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domingo, 3 de março de 2013

AMIZADES ESCOLARES SÃO IMPORTANTES!

Se fizermos uma pesquisa com os alunos que estão retornando às aulas sobre o que os motiva na escola ou aquilo de que mais sentem falta durante as férias, a maioria destacaria o reencontro com os amigos. “É o tempo da formação dos laços afetivos. Se mais tarde houver mudança de turma, esta poderá ser encarada com menor pesar em função dos vínculos já construídos”, explica a psicóloga Maria Silvia.

Segundo a psicopedagoga Sonia Kuster, importantes amizades são criadas em grupos que permanecem juntos por um bom tempo e podem ser fortalecidas pelas famílias que se dispuserem a proporcionar encontros entre as crianças fora do ambiente escolar. A empresária Eleonora Araújo Gomes é um exemplo de que os relacionamentos estabelecidos na época de colégio são laços que perduram para além das salas de aula. “Tenho grandes amigas que fiz nos tempos de colégio. Hoje cada uma está morando em um lugar, mas nunca perdemos o vínculo. Sempre que nos encontramos é uma festa!”, lembra a empresária.

Por outro lado, é muito comum, principalmente na adolescência, a exclusão de alguns alunos ou a formação das famosas “panelinhas”. Segundo a psicóloga, é importante a instituição estar atenta à necessidade de mudar de turma alunos com dificuldade de vinculação ou à existência de turmas quase homogêneas com grande parte dos alunos do mesmo sexo, por exemplo. “A escola precisa saber ponderar as separações, e isso deve acontecer quando há lideranças negativas e/ou grupos que não estejam favorecendo o andamento saudável das aulas”, finaliza a psicóloga.

Fonte: http://www.educacional.com.br

QUANDO MEU FILHO VAI LER?

     Uma das grandes preocupações que atormentam muitos pais é referente à alfabetização de seus filhos. A tradicional pergunta “Quando meu filho vai ler?” normalmente vem carregada de muita expectativa que, mesmo sem querer, acaba sendo repassada à criança. “A alfabetização é uma conquista importante na vida de um indivíduo e deve ser tratada de maneira natural. O excesso de estimulação na identificação das letras pode atrapalhar o processo de alfabetização, pois a criança percebe a ansiedade dos pais para que ela leia e cria mecanismos de fuga”, afirma a psicopedagoga e mestre em Educação, Sonia Kuster.

     A pressa e a ansiedade dos pais no processo de alfabetização pode gerar futuros problemas de aprendizagem. A psicóloga Maria Silvia Todeschi de Sousa reforça a importância da maturidade de cada criança nessa fase. “É fundamental que os pais respeitem o fato de que muitos alunos aos 5 ou 6 anos de idade ainda não estão com a maturação neurológica pronta para aprender a ler e a escrever e isso não significa que haja algum comprometimento cognitivo”, ressalta a psicóloga.

Fonte: http://www.educacional.com.br

MÚSICA E DESENVOLVIMENTO INFANTIL


domingo, 4 de dezembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES

     Estipular limites para um filho, com bom senso, é prepará-los para conviver com o mundo, e com as frustrações que fazem parte da realidade da vida.
      As frustrações quando ocorrem de forma não intensa e nem excessiva, promovem um exercício para o "EU", que permite o desenvolvimento da criatividade, integração e etc. É necessário que os limites impostos pelos pais possam ser explicados para os filhos.
     Educar sem apresentar razões apenas insistindo, "porque sim", "porque a mãe mandou" não é uma boa maneira de auxiliá-los a lidar com a frustração.
      É importante ter uma afinidade entre as orientações dadas pelo pai e pela mãe.
    É muito ruim para os filhos quando recebem dos pais orientações muito diferentes e contraditórias.
     Educar sempre envolve erros e acertos.
   Não há uma receita infalível para transformar os filhos em pessoas felizes e bem sucedidas.
     É errado exigir, que os filhos sigam a risca as orientações dos pais, assim como é errado não dar nenhuma orientação.
     A pior coisa que pode ocorrer com uma criança é ser deixada à própria sorte.
    Nenhuma pessoa é capaz de educar a si mesma e preparar-se sozinha para os desafios da vida adulta.
     O diálogo e o interesse pela criança é sempre um bom aliado.
     Não adianta impor limites sem conversar e demonstrar afeto pela criança.
    É importante para uma resposta satisfatória da criança aos limites impostos, que haja uma boa qualidade de relação.
 

quinta-feira, 30 de abril de 2009

2ª. BLOGAGEM COLETIVA EM DEFESA DA INFÂNCIA

Participarei orgulhosamente!

