são necessariamente referidas à prática escolar, de modo que os estudos específicos realizados no âmbito da formação acadêmica sejam relacionados com os de formação pedagógica que tratam das finalidades da educação e dos condicionantes históricos, sociais e políticos da escola. Do mesmo modo, os conteúdos das disciplinas específicas precisam ligar-se às suas exigências metodológicas. As disciplinas de formação técnico-prática não se reduzem ao mero domínio de técnicas e regras, mas implicam também os aspectos teóricos, ao mesmo tempo em que fornecem à teoria os problemas e desafios da prática. A formação profissional do professor implica, pois, uma contínua interpenetração entre teoria e prática, a teoria vinculada aos problemas reais postos pela experiência prática e a ação prática orientada teoricamente.

Nesse entendimento, a Didática se caracteriza como mediação entre as bases teórico-científicas da educação escolar e a prática docente. Ela opera como que uma ponte entre o "o quê" e o "como" do processo pedagógico escolar. A teoria pedagógica orienta a ação educativa escolar mediante objetivos, conteúdos e tarefas da formação cultural e científica, tendo em vista exigências sociais concretas; por sua vez, a ação educativa somente pode realizar-se pela atividade prática do professor, de modo que as situações didáticas concretas requerem o "como" da intervenção pedagógica. Este papel de síntese entre a teoria pedagógica e a prática educativa real assegura a interpenetração e interdependência entre fins e meios da educação escolar e, nessas condições, a Didática pode constituir-se em teoria do ensino. O processo didático efetiva a mediação escolar de objetivos, conteúdos e métodos das matérias de ensino. Em função disso, a Didática descreve e explica os nexos, relações e ligações entre o ensino e a aprendizagem; investiga os fatores co-determinantes desses processos; indica princípios, condições e meios de direção do ensino, tendo em vista a aprendizagem, que são comuns ao ensino das diferentes disciplinas de conteúdos específicos. Para isso recorre às contribuições das ciências auxiliares da Educação e das próprias metodologias específicas. É, pois uma matéria de estudo que integra e articula conhecimentos teóricos e práticos obtidos nas disciplinas de formação acadêmica, formação pedagógica e formação técnico-prática, provendo o que é comum, básico e indispensável para o ensino de todas as demais disciplinas de conteúdo.

A formação profissional para o magistério requer, assim, uma sólida formação teórico-prática. Muitas pessoas acreditam que o desempenho satisfatório do professor na sala de aula depende de vocação natural ou somente da experiência prática, descartando-se a teoria. É verdade que muitos professores manifestam especial tendência e gosto pela profissão, assim como se sabe que mais tempo de experiência ajuda no desempenho profissional. Entretanto, o domínio das bases teórico-científicas e técnicas, e sua articulação com as exigências concretas do ensino, permitem maior segurança profissional, de modo que o docente ganhe base para pensar sua prática e aprimore sempre mais a qualidade do seu trabalho.

Entre os conteúdos básicos da Didática figuram os objetivos e tarefas do ensino na nossa sociedade. A Didática se baseia numa concepção de homem e sociedade e, portanto, subordina-se a propósitos sociais, políticos e pedagógicos para a educação escolar a serem estabelecidos em função da realidade social brasileira.

O processo de ensino é uma atividade conjunta de professores e alunos, organizado sob a direção do professor, com a finalidade de prover as condições e meios pelos quais os alunos assimilam ativamente conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções. Este é o objeto de estudo da Didática.



Sugestões para estudo

1) Por que a educação é um fenômeno e um processo social?

2) Explicar as relações entre a definição de educação em sentido mais amplo e em sentido estrito.

3) Podemos falar que nas associações civis, nas associações de bairro, nos movimentos sociais etc., ocorre uma ação pedagógica?

4) Que significa afirmar que o ensino tem um caráter pedagógico?

5) Dar uma definição de educação com suas próprias palavras.

6) Explicar a afirmação: "Não há fato da vida social que possa ser explicado por si mesmo".

7) Qual é a finalidade social do ensino? Qual o papel do professor?

8) Quais as relações entre Pedagogia e Didática?

9) Por que se afirma que a Didática é o eixo da formação profissional?


Bibliografia: LIBÂNEO, José Carlos. DIDÁTICA. São Paulo: Cortez, 1994.