segunda-feira, 16 de abril de 2012

APRENDENDO COM OS ÍNDIOS...






BRECHÓ ESCOLAR

Objetivo: Desenvolver estratégias de cálculo.

Conteúdos: Adição e subtração.


Ano: 1º ao 3º.

Tempo estimado: Dez aulas.


Material necessário: Objetos usados de diferentes tipos (como brinquedos, gibis e roupas), cédulas que imitem dinheiro de verdade, papel, canetas, lápis e etiquetas.

Flexibilização: Para alunos com deficiência intelectual.
A cada etapa, faça uma explicação antecipada para que o aluno com deficiência intelectual tenha mais segurança e autonomia para participar da atividade com descontração. Faça a mediação individual e dê tarefas mais específicas, que estimulem sua concentração para o raciocínio matemático. Valorize suas hipóteses e procure estimular avanços. É importante conversar com os alunos sobre os diferentes conhecimentos que cada um pode ter quanto ao uso e cálculos com o dinheiro e argumentar que isso pode depender da vivência social de cada um. Deve-se enfatizar que essa proposta amplia o conhecimento e que todos podem colaborar com a aprendizagem dos outros colegas, respeitando as diferentes estratégias.



Desenvolvimento: Faça um bilhete aos pais dos alunos informando os objetivos da atividade, e que os produtos trazidos à escola não serão devolvidos. Inicie, então, o trabalho com os pequenos. Organize-os em roda e explique o que é um brechó - uma loja que vende objetos usados -  e proponha que reproduzam esse espaço na sala de aula. Peça que tragam dois itens de casa que queiram compartilhar com os colegas.


2ª etapa: Oriente os alunos a separar os artigos em grupos: brinquedos, gibis, roupas etc. Diga que se reúnam em grupos para decidir quanto cada produto vai custar. Nesse momento, observe as discussões e argumentos apresentados pelos estudantes. As crianças podem atribuir preços diferentes a produtos iguais. Se isso ocorrer, problematize esta questão: "Produtos iguais costumam ter preços diferentes?". Pode ser que elas respondam "sim" ( e a resposta não está errada, pelo menos quando se trata de lojas diferentes). Então, pergunte: "E na mesma loja, produtos iguais podem ter preços diferentes?". Aproveite para fazer uma pesquisa em alguma loja próxima. Em seguida, escreva os valores em etiquetas e peça às crianças que coloquem nas peças. Os valores definidos devem favorecer boas problematizações. Por exemplo: sugira alguns valores exatos, isto é, que possam ser comprados com uma nota sem troco ou que as crianças se apoiem nas contagens de 2 em 2. 5 em 5 ou 10 em 10. Em outros casos, oriente para que fiquem os números "quebrados", em que seja necessário compor o valor ou dar o troco. Observe se as crianças se apoiam no cálculo dos números redondos para resolver esses cálculos. 

3ª etapa: Feito isso, é o momento de fazer a atividade de compra e venda. Oriente sobre como deve ser a organização da sala: as mesas podem ser colocadas lado a lado e, sobre elas, distribuídos os artigos. Os vendedores ficam atrás desse balcão e os compradores, em frente, para que possam escolher o que querem comprar - como aconteceria em uma loja. Divida os pequenos em dois grupos: em um primeiro momento, coloque como vendedores as crianças que utilizam estratégias de cálculo mais elaboradas para que interajam com os compradores e realizem conjuntamente alguns cálculos. Para os vendedores, entregue notas de 1 real e 2 reais para que possam fazer o troco nas negociações, e para os compradores distribua o mesmo valor total para cada um, variando a combinação de cédulas de 1 real, 2 reais, 5 reais, 10 reais e 20 reais. Diga que os objetos "comprados" serão levados para casa. Ofereça papel e lápis para o caso de alguma criança necessitar. Observe e anote as estratégias usadas por todos.