Fiquei honrada e feliz em ser chamada a fazer parte dessa importante ação.



Segunda blogagem coletiva

Recebi o convite para participar da segunda blogagem coletiva EM DEFESA DA INFÂNCIA não podemos mais ficar calados diante das atrocidades, abusos e violência com nossas crianças.
Vamos fazer parte desta rede.
Do dia 18 e 25 de maio, devemos postar materiais de alerta, auxílio aos pais informações que divulguem esta campanha e orientem as famílias como proteger seus filhos.
Peço por favor, que vocês copiem imagem, textos, link's, tudo o que vocês encontrarem sobre este tema, e publiquem no site, blog, perfil do orkut, onde vocês puderem.
Vamos fazer trabalho de formiguinha.
Esta é uma iniciativa do blog
Diga não à erotização infantil e da comunidade do orkut: Diga não á pedofilia
http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/2009/04/20/segunda-blogagem-coletiva-em-defesa-da-infancia-2009/

O Blog Diga Não À Erotização Infantil convida todos os blogs e sites amigos da criança a participarem da segunda blogagem coletiva “Em Defesa da Infância”, dias 18 e 25 de maio de 2009.
Dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Foi instituído pela Lei 9.970. A idéia surgiu em 1998 quando cerca de 80 entidades públicas e privadas, reuniram-se na Bahia para o 1º Encontro do Ecpat no Brasil. Organizado pelo CEDECA/BA, representante oficial da organização internacional que luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças, pornografia e tráfico para fins sexuais, surgida na Tailândia, o evento reuniu entidades de todo o país.

Foi nesse encontro que surgiu a idéia de criação de um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil.Foi escolhido o 18 de maio em homenagem à menina Araceli. Seqüestrada em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Sanches, então com oito anos, foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. Muita gente acompanhou o desenrolar do caso, desde o momento em que Araceli entrou no carro dos assassinos até o aparecimento de seu corpo, desfigurado pelo ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória. Poucos, entretanto, foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.
Dia 25 de maio é o Dia Internacional Das Crianças Desaparecidas.
A data refere-se ao dia do rapto do menino americano Etan Patz, em 1979. Etan tinha seis anos e jamais foi encontrado. Em 1983, os EUA reconheceram a data. Na Europa a data foi introduzida pela ONG Child Focus, após o caso Marc Dutroux, belga que raptou, estuprou e matou seis meninas. No Brasil o símbolo maior da luta pelas crianças desaparecidas é Arlete Caramês, mãe de Gulherme, desaparecido desde 17 de junho de 1991.
COMO PARTICIPAR DA BLOGAGEM COLETIVA E DE NOSSO MOVIMENTO
No dia 18 de maio próximo poste em seu blog textos sobre exploração sexual, abuso sexual, pedofilia e perigos na internet para crianças. Não teremos um texto padrão. Você pode pesquisar em nosso blog ou sites de notícias e escolher o texto que mais lhe agradar para postar em seu site. O importante é repassar as informações, alertar, protestar! Informar às pessoas de como elas podem reconhecer que uma criança está sendo abusada, como e onde denunciar, alertar pais e crianças sobre os perigos da Internet, exigir o fim da impunidade e que todo crime contra crianças seja considerado hediondo.No dia 25 de maio, pedimos ajuda mais uma vez para divulgação de nosso Movimento Pela Criação do Alerta Amber no Brasil. O Alerta Amber é um alerta nacional de crianças desaparecidas dos EUA. Queremos que um alerta semelhante seja implementado em nosso país. Em cerca de 75% dos raptos, a criança é morta nas primeiras horas por seus seqüestradores e cerca de 10 a 15% das crianças desaparcidas podem jamais ser encontradas. A criação de um cadastro e alerta efetivo de crianças raptadas poderia mudar esse contexto, salvando vidas, quando a notícia do desaparecimento da criança fosse alardeada rapidamente, principalmente pelos meios de comunicação. Recentemente, o Deputado Alfredo Kaefer apresentou, na Câmara dos Deputados, projeto de lei para criação do alerta nacional. Queremos pressionar para que seja rapidamente aprovado e efetivado. Leia aqui mais sobre nosso Movimento e ajude a divulgá-lo.Para a semana de 25 de maio, convidamos a uma blogagem coletiva a respeito do drama das crianças desaparecidas e raptadas que também pode ser pesquisando em nosso blog clicando AQUI. Quem quiser também poderá divulgar a imagem de nosso Movimento ou nosso vídeo de divulgação, em seus blogs ou através do orkut.
Aos blogs que vão participar da Blogagem Coletiva, por favor deixem comentário com endereço de seu site na comunidade DIGA NÃO À EROTIZAÇÃO INFANTIL.
Muito obrigada à solidariedade de todos que ajudarem esse Movimento.
“A criança é o princípio sem fim. O fim da criança é o princípio do fim. Quando uma sociedade deixa matar as crianças é porque começou seu suicídio como sociedade. Quando não as ama é porque deixou de se reconhecer como humanidade.Afinal, a criança é o que fui em mim e em meus filhos enquanto eu e humanidade. Ela, como princípio, é a promessa de tudo. É minha obra livre de mim.Se não vejo na criança, uma criança, é porque alguém a violentou antes, e o que vejo é o que sobrou de tudo que lhe foi tirado. Diante dela, o mundo deveria parar para começar um novo encontro, porque a criança é o princípio sem fim e seu fim é o fim de todos nós.”Herbert de Sousa (BETINHO) -Sociólogo

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A Linguagem Matemática no 1º ano do Ensino Fundamental



Ser alfabetizado em Matemática é compreender o que se lê e escreve a respeito das noções de números e operações, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação.
A escola marca a transição de um contexto exclusivamente familiar para um outro influenciado pela cultura, com outros códigos e possibilidades de relação e a Matemática surge como porta de entrada para novas competências e estratégias próprias do mundo escolar.
Segundo Piaget, o conhecimento lógico-matemático é uma construção do sujeito e decorre de uma necessidade; ao tentar realizar uma ação, ou encontrar uma explicação para o que ocorre, o sujeito encontra resistência na realidade (situação-problema). Para enfrentá-la, precisa modificar seus conhecimentos anteriores, pois do contrário não poderá resolver sua dificuldade. Por isso o conhecimento é um processo de criação, e não de repetição.
Na fase inicial da aprendizagem dos números o professor deve oportunizar a vivência de jogos, músicas, brincadeiras envolvendo o corpo, poemas, contação de histórias da literatura infantil, situações que surgem em classe, tendo como foco de observação a enumeração, as relações estabelecidas entre os números, a relação entre quantidades e símbolos e as idéias das operações.
A criança de seis anos está no período pré-operatório e percebe os fatos através dos sentidos e de manipulações práticas. Porém, o uso do material só tem significado real na prática pedagógica, e, portanto, é “concreto” para a criança, quando ele se constitui num instrumento de apoio para a ação desta criança no processo de produção e reinvenção do saber.
Para as crianças pequenas, os jogos e brincadeiras são as ações que elas repetem sistematicamente, mas que possuem um sentido funcional, isto é, são fontes de significados e, portanto, possibilitam compreensão, geram satisfação, formam hábitos que se estruturam num sistema. Assim, o jogo torna-se uma estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pelo professor visando uma finalidade de aprendizagem, isto é, de proporcionar à criança algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude.
A função do professor é oferecer o maior número possível de possibilidades para a formação da linguagem matemática através do estímulo, das situações-problemas e da solicitação de argumentos por parte dos alunos.
Estudos da neurociência apontam que crianças adoram surpresas e o cérebro se interessa pelas alterações no mundo ao nosso redor, pois tudo que é desconhecido estimula com particular intensidade as redes neuronais e, por isso mesmo, se deposita muito facilmente na memória, como informação.
Assim, quanto mais recursos forem empregados na transmissão de uma informação, tanto melhor ela se fixará na memória de longa duração. Portanto, é mais fácil aprender com a colaboração do maior número possível de órgãos dos sentidos. O humor e a emoção também influenciam os sistemas neuronais que determinam quais informações serão armazenadas.

Texto elaborado pelas assessoras pedagógicas:
Adriana Zini, Marinês Feiten da Silva e Teresinha Manica Salvador.
Prefeitura Municipal de Caxias do Sul -RS

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Alfabetização: um processo em construção

A criança busca a aprendizagem na medida em que constrói o raciocino lógico. O processo evolutivo de aprender a ler e escrever passa por níveis de conceitualização que revelam as hipóteses a que chegou a criança.
Na Psicogênese da Língua Escrita, Emília Ferrero definiu cinco níveis:Nível 1: Hipótese pré-silábicaNível 2: Intermediário INível 3: Hipótese SilábicaNível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediária IINível 5: Hipótese Alfabética
A caracterização de cada nível não é estanque, podendo a criança estar numa determinada hipótese e mesclar conceitos do nível anterior. Tal “regressão temporária” demonstra que sua hipótese ainda não está adequada a seus conceitos.Os níveis intermediários I e II são momentos do processo que se caracterizam pela evidência de contradições na conduta da criança e nos quais percebe-se a perda de estabilidade do nível anterior e a não-organização do nível seguinte, evidenciando o conflito cognitivo.Nível 1 - Hipótese Pré- Silábica:ð Não estabelece vínculo entre a fala e a escrita;ð Supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou de representar coisas e usa desenhos, garatujas e rabiscos para escrever;ð Demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes;ð Supõe que a escrita representa o nome dos objetos e não os objetos;coisas grandes devem ter nomes grandes, coisa pequenas devem ter nomes pequenos;ð Usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;ð Pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todas elas;ð Faz registros diferentes entre palavras modificando a quantidade e a posição e fazendo variações nos caracteres;ð Caracteriza uma palavra com uma letra inicial;ð Tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escrever;ð Supõe que para algo poder ser lido precisa ter no mínimo de duas a quatro grafias, geralmente três (hipóteses da quantidade mínima de caracteres);supõe que para algo poder ser lido precisa ter grafias variadas (hipótese da variedade de caracteres).
Nível 2 – Intermediário I (Silábica sem valor sonoro):ð Começa a ter consciência de que existe alguma relação entre a pronúncia e a escrita;ð Começa a desvincular a escrita das imagens e números das letras;ð Só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve oportunidade e interesse de gravar. Esta estabilidade independe da estruturação do sistema de escrita.ð Conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.
Nível 3 - Hipótese Silábica:ð Já supõe que a escrita representa a fala;ð Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;ð Pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor sonoro convencional das letras;ð Já supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba;ð Supõe que deve escrever tantos sinais quantas forem às vezes que mexe a boca, ou seja, para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal;ð Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra.ð Ao ler as palavras que escreveu o que fazer com as letras que sobraram no meio das palavras (almofada) ou no final (sobrantes)?ð Se coisas diferentes devem ser escritas de maneira diferente, como organizar as letras na palavra?
Nível 4 - Hipótese Silábico- Alfabética:ð Inicia a superação da hipótese silábica;ð Compreende que a escrita representa o som da fala;ð Combina só vogais ou só consoantes, fazendo grafias equivalentes para palavras diferentes. Por exemplo, AO para gato ou ML para mola e mula;ð Pode combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por exemplo, CAL para cavalo;ð Passa a fazer uma leitura termo a termo (não global).
Nível 5 - Hipótese Alfabética:ð Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;ð Compreende o modo de construção do código da escrita;ð Compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba;ð Conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas;ð Pode ainda não separar todas as palavras nas frases;ð Omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;ð Não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;ð Não é ortográfica nem léxica.
O professor precisa levar a criança a raciocinar sobre a escrita e, para isso, ele deve criar um ambiente rico em materiais e em atos de leitura e escrita, incentivando-as. Também, deve provocar interações entre os diferentes níveis, principalmente os mais próximos. Dessa forma, o professor não precisa trabalhar necessariamente com cada aluno, mas sim lhes permitir a comunicação, que é o principal instrumento da didática da aprendizagem da alfabetização. Isto demonstra o valor do trabalho numa classe heterogênea e o quanto ele é viável, uma vez que a homogeneidade é característica apenas dos 1ºs momentos de uma classe remanejada, pois a evolução de cada criança é pessoal.
Em todos os níveis deve-se trabalhar o som das letras do alfabeto, o reconhecimento das formas das letras e a associação grafema-fonema.
“Uma mesma atividade pode servir para aluno em qualquer nível do processo, contanto que ela englobe um espaço amplo de problemas e que o professor provoque diferentemente, questões e desafios adaptados a alunos em situações desiguais dentro da psicogênese”.
O professor deve ter o cuidado de não avaliar a criança como se estivesse em outra hipótese:* Na escrita de pré-silábicos deve procurar avaliar tudo o que se referir à letras: o número e a ordem, seu tamanho e sua posição nas palavras e as iniciais e as finais;* Na hipótese silábica não avaliar usando critérios alfabéticos , mas fazer análise da características da palavras no texto, dando mais ênfase à letra da 1ª sílaba e as 1ªs sílabas das palavras: “pode confrontar produções individuais e ditar palavras como mala, mole, mula que podem resultar ML ou palavras como pato, sapo, calo que podem resultar AO. Ao requerer a leitura dessas palavras, o professor coloca o aluno em conflito, uma vez que ele irá perceber que fez a mesma grafia para palavras diferentes”.* Na hipótese alfabética, correções ortográficas não devem ser feitas e deve-se trabalhar produções individuais e coletivas dos alunos, nas letras de músicas conhecidas pelas crianças ou em qualquer texto que garanta efetivo envolvimento do aluno.

domingo, 25 de maio de 2008

AFETIVIDADE X COTIDIANO ESCOLAR

“Se alguém não se investiu de amor, não poderá dá-lo a outro” (FERNANDES,1990).


“As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdo e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores” (SALTINI, 2002)

Piaget considera que, “o pleno desenvolvimento da personalidade, sob seus aspectos mais intelectuais, é inseparável do conjunto dos relacionamentos afetivos, sociais e morais que constituem a vida da escola” Diante disso, é necessário que o professor compreenda o aluno enquanto sujeito do conhecimento em sua plenitude.


As dificuldades de aprendizagem das crianças podem originarem-se do modo como são tratadas em casa e na escola. Dessa forma, o ato educativo deve estar a serviço do desenvolvimento do bem-estar do educando, e a educação deve tomar para si esse problema, auxiliando-o desde a sua infância, não somente, a interagir com o meio, mas principalmente conhecê-lo no sentido amplo deste termo.


A escola deve considerar que os anos que nela passamos são momentos de construção de conhecimentos para a vida. A quantidade de informações que a sociedade contemporânea nos fornece, são oriundos dos mais diferentes lugares e a escola não tem conseguido acompanhar essa evolução, aumentando de forma singular à distância entre o saber e o ser.


Educação e afeto poderiam caminhar juntos. A tarefa de todo educador deveria ser a de formar seres humanos felizes e equilibrados.

A criança de seis anos


Seis anos é uma idade de transição, a criança sofre modificações fundamentais, somáticas, químicas e psicológicas. Começam a cair os dentes de leite, romper os primeiros molares permanentes. Sentem-se orgulhosas de perder os dentes e acreditam nas fadas e nas brincadeiras que se fazem com eles. Ela não é uma criança de cinco anos crescida e melhor, é uma criança diferente, uma criança em transformação. Nela surgem novas propensões, impulsos, sentimentos e ações, devido a modificações profundas que estão ocorrendo no desenvolvimento do seu sistema nervoso. Submetida a mais leve tensão, essa criança pode apresentar comportamentos extremos. Ela reage a tudo com muita energia. Chora muito ou ri muito e muda de um para o outro, voltando para o primeiro. Eu te amo e eu te odeio andam cirandando de braços dados nessa fase. É enfim, uma criança impulsiva, diferente, volúvel, dogmática, compulsiva e excitável. É espontânea e precisa de orientação.Toda escolha é muito difícil e mesmo depois de feita, não é definitiva. Ela manifesta bipolaridades de maneiras muito diversas, saltando de um sentimento, ou ação para o oposto rapidamente. Parece mesmo que para definir o que não quer, ou não pode fazer, precisa antes fazê-lo.

Suas decisões se baseiam no “código de Talião” – “Olho por olho, dente por dente!”. Você me ajuda e eu te ajudo, você me bate e eu te bato. Simplesmente assim. A nós adultos, cabe lhe desencorajar as atitudes irresponsáveis, reconhecendo que esses impulsos agressivos são experiências novas para ela. Podemos dizer-lhe que está agindo mal, mas não adianta perguntar-lhe porque fez isso ou aquilo, pois ela não saberá responder. Ela precisa de orientação e do comando da autoridade adulta.

Quer sempre ser a primeira, quer sempre ganhar e quer que gostemos mais dela do que das outras crianças. Suas maneiras são geralmente breves: “Obrigado”, ou “Dá licença”, mas nada de formalidades, pois ela não consegue abstraí-las.
Na escrita, tende a fazer as letras viradas. Os pares são seus preferidos, dois é melhor do que três. Brinca melhor com um colega do que com dois.

A professora que a entende bem, interpretando sua energia como sinal de um processo de crescimento, pode orientá-la melhor, fazendo da sala de aula um ambiente harmonioso, onde a criança se sentirá segura.

Ela está na idade do concreto, identifica-se com tudo o que está ao seu redor, com as figuras e letras, com os números e sente necessidade de projetar suas atitudes mentais e motoras em situações de sua vida cotidiana. A escola precisa, portanto, favorecer-lhe a organização simultânea de suas emoções e aprendizado. Essa criança não aprende decorando, mas participando de atividades criadoras. Assim, ela gosta de jogos representativos, dramatizações (que não são meras pecinhas de teatro adaptadas para sua idade), imitações, desenhos e montagens. Sua mente ainda não está preparada para o ensino formal da leitura e da escrita, nem da matemática. Essas matérias precisam lhe parecer vivas, associadas com criatividade e experiências motoras vividas.