quarta-feira, 21 de maio de 2014

LEV VYGOTSKY, O TEÓRICO DO ENSINO COMO PROCESSO SOCIAL

A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea.



O psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) morreu há mais de 70 anos, mas sua obra ainda está em pleno processo de descoberta e debate em vários pontos do mundo, incluindo o Brasil. "Ele foi um pensador complexo e tocou em muitos pontos nevrálgicos da pedagogia contemporânea", diz Teresa Rego, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Ela ressalta, como exemplo, os pontos de contato entre os estudos de Vygotsky sobre a linguagem escrita e o trabalho da argentina Emília Ferreiro, a mais influente dos educadores vivos. 

A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de sócio-construtivismo ou sócio-interacionismo. 




Surge da ênfase no social uma oposição teórica em relação ao biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), que também se dedicou ao tema da evolução da capacidade de aquisição de conhecimento pelo ser humano e chegou a conclusões que atribuem bem mais importância aos processos internos do que aos interpessoais. Vygotsky, que, embora discordasse de Piaget, admirava seu trabalho, publicou críticas ao suíço em 1932. Piaget só tomaria contato com elas nos anos 1960 e lamentou não ter podido conhecer Vygotsky em vida. Muitos estudiosos acreditam que é possível conciliar as obras dos dois. 


O papel do adulto 

Todo aprendizado é necessariamente mediado - e isso torna o papel do ensino e do professor mais ativo e determinante do que o previsto por Piaget e outros pensadores da educação, para quem cabe à escola facilitar um processo que só pode ser conduzido pelo própria aluno. Segundo Vygotsky, ao contrário, o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um procedimento, a criança "se apropria" dele, tornando-o voluntário e independente.

Desse modo, o aprendizado não se subordina totalmente ao desenvolvimento das estruturas intelectuais da criança, mas um se alimenta do outro, provocando saltos de nível de conhecimento. O ensino, para Vygotsky, deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho, porque, na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro vem antes. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem o potencial de aprender - potencial que é demonstrado pela capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto. Em outras palavras, a zona de desenvolvimento proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha. Saber identificar essas duas capacidades e trabalhar o percurso de cada aluno entre ambas são as duas principais habilidades que um professor precisa ter, segundo Vygotsky. 

Expansão dos horizontes mentais

Como Piaget, Vygotsky não formulou uma teoria pedagógica, embora o pensamento do psicólogo bielo-russo, com sua ênfase no aprendizado, ressalte a importância da instituição escolar na formação do conhecimento. Para ele, a intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente. Ao formular o conceito de zona proximal, Vygotsky mostrou que o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que ainda não domina completamente, "puxando" dela um novo conhecimento. "Ensinar o que a criança já sabe desmotiva o aluno e ir além de sua capacidade é inútil", diz Teresa Rego. O psicólogo considerava ainda que todo aprendizado amplia o universo mental do aluno. O ensino de um novo conteúdo não se resume à aquisição de uma habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas cognitivas da criança. Assim, por exemplo, com o domínio da escrita, o aluno adquire também capacidades de reflexão e controle do próprio funcionamento psicológico. 

Para pensar 

Vygotsky atribuiu muita importância ao papel do professor como impulsionador do desenvolvimento psíquico das crianças. A ideia de um maior desenvolvimento conforme um maior aprendizado não quer dizer, porém, que se deve apresentar uma quantidade enciclopédica de conteúdos aos alunos. O importante, para o pensador, é apresentar às crianças formas de pensamento, não sem antes detectar que condições elas têm de absorvê-las. E você? Já pensou em elaborar critérios para avaliar as habilidades que seus alunos já têm e aquelas que eles poderão adquirir? Percebe que certas atividades estimulam as crianças a pensar de um modo novo e que outras não despertam o mesmo entusiasmo? 

PESQUISANDO OS INSETOS

Objetivos:
■ Conhecer o modo de vida e as características dos insetos.
■ Pesquisar em diversas fontes, como livros e revistas.

Conteúdos:
■ Características dos insetos, nomes científicos e classificação animal.
■ Observação e registro.
■ Comunicação oral de informações.

Ano: Educação Infantil, 1º e 2º ano.

Tempo estimado: Três meses.

Material necessário:
Lápis de cor, folhas brancas, documentários sobre insetos, desenhos animados e histórias infantis em que eles sejam personagens, revistas e livros especializados, canetas ou lápis, sacos plásticos transparentes, recipientes inquebráveis, potes de vidro, puçá, placas de isopor, alfinetes, insetos, folhas, água, algodão, álcool, fôrma de assar, caixa de papelão retangular, naftalina, cartolina e pasta.

Organização da sala:
Reúna as crianças em roda durante as conversas e a leitura e em grupos de duas ou três para a pesquisa e produção escrita.