Avaliação: Analise suas anotações e, com base em algumas situações observadas no brechó, planeje outras "fictícias" para que todas as crianças possam pensar sobre os cálculos que representam desafio na atividade. Proponha que os alunos resolvam individualmente a seguinte questão: "No brechó da turma do 1º ano, Teresa comprou uma boneca por 5 reais e um gibi por 3 reais. Quanto ela gastou?". Depois, organize os estudantes em duplas para que eles comparem suas estratégias e expliquem como resolveram. Tente formar duplas com alunos que tenham utilizado procedimentos parecidos para calcular os valores do brechó, pois isso favorecerá a troca e a colaboração entre elas. Proponha que as duplas respondam às demais perguntas: "Para pagar a conta, deu uma nota de 10 reais. Vai dar para pagar a conta? Ela receberá troco? Quanto?". Para resolver a primeira parte desse problema, basta juntar o valor de cada produto. As resoluções iniciais das crianças costumam se basear na contagem (incluindo contar a partir de um dos valores ou descontar).
À medida que avançam no entendimento do sistema de numeração e na construção de um repertório aditivo, passam a utilizar também estratégias baseadas no cálculo. A segunda pergunta envolve a ideia de uma transformação negativa, isto é, uma mudança em uma sequência temporal: tinha 10 e paguei 8, com quanto fiquei? A complexidade reside na maneira como a pergunta é formulada. Em outro momento, selecione alguns procedimentos para discutir com a turma. Por exemplo, um que desenhou 10 tracinhos e depois riscou 8 e outro que contou de 8 a 10. Proponha que as crianças analisem se os dois procedimentos servem para resolver o problema, as semelhanças e diferenças entre eles e qual é o caminho mais econômico.  


Fonte: Revista Nova Escola

sábado, 7 de abril de 2012

MATERIAL PARA AULAS DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA







EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO

Atividades envolvendo equilíbrio, coordenação motora, lateralidade, flexibilidade, velocidade, destreza e ritmo:
  
Objetivos: Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras,danças,jogos e demais situações de interação.

PULAR: Pular corda, Pular com o pé direito, Pular  com o pé esquerdo.

ANDAR: Andar de mãos dadas. Andar na ponta dos pés. Andar com o calcanhar. Andar sobre as bordas de fora dos pés. Andar sobre bordas de dentro dos pés. Andar com as mãos na cabeça. Andar em círculo. Andar em linha sinuosa. Pular com os dois pés.

PASSOS: Passo de formiguinha. Passo de elefante. Passo de tartaruga. Passo do anãozinho.

BAMBOLÊ: Brincar livremente com o arco. Entrar e sair do arco. Caminhar ao redor do arco. Formar um túnel com os arcos (algumas crianças seguram o arco e outras passam dentro dele).

BOLA: Jogar a bola para o companheiro. Quicar livremente a bola. Chutar a bola de diferentes maneiras:  Um pé só direito e esquerdo

PARQUE: Balançar. Escorregar. Subir. 

FAZ DE CONTA: Pianista (mexendo as pontas dos dedos). Derreter como um sorvete. Flutuar como um floco de algodão. Balançar como folhas de uma árvore. Correr como um rio. Voar como uma gaivota. Cair como um raio. Estátua. Cabeleireiro. Baú de roupas. Médico.

ATRAVESSAR UM RIO: Fazer dois riscos no chão como se fosse um rio, pedir que saltem sem cair na água.

CIRCO: Um Circo chegou à cidade ele tinha muitos animais ele trouxe um (DIZ O NOME DE UM ANIMAL) Apontar uma criança, esta terá que imitar um animal e as outras terão que descobrir qual animal ela está imitando.

BORBOLETA: faz de conta: Se você fosse uma borboleta, você ela estaria acordando agora, vamos abrir as asas e olhar para o sol dizer bom dia meu amigo sol e com movimentos leves com os braços você vai pousar de flor em flor (esta flor será um amiguinho seu).