Desenvolvimento:

1ª etapa:  Faça uma avaliação inicial perguntando o que os pequenos sabem sobre o tema e pedindo que desenhem o que conhecem. Observe o que eles sabem sobre morfologia, alimentação e hábitos dos insetos. Examine se as informações provêm da observação dos bichos ou de representações conhecidas em livros ou em desenhos animados. Esses últimos, muitas vezes, não são fiéis à realidade. Escolha com as crianças os tipos que serão estudados, evitando 
os que oferecem perigo.

2ª etapa:  Leia revistas e livros especializados em voz alta e reserve dois dias para a exibição de um documentário e um desenho animado. Apresente em seguida livros de literatura infantil que têm insetos como personagens. Compare com os textos informativos para corrigir ou confirmar as idéias iniciais. Para orientar a pesquisa, crie uma ficha para cada bicho, que deve ser preenchida com os seguintes dados: estrutura física, hábitat, alimentação, reprodução, ciclo de vida e importância ou danos ao meio ambiente. Tire cópias e distribua às crianças. Reproduza essa estrutura de registro no quadro e peça que a garotada preencha as lacunas.

3ª etapa:  Solicite que as crianças coletem animais em casa, orientando-as a colocá-los em sacos transparentes ou em recipientes inquebráveis com furos. Incentive-as também a caçar alguns no jardim da escola, com puçá ou saco plástico. Em sala, transfira os bichinhos para potes de vidro e os alimente, baseando-se nas pesquisas sobre os hábitos alimentares.

4ª etapa:  Para montar o insetário, é preciso matar os bichos e secá-los. Primeiro, coloque um chumaço de algodão embebido em álcool dentro de cada pote e vede-o durante duas horas. Os animais devem ser colocados sobre uma placa de isopor e ela dentro de uma fôrma. Leve-a ao forno durante 15 minutos, a uma temperatura entre 180 e 200 oC, com a porta meio aberta. Os menores - como piolho e cupim - podem ser colocados ao Sol por duas a três horas. Depois de secos, remova-os com um alfinete, espetado no tórax, para outro isopor e coloque a placa em uma caixa de papelão com bolinhas de naftalina para evitar fungos, bactérias e ataques de predadores. No caso dos menores, use apenas cola para fixá-los. Identifique-os com nome científico, ordem, hábitat, ciclo de vida e tipo de reprodução.

Produtos finais:

■ Insetário.
■ Livro informativo.
■ Seminário.

Monte junto com as crianças um livro sobre o projeto. Para o livro, sugira que elas mesmas desenhem os animais. Junte as escritas e os relatórios em uma pasta (se possível, mande encadernar). Marque uma data para que as crianças socializem os conhecimentos com os colegas, os familiares e a comunidade, montando uma exposição e ensaiando com elas a apresentação. Divida a classe em grupos de modo que cada um se responsabilize pela explicação de um animal. Oriente a elaboração de cartazes com desenhos e informações sobre os bichos pesquisados. Deixe expostos o livro e o insetário.


Avaliação:

Registre em fichas individuais os comentários feitos durante as atividades. Compare também os desenhos iniciais com a ilustração final dos cartazes. Observe o que os pequenos aprenderam no dia do seminário e se sabem responder às questões dos convidados.

Fonte: Planeta Sustentável

BOLHAS DE SABÃO

Objetivos:
★ Promover a interação e a socialização entre os alunos e a professora.
★ Revisar conteúdos de ortografia, em especial o dígrafo "lh".
★ Estimular diferentes formas de expressão por meio do desenho, da escrita e da declamação de poesias.
★ Conhecer os recursos expressivos e a estrutura do texto poético.


Desenvolvimento:

1. Preparação com relaxamento
★ Escolha uma música clássica ou instrumental de sua preferência. 

★ Com voz calma, peça às crianças que se deitem no chão e fechem os olhos.

★ Coloque a música para tocar. As crianças devem respirar profundamente e depois soltar o ar devagar.

★ Em seguida, elas devem imaginar uma bolha de sabão, como orienta Meire: "Imagine a cor, o tamanho, os lugares lindos por onde ela está voando. Imagine um lugar calmo, tranquilo, com gramado, cheio de flores e pássaros, ouça os cantos diferentes de cada espécie. Agora, imagine sua bolha de sabão voando pela cidade e passando perto da sua casa".

★ Conte que a bolha carrega o sonho de cada criança. Pergunte: "qual é o sonho que sua bolha carrega dentro dela? O que você quer conquistar?



2. Registro no papel
★ Distribua círculos de papel-ofício para a classe. 

★ Na folha, as crianças devem desenhar uma bolha de sabão. Dentro, devem registrar o sonho que ela carregou e, em volta, o que sentiram na atividade anterior. Lembre-as de desenhar também o lugar por onde a bolha voou. 

★ Quando todos terminarem os desenhos, organize uma apresentação. Cada um deve contar para a classe qual é seu sonho e por onde sua bolha passeou. 

★ Coloque as bolhas nas paredes em um espaço expositivo, para que outras pessoas possam apreciar o trabalho. Não se esqueça de anexar um textinho explicando como a atividade foi realizada. 

★ Como dever de casa, peça que os alunos façam uma pequena redação, respondendo às perguntas: qual é seu nome? Onde você mora? Com quem você mora? Por quais lugares sua bolha de sabão passeou? Qual foi o sonho que ela carregou? Com as redações e os desenhos, o professor acaba conhecendo melhor a classe e entendendo suas necessidades e desejos. 



3. Hora de brincar 
★ Depois de imaginar a bolha de sabão, é hora de vê-la voar na prática. 

★ Leve as crianças para o pátio da escola e divirta-se com elas. 

Potinho e varinha para fazer bolha de sabão:

Materiais:
★ latinha de molho de tomate
★ tinta guache
★ EVA
★ arame
★ alicate
★ barbante


Como fazer:
1. Para fazer a varinha, corte 30 cm de arame, dobrando uma de suas extremidades com o alicate.
2. Torça a outra extremidade até formar um círculo e trance o arame para fi xá-lo com o alicate.
3. Enrole barbante no arco da varinha.
4. Para fazer o potinho, pinte de branco a latinha de massa de tomate. Pinte por cima com a cor de sua preferência.
6. Recorte estrelas de EVA e cole para decorar.



4. Poesia
Dando sequência à atividade, distribua para os alunos uma folha com a poesia "Bolhas", de Cecília Meireles (você a encontra no livro Ou Isto ou Aquilo, Editora Nova Fronteira). A leitura da poesia deve ser feita primeiramente em silêncio. Depois, pela professora. E, por fim, pela classe toda em voz alta.

★ Esclareça possíveis dúvidas de vocabulário. Para isso, você pode contar com a ajuda de desenhos ou de recortes de revista. 

★ Em seguida, peça que eles circulem as palavras em que aparece o "lh" (uma dificuldade identificada na turma pela professora). Escreva na lousa as palavras circuladas.

★ A partir disso, faça um ditado ortográfico, explorando outras palavras que contêm o dígrafo "lh". Exemplos: baralho, malha, molho, piolho, detalhe, abelha, palhaço, filho, coelho, folha, telha, colher, agasalho, ervilha, toalha, medalha, palha, milho etc. 

★ Em casa, os alunos devem tentar memorizar os versos da poesia de Cecília Meireles e também fazer uma breve pesquisa sobre a vida da escritora. 

★ Na aula seguinte, abra uma roda de conversa e anote no quadro o que os alunos conseguiram descobrir sobre a vida de Meireles. Você também deve se preparar para isso: consulte livros na biblioteca da escola e use a internet. 

★ Leve outros poemas da escritora e converse com as crianças sobre a estrutura básica deles. Destaque a organização em versos e, em alguns casos, as palavras que rimam. 

★ Para fechar, promova uma sessão de declamação da poesia "Bolhas". Os alunos podem se organizar em grupos ou individualmente, para treinar a expressão oral. 

Trecho da poesia "Bolhas" 
(Cecília Meireles) 
Olha a bolha d'água 
no galho! 
Olha o orvalho! 
Olha a bolha de vinho
na rolha! 
Olha a bolha!


Dica de música: "Bolha de Sabão" do Babado Novo.


Fonte: Guia Prático para Professores do Ensino Fundamental I

CONTO SOBRE MEIO AMBIENTE

Como explicar o inexplicável 

Um conto de Maria Cristina Zeballos de Sisto (Buenos Aires, março de 1995)

Maria Cristina, advogada, certa vez deparou-se com uma pergunta de seu pequeno Frederico, de cinco anos que lhe questionou sobre o cheiro e a cor do rio que havia visto num passeio da escola. Como lhe responder a esta questão? Como lhe explicar que esse era um rio poluído? Como lhe explicar que pessoas como seus pais eram responsáveis pela contaminação do rio? Como lhe explicar que para fabricar seus sapatos se contaminam litros de água? Resolveu, então, criar um conto:

Era uma vez, uma gota de água que morava numa grande e gorda nuvem, e se chamava GOTITA. Certo dia, lá do alto da nuvem GOTITA viu no alto de uma montanha, um fio de prata que descia e ficava cada vez maior e brilhava como o sol. Muito curiosa GOTITA perguntou a uma gota mais velha: 

- O que é aquilo tão lindo que desce do alto da montanha? 

A gota mais velha lhe respondeu que era a nascente de um rio que é formado por muitas outras gotas que vivem viajando e moram com muitos peixes e plantas aquáticas. 

- Quero ser rio também! Respondeu animadamente. 

Para sua sorte, naquele momento começou uma forte chuva e GOTITA embarcou de carona para conhecer aquela maravilha. Mergulhou fundo no rio e tudo era como a gota mais velha lhe havia dito. Ali as águas eram cristalinas e foi então que começou sua viagem. 

Logo se deparou com algumas mulheres lavadeiras às margens do rio. Elas despejavam no rio uma água espumante e cheirosa e aquela água também seguia o curso do rio, então, tratou de continuar sua viagem.

Na manhã seguinte encontrou um pescador que havia pescado um bagre bigodudo. Foi até a margem para ver o que iria acontecer com o bagre e deparou-se com muitas latas e potes plásticos no leito do rio. Aquilo já não era mais tão bonito...

Seguiu sua viagem e a noite avistou muitas luzes que pareciam mil estrelas e sentiu a música de uma pequena cidade. Dois namorados diziam poesias quando ela passava, porém, em seguida lhe ocorreu algo muito desagradável: de um grosso tubo começou a sair um líquido marrom e de textura viscosa. Eram os dejetos de esgoto da cidade. Daí em diante as coisas mudaram. A viagem deixou de ser encantadora. O dono de um frigorífico sujou a água com sangue de um montão de animais e contaminou o rio com restos de tanino que saiam de seu curtume.

No dia seguinte passou por uma usina que produzia energia para a cidade. Os que fabricam eletricidade utilizam a água do rio para esfriar as turbinas. Teve a sorte de conhecer uma turbina por dentro. Este último passeio a esquentou um pouquinho e alguns peixes morreram. Há poucas horas adiante dos deságües de uma fábrica juntaram-se umas substâncias que têm nomes muito difíceis e que são muito perigosas. Realmente os humanos não deixavam GOTITA em paz. Neste momento ela pensou: “Que complicado é ser rio”. Logo passou um barco cheio de troncos de árvores que perdia petróleo que ele usava como combustível. Este último acontecimento a perturbou um pouco mais. Nesta noite descobriu que as estrelas quase não se refletiam na água e logo chegou a capital. Em seus arredores vivia muita gente. A sujeira se amontoava nas margens e não se via ninguém, somente muito lixo e entre ele, pneus de automóveis habitados por muitos caracóis que transmitem aos humanos uma doença muito rara. Logo se deu conta que o leito do rio estava coberto por algo negro. Escutou um senhor que dizia que aquilo era petróleo. O andar do rio era cada vez mais lento. Um automóvel velho era morada de muitos ratos as margens do rio. O rio já não era mais puro e nem cantava o canto das cachoeiras. A GOTITA sentiu um odor muito forte. Uma mamãe disse ao seu filho que não podia nadar neste rio porque as águas estavam contaminadas e o contato com essa água era muito perigoso. Neste momento a GOTITA avistou uma professora com seus alunos. “Eles vão querer brincar comigo”, pensou a GOTITA, porém somente escutou a voz de Frederico perguntando: ”o que é isso que cheira tão mal?”. GOTITA encheu seu coração de pena e ela se sentiu muito leve, pois o sol começou a esquenta-la e a transformou novamente em nuvem. Suspirou de alívio, “Que susto”, exclamou “Estou limpa e de novo em casa”.

Quando se preparava para descansar de sua longa viagem desde o começo, viu uma grande mancha negra que entrava no mar: esse era o rio da Prata.

Assim Frederico aprendeu como os homens podem transformar a natureza.

Tradução e Adaptação - Berenice Gehlen Adams

SUGESTÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL/MEIO AMBIENTE

Atividade 1 – Criando e recriando com palavras

- Levantar com os/as educandos/as uma listagem dos principais problemas ambientais locais, com alguns comentários sobre os mesmos, diagnosticando o grau de preocupação e esclarecimento dos mesmos;

- Apresentar o quadro abaixo e propor o preenchimento com palavras, em grande grupo:
(preencher com palavras associadas à:

Problemas ambientais
Local
Animais
Plantas
Personagens “heróicos” de algum conto ou lenda
Personagens “vilões” de algum conto ou lenda
Elementos de cenário
Ex:Poluição;
...
Cidade;
...
Rato;
...
Flores;
...
Fada;
...
Bruxa;
...
Castelo;
...
Obs. Esta atividade foi realizada no quadro “negro”, podendo ser em um painel de papel pardo.

- Depois de preenchido o quadro, dividir o grande grupo em pequenos grupos de no máximo 5 participantes e propor elaboração uma história utilizando 2 a 3 palavras de cada quadro. Tempo estimado para a atividade: 20 minutos, com tolerância...

- Concluída a história, trocar as histórias entre os grupos;

- Cada grupo deverá representar a história, utilizando materiais que estão à disposição (sucata em geral) – tempo: 15 minutos;

- Para fechamento, pedir que cada um relate o que foi trabalhado na atividade desenvolvida e o que sentiu em relação a ela.


Atividade 2 – Discutindo sobre resíduos

 - Formação de um grande grupo em círculo;

- Exposição de lixo seco no meio do grande grupo (o lixo deverá ter materiais que se sub-agrupem e que contenham o mesmo número que os participantes, por exemplo: 5 tampas plásticas, 5 garrafas PET, 5 caixas de suco longa vida, 5 potes de vidro, 5 copos descartáveis).

- A sala já deverá estar previamente preparada como descrito anteriormente;

- Inicia-se a aula com um texto reflexivo sobre lixo, de escolha do/a professor/a, podendo ser uma notícia, artigo ou história sobre o assunto “Lixo”. Podemos fazer uso de uma boa música para o fundo da leitura.

- Propor a observação do lixo que está à frente, no centro do grupo;

- Cada participante é convidado a escolher um dos elementos do lixo;

- Distribuição em grupos de acordo com o lixo escolhido – o grupo das tampinhas, o grupo das garrafas, etc...

- Levantar as seguintes questões para análise em grupo:
-  Tempo de decomposição;
-  Impacto causado pela produção da embalagem;
-  Análise do rótulo da embalagem;
-  Qual o slogan do produto e apelo publicitário;
-  Qual seria a opção para a reutilização do material.

- Apresentação das análises ao grande grupo.



Atividade 3 - Confecção de cartões com sucata:

- Apresentar diversos tipos de lixo de papel e papelão: revistas, jornais, caixas de embalagens, caixas de papelão...

- Cada participante escolhe materiais para elaborar um cartão ambiental utilizando técnicas sugeridas pelo/a professor/a:
-  Dobradura;
-  Recorte e colagem;
-  Rasgadura...

- Confecção do cartão propriamente dita;

- Exposição e relato da confecção do cartão ao grande grupo.

Atividade 4 - Confecção de carimbos de cordão com restos de madeira
- Colocar à disposição dos/as educandos/as os materiais necessários para a confecção dos carimbos: tocos de madeira (que podem ser solicitados em madeireiras ou fábricas de molduras, móveis) e cordão de algodão ou lã (o cordão é melhor).

- Apresentar alguns modelos de carimbos com formatos variados (estrela, árvore, sol, lua, etc.).

- Confecção dos carimbos propriamente ditos.

- Confecção de um painel em grupos, utilizando os carimbos confeccionados.


Atividade 5 – Confecção de máscaras com massa de papel

- Preparo da massa de papel para modelar: liquidificar o papel picado – para cada três punhados de papel picado, meio copo do liquidificador com água – bater e despejar em uma bacia e ir fazendo até ter bastante polpa. Espremer o excesso de água e adicionar uma colher de sopa de cola ou grude para cada “bolo” de massa de papel espremido e ir colocando em uma bacia. Quando tiver massa suficiente, é só começar a confeccionar a máscara.

- Para confeccionar a máscara, fazer uma bola de papel jornal amassando várias folhas até formar uma esfera de forma ovalada. Sobre esta esfera, confeccionar a máscara.

- Dias depois a máscara estará seca e poderá ser pintada, de preferência com tinta plástica ou acrílica.

- Pode ser sugerida a confecção de potes, formas geométricas, além das máscaras, com os mesmos procedimentos.

Atividade 6 – Confecção de um minhocário
 Materiais necessários para cada minhocário: Uma garrafa pet de 2 litros e uma menor de água mineral brita ou pedrinhas, terra, saco de lixo preto, minhocas.

Procedimentos: Corte a garrafa pet tirando o bocal. No fundo da garrafa pet coloque brita (não há necessidade de furar o fundo da pet). Sobre a brita coloque a garrafa menor (com água e tampa) dentro da garrafa pet. Ao redor, despeje a terra e largue as minhocas. Após terminar, utilize um saco de lixo escuro para envolver a garrafa, pois as minhocas não são acostumadas com claridade. Não é necessário molhar, pois a garrafinha com água fornece umidade para a terra, a não ser que seja uma região de excessivo calor, molhe de vez em quando, podendo colocar alguns lixos orgânicos sobre a terra para alimento das minhocas. Depois de dias, ao tirar o saco de volta da garrafa poderemos observar os caminhos das minhocas bem definidos. Volte a cobris com o saco de lixo evitando a luz para as minhocas.


Atividade 7 – Confecção de mini-hortinhas com garrafas pet
 Materiais necessários: garrafas pet, tesoura, terra, mudinhas ou sementes.

Procedimentos: Deite a garrafa pet e corte um dos lados da “barriga” da garrafa, sem atingir o fundo nem a boca da garrafa. Faça pequenos furinhos no fundo e coloque terra. Em seguida, plante as sementes ou as mudas e é só cultivar com cuidado.  Como suporte podemos usar caixas de ovos para que não fiquem diretamente no chão e, de tempos em tempos, estes suportes poderão ser substituídos, pois podem apodrecer com a umidade que escorre do excesso da água pelos furinhos da garrafa.

Atividade 8 – Planejamento da EA integrado para Educação Infantil
Exercício de estudo para o/a professor/a
 - Levantar a seguinte questão: Como globalizar a Educação Ambiental aos conteúdos curriculares e às atividades desenvolvidas rotineiramente na escola?

Para professores da Educação Infantil poderemos apresentar alguns exemplos:
                   
  Exemplo 1: Quando trabalhamos o tema TERRA, poderemos trabalhar noções de espaço, tamanho, cor, motricidade fina em atividades práticas com argila ou desenhos, plantio, observação, expressão oral, etc, realizando atividades que envolvam e desperte o interesse da criança sobre o assunto trabalhado. É importante disponibilizar materiais como livros e revistas para manuseio das crianças, onde podem encontrar gravuras referentes ao tema em questão.
                  
   Exemplo 2: Quando trabalhamos o tema NATUREZA poderemos realizar atividades que desenvolvam noções de tamanho, forma, cor, espessura, sensibilidade - tato, olfato, visão, audição, paladar...
- Atividade: Com base nestes exemplos, escolha um assunto e elabore um planejamento ou projeto para uma unidade de estudo (dependendo a denominação referente em sua escola) a ser trabalhado num período de uma a duas semanas, de forma a integralizar as diferentes áreas a serem trabalhadas na Educação Infantil.



Atividade 9 - sugestões de materiais didáticos gerais com sucata:


Confecção do professor:
- Fantoches com caixas, massa de papel jornal, bolas de jornal forradas com meia de nylon, pés de meias velhas. Os fantoches podem ser confeccionados utilizando os materiais já citados para formar a cabeça do personagem. Utiliza-se retalhos de tecido para o corpo dos fantoches.

- Fantoches com vara utilizando copinhos de iogurte, sacos de papel, caixinhas.

                         
- Livros com cartolina usada ou papelão de caixas contendo: gravuras, números e respectivas quantidades, materiais naturais para tato (areia, folhas, raízes...), linhas e formas geométricas.
                                                      
- Brinquedos com caixas, garrafas plásticas, embalagens em geral - bilboquês, carrinhos, chocalhos, caixas enfeitadas.

- Cartazes com cola (ou grude) com pó de café passado seco, areia, serragem.

- Quebra-cabeças com gravuras de jornais ou revista.

- Mini-hortinhas com garrafas descartáveis.

 - Minhocário com garrafas descartáveis.

- Jogo de boliche com bolas de meia e garrafas descartáveis.

- Massinha de modelar caseira.

- Maquetes de casas.

- Pincéis com lã, corda, esponja, algodão, penas de galinha.

- Televisão de caixa de papelão.

- Quadrinhos "negros" para uso das crianças - é só pintar um retalho de chapa de eucatex com tinta preta ou verde.

- Marionetes com a parte interna do rolo de papel higiênico.

- Carimbos com madeira e cordão; e móbiles com elementos naturais.



Atividade 10 – Atividade criadora - Confeccionar brinquedos com sucata


Disponibilizar para os/as educandos/as sucatas em geral (lixo seco limpo) bem como materiais básicos como cola, tesoura, arame, cordão, etc., e deixa-los livres para criarem brinquedos com sucata. Depois, realizar uma exposição.

DICA DE LEITURA

O Livro do Planeta Terra

O Livro do Planeta Terra mostra que pequenos gestos podem fazer toda a diferença quando o assunto é preservação do planeta. Gestos simples, como não usar sacolas plásticas, reciclar o lixo, economizar água, não poluir o ar, apagar as luzes e não desperdiçar alimentos são fundamentais para manter um planeta sustentável. O livro traz ainda um cartaz com "10 coisas que eu posso fazer para salvar o planeta", que pode ser destacado do livro. 
Autor: Todd Parr
Editora: Panda Books

TEATRO CONSCIENTE - RECICLAGEM DE SACOLAS PLÁSTICAS

Construa fantoches com sacolinhas plásticas descartáveis e trabalhe a imaginação e a conscientização dos seus alunos.


Objetivos: 
★ Conscientizar sobre o consumo responsável de materiais descartáveis;
★ Reutilizar os materiais existentes;
★ Usar a imaginação e incentivar a leitura e representação. 

Dar um novo sentido a objetos que usamos no dia a dia é uma das atividades mais interessantes de se fazer na escola, principalmente quando esses objetos vão para o lixo e não têm mais utilidade. O Brasil está mudando alguns dos seus hábitos mais prejudiciais: o uso indiscriminado das sacolinhas plásticas descartáveis, que são usadas para tudo e sem nenhuma consciência. O pior é que elas são derivadas do petróleo, feitas de uma resina chamada polietileno de baixa densidade, e sua degradação no ambiente pode levar séculos, ou seja, diversas gerações podem se deparar com a sacolinha que você jogou fora hoje.
Há um outro grande problema: a poluição dos mares por esse tipo de lixo. Saquinhos plásticos no mar são confundidos por peixes e, principalmente, pelas tartarugas marinhas, como águas vivas, um de seus alimentos. Assim ao ingerir os saquinhos, as tartarugas morrem por obstrução do aparelho digestivo.

Você sabia? 
Os saquinhos também são uma das causas do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo.

Por essas e outras razões que é necessário trabalhar outras alternativas para esse hábito de embalar e carregar tudo em sacolinhas plásticas. Hoje, o mercado já introduziu as sacolas biodegradáveis ou as sacolas não descartáveis, mas serão precisos ainda muitos anos para que os danos da enorme produção e desperdício das sacolinhas sejam minimizados. Por isso é tão importante tentar obter um olhar diferente sobre elas e dar um novo uso para esses produtos que já estão no meio ambiente.



Como proceder?

1-  Primeiro, a turma escolhe duas ou mais histórias, de acordo com a demanda.
2- Cada aluno ou grupo de aluno fará um personagem que participa da história escolhida.
3-  Juntos, os alunos preparam o local onde será apresentado o teatro.
4-  A turma ensaia a história diversas vezes.
5-  Apresentação para o restante da escola. 

Fantoches de sacolas plásticas descartáveis 

1. Desenhe o rosto dos personagens nas caixas de sapato e, depois, recorte-os.

2. As sacolinhas plásticas serão usadas para o corpo e, por meio de pequenos nós, serão formados os personagens. 

3. Cole a cabeça ao corpo do personagem. 

4. Junte um ou dois palitos de sorvete e cole-os ao corpo do personagem para que ele sirva de pegador dele.



Dica esperta!
O palco para apresentação do teatro de fantoches pode ser improvisado ao ar livre, na sala de aula, no vão de uma escada, numa janela grande, num canto de uma sala, no fundo de um corredor, confeccionado em uma madeira compensada ou Eucatex, de acordo com a sua imaginação. O professor pode usar a criatividade confeccionando o palco com caixa de papelão ou caixote. Abre-se um retângulo de 80 cm por 50 cm no fundo da caixa, onde os bonecos aparecerão, a cortina pode ser confeccionada com pano ou papel crepom. Também é possível estender um lençol entre duas árvores ou estacas. 


Você sabia?
No Brasil, aproximadamente, 9,7% de todo o lixo é composto por saquinhos plásticos. 

Dica esperta!
O tamanho dos personagens irá variar de acordo com a dimensão da apresentação e da quantidade de alunos, o mais interessante é que nenhum personagem será como o outro e as sacolinhas plásticas são coloridas, de simples manuseio e fáceis de encontrar. Afinal, quem não tem uma sacolinha esquecida dentro de alguma gaveta? 

terça-feira, 20 de maio de 2014

LIXO: O QUE FAZER COM ELE?

Eis a pergunta-chave do século 21. Discuta o assunto com os alunos e conscientize-os sobre o descarte correto de materiais, sejam eles orgânicos ou inorgânicos.

Objetivos:
★ Conscientizar os alunos sobre o descarte correto do lixo
★ Ensinar os alunos a transformar o lixo orgânico em adubo

Faixa etária: 1º ao 5º ano

Num país que produz cerca de 180 mil toneladas de lixo por dia, a preocupação com a forma e o local de descarte é iminente. Um passo importante em relação à gestão do lixo brasileiro foi dado em 2010 quando a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi aprovada, depois de quase 20 anos encalhada no Congresso. A nova lei torna a logística reversa obrigatória (o setor empresarial será responsável pela coleta seletiva, reciclagem e destinação ambientalmente adequada de resíduos domiciliares, como papéis, vidros, plásticos, metais etc.) e determina que lixões sejam banidos e que sejam implantados sistemas para a coleta de materiais recicláveis nas residências, além de incentivar a integração de catadores de resíduos recicláveis. A escola é um bom lugar para se aprender sobre a importância de descartar o lixo corretamente. 

Lixo orgânico: A destinação adequada do lixo orgânico está ao alcance de todos. A compostagem, que transforma esse material em adubo, pode ser feita inclusive na escola. Dessa forma, reduz-se a quantidade de resíduos encaminhados aos lixões a céu aberto e, consequentemente, o impacto ambiental, já que o gás metano e o chorume gerados por esses resíduos contaminam o solo e o lençol freático. Veja a seguir como construir uma composteira e um minhocário com seus alunos:


Composteira 

Como construir:

1. Você pode usar um balde, um latão, uma caixa de madeira (daquelas usadas na feira) ou uma manilha de concreto (tubulação de água que costuma custar entre R$ 30 e R$ 40). Se optar por balde, latão ou manilha faça furos no fundo, nas laterais e na tampa com uma furadeira para permitir a entrada de ar. 

2. Dentro do recipiente, alterne uma camada seca (grama, palha, folhas secas, pó de café, serragem, terra etc.), uma de material orgânico úmido e outra seca. Dessa forma, você equilibra a relação de nitrogênio e carbono. 

3. Feche o recipiente com uma tampa. 

4. Depois de dez dias, o conteúdo estará quente porque fermentou. Revire-o, então, com garfo de jardinagem. Deixe descansar por mais dez dias e revire novamente. 

5. Depois de 100 dias o adubo estará pronto. Para saber se ele está no ponto, observe se tem aspecto de terra e se está frio (se estiver quente significa que os fungos e bactérias ainda estão trabalhando na decomposição). 

Fique de olho! 
Para cada porção de lixo doméstico, deve-se colocar o dobro de matéria orgânica seca.



Minhocário

Nesse outro tipo de composteira, em vez de a decomposição ser feita por fungos e bactérias, ela é feita por minhocas e micro-organismos. 

1. Coloque o recipiente sobre um apoio (pode ser tijolo), para que o líquido produzido e o excesso de água possam ser recolhidos em um potinho. 

2. Junto ao material orgânico (a camada deve medir cinco dedos), introduza 1 litro de minhocas vermelhas da Califórnia para cada m2. “As minhocas se reproduzem muito porque são hermafroditas. Ou seja, as duas engravidam. De 20 a 25 dias, nascem cerca de 6 a 12 novas minhocas”. Os professores podem aproveitar para estudar as minhocas com as crianças, levando uma lupa para analisá-las. “Quando a minhoca está grávida, o clitelo – que é o órgão sexual delas – dilata. Por isso é possível identificar as minhocas grávidas”.

3. As minhocas vão mudando de “andar” no recipiente, conforme a comida for acabando. 

4. Quando o minhocário estiver cheio (com cinco dedos de ar entre a tampa e o húmus), deve-se esperar 50 dias para as minhocas comerem tudo e, então, separar as minhocas do húmus. Para fazer o peneiramento, coloque uma tela fina ou um saco de laranjas no topo da caixa com esterco de gado curtido. Isso atrairá as minhocas para lá. Esse processo demora cerca de dez dias. 

5. Retire o húmus e recomece o processo com as mesmas minhocas. 


Dica esperta! 
O líquido produzido pela decomposição, diluído em água, é um ótimo biofertilizante para plantas.


sábado, 3 de maio de 2014

É BRINCADEIRA!!!!!

Brincar é diversão, desenvolvimento e muita alegria para as crianças




Brincar é bom, e toda criança gosta. Mas o que poucos pais sabem é a necessidade que os pequenos têm de brincar, desde o começo da vida. A brincadeira não é apenas diversão para as crianças, mas também tem papel fundamental no desenvolvimento delas, seja ele emocional, físico ou social.

É pela brincadeira que as crianças começam a se relacionar, seja com os pais ou outras pessoas. Elas entram no mundo social se divertindo e experimentando seus limites corporais e psicológicos, além de descobrirem gostos e vontades.

Diversão no berço
Você já sabe que caretas e sons engraçados podem fazer o seu bebê cair na gargalha. E isso é, sim, uma brincadeira. Algo que chama a atenção, um olhar, a presença dos pais e o estímulo que eles dão aos pequenos mostram como os bebês gostam de brincar.

A partir dos 6 meses, a brincadeira começa a ficar mais complexa, incluindo objetos e brinquedos adequado para a idade. Daí para frente, a criança se aperfeiçoa e começa a aprender a brincar com os amigos da escola, e o momento se torna um tipo de interação social.

É por volta dos 3 anos que a criança começa a perceber a importância dos outros na hora de brincar, e todas as conseqüências desta convivência. É pela brincadeira que os pequenos começam a ceder, mudar de idéia, ver outras possibilidades, criar novas brincadeiras e a trabalhar em grupo.


O outro lado da brincadeira
Brincar também pode ajudar os pais e filhos a enfrentarem problemas e tratarem de assuntos que não seriam abordados de maneira natural. Para isso, os pais precisam perceber se o pequeno está pronto e introduzindo o tema aos poucos.

É importante também que este momento não deixe de ser uma brincadeira e perca seu objetivo principal. Convide a criança para brincar e sinta a receptividade dela, dando orientações e introduzindo o tema aos poucos. Se o pequeno não estiver pronto, não force e deixe a conversa / brincadeira para outro momento.

Os adultos também devem esperar o convite da criança para a brincadeira, mesmo que, aparentemente, ela não tenha nenhuma "importância" para o desenvolvimento do pequeno. As brincadeiras que são apenas brincadeiras também são importantes para as crianças estimularem a criatividade e imaginação, além da diversão, claro.


O que fazer?
Se você não sabe como brincar, damos algumas sugestões para você começar a diversão!

Pular corda: ajuda no desenvolvimento motor das crianças, noção de tempo e percepção do corpo.

Gato mia: Além de estimular e desenvolver o sentimento de confiança da criança nos amigos, trabalha com a audição e a percepção do espaço

Caça ao tesouro: principalmente para as crianças que estão começando a ler e escrever, a brincadeira estimula a capacidade de interpretação. A brincadeira também é ideal para crianças tímidas se enturmarem, já que ela terá que correr, pensar e trabalhar em equipe para desvendar o jogo.

Bexigas de água: a brincadeira ajuda o pequeno a experimentar a noção de luta, mas sem machucar ninguém. A criança pode medir sua força e trabalhar a noção de distância durante a brincadeira.

Aventura: propor desafios para as crianças faz com que elas trabalhem a coordenação motora e a resistência, além de trabalhar com as dificuldades e obstáculos pelo caminho e o trabalho em equipe.

Brincar de boneca ou carrinho: a criança descobre a capacidade de cuidar, de trocar experiências e de imaginar situações com o brinquedo.


Fonte: Revista Pais & Filhos