BRINCAR DE CIRCO: Fazer uma linha no chão, eles terão que andar na linha como se fosse um equilibrista.

IMITAR ANIMAIS: Cachorro. Gato. Tartaruga. Peixinho. Elefante. Cobra.

BRINCADEIRAS PSICOMOTORAS

Brincadeira: Arranca rabo
Objetivos:  Desenvolver a agilidade, a percepção visual e o esquema corporal;
Procedimentos: Separa-se o grupo em duas equipes, cada equipe recebe uma cor de rabo. O rabo será colocado em cada criança. Dado o sinal, as crianças de cada grupo devem correr e arrancar o rabo das crianças da equipe adversária, cuidando pra ninguém pegar o seu. No sinal do professor, as crianças param e verificam qual equipe conseguiu arrancar mais rabos, sendo esta a vencedora.


Brincadeira: Boneco de massa
Objetivos: 
-Desenvolver o esquema corporal expressando-se de diversas maneiras;
-Localizar as partes do corpo durante a realização de um movimento.
Procedimentos: As crianças brincam em duplas. Uma criança deverá ser o boneco de massa e a outra o modelador. O modelador deverá modelá-lo fazendo as posições que quiser, movimentando o corpo do outro. Depois trocam se as posições quem era o boneco vira o modelador e o modelador vira o boneco. Poderá ser feito um concurso de quem modela o boneco mais bonito.


Brincadeira: Cola e descola
Objetivos:  
 -Adquirir hábitos de cooperação nas atividades de equipe, assumindo responsabilidades, auxiliando os membros da equipe e respeitando suas regras;
- Desenvolver o freio inibitório e contribuir para o desenvolvimento da agilidade motora, bem como da praxia.
Procedimentos: Uma criança será sorteada para ser o que cola. Dado o início, as crianças deverão correr pelo espaço marcado, enquanto acriança que cola deverá colar as outras crianças. Quem for colado, deverá ficar parado até que outra criança do grupo descole. Quem for colado mais de duas vezes, deverá ajudar a criança que estiver colando.


Brincadeira: Lobos e carneiros
Objetivos: 
 - Desenvolver a agilidade motora e  a atenção;
- Desenvolver o controle e a eficácia das diversas praxias globais e segmentares.
Procedimentos: Traçar duas linhas no chão afastadas cerca de 20 metros uma da outra. As crianças são dividas em dois grupos: lobos e carneirinhos. Cada grupo se coloca atrás de uma linha. O grupo dos lobos fica de costas para os carneirinhos. Dado o sinal, os carneirinhos saem para passear em direção aos lobos. Quando estiverem bem próximos, o professor deverá dizer: "Cuidado com os lobos!". Os carneirinhos deverão voltar correndo. Quem for pego antes da linha passará a ser lobo. A brincadeira termina quando todas as crianças forem lobos.

A CRIANÇA E O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR



As atividades motoras na educação contribuem para o desenvolvimento global das crianças. É necessário educar o corpo, estruturando-o por meio de uma atitude intensamente positiva em relação ao EU/VOCÊ corporal, a fim de desenvolver a sua integridade, sua eficiência física e psicológica. Os movimentos expressam o que sentimos nossos pensamentos e atitudes que muitas vezes estão arquivadas em nosso inconsciente. Estruturar o corpo com uma atitude positiva de si mesmo e dos outros, a fim de preservar a eficiência física e psicológica é sem dúvida um dos desafios da educação, para que assim as crianças possam desenvolver seu esquema corporal. As experiências psicomotoras, sociais e intelectuais determinam nossos pensamentos e atitudes. Desta forma a educação deve propiciar experiências significativas e positivas para a formação da própria identidade da criança. Os jogos e as brincadeiras são uma fonte de construção de significados e limites. Além de estar comunicando-se com o mundo, a criança está se expressando. Daí a sua importância no contexto da educação